Estilo: Death Metal
Nota: 9
Antes de mais nada, terei que me extender um pouco para falar sobre essa banda e sobre esse disco em especial, terei que passar por alguns assuntos indiretamente relacionados ao álbum e mais várias coisas. Bom, como já perceberam, sou fã de Metal Extremo, mas tenho uma opinião que diverge da maioria das pessoas com o mesmo gosto que o meu em relação à música extrema: não gosto de Death Metal. Mas deixe-me explicar, não suporto Death Metal como Cannibal Corpse, que o vocalista tem um péssimo gutural, bateria à 10000 bps, guitarras com riffs pobres e feios e letras abusando de estupro, morte, tortura e temas líricos a la Grindcore/Porngrind e afins.
Apesar desse fato, o Death Metal Melódico está entre os meus 5 estilos musicais preferidos de todos, por isso que eu digo, não gosto do Death Metal como Cannibal Corpse. Então vamos ao disco. Quando vi o estilo do Diabolical, 'Death Metal', não em interessei justamente pelo fato de eu não gostar do gênero, por ser da Suécia, dei um desconto (risos), afinal, me identifico com praticamente com todas as bandas suecas. Foi diferente com o Diabolical? Nem um pouco, pelo contrário, tive uma surpresa ao ouvir. O disco é aberto com a melhor introdução que eu já ouvi de todas, Ortus. A música goza de complexidade, virtuosismo e técnica? De forma alguma, intro tem uma atmosfera e uma temática totalmente sombrias e obscuras, com acordes de guitarra pesados e maravilhosos, o tipo de música que te deixa eufórico, apesar de ter apenas 49 segundos.
Tudo bem que introduções assim não são típicas de Death Metal, mas ainda fiquei com um pé atrás até ouvir a primeira faixa. Riff bem trabalhado, um dos melhores riffs do estilo que já escutei. Guturais super fodas, graves, entretando totalmente audíveis e estáveis. Os solos estão presentes sempre, solos bonitos e agradáveis de se ouvir, mudanças de ritmo constantes e repentinas e linhas de bateria magníficas contribuem mais ainda para a qualidade desse disco ser lá em cima. Gostaria também de comentar sobre os músicos da banda, que são, de fato, excelentes profissionais e compositores, e falar isoladamente sobre o baterista Carl Stjärnlöf. O músico se difere de vários outros do Metal Extremo por não abusar o tempo inteiro de velocidade e bumbo duplo, sem contar nas linhas de baterias maravilhosas.
O disco tem várias faixas ao vivo, faixas de seus discos anteriores, e conta apenas com 4 músicas inéditas, e também 4 músicas remasterizadas de seu primeiro EP, Deserts Of Desolation. Resumindo, esse disco é um mix de agressividade, técnica, peso, e, acima de tudo, qualidade musical. Digo que Diabolical está entre as melhores bandas que conheci nos últimos tempos, e Ars Vitae é um fortíssimo candidato ao melhor álbum do ano. Mesmo que estejamos na primeira semana do ano ainda, não tenho dúvida que esse disco entrará na minha lista dos 10 melhores do ano.
1. Ortus - 00:49
2. Sightless 6 - 06:58
3. Infvitabile Fatvm - 03:04
4. Eye - 06:11
5. Rcs (live) - 00:26
6. The Gallery of Bleeding Art (live) - 05:35
7. Ashes II (live) - 04:46
8. The One Who Bleeds (live) - 05:18
9. Under My Skin (live) - 03:55
10. Vertigo (live) - 04:43
11. Extinction (live) - 06:23
12. Children of the Mushroom Cloud (live) - 03:37
13. Suicidal Glory (live) - 04:20
14. Ashes - 01:52
15. Guidance of Sin - 04:40
16. Deserts - 03:25
17. The Dreaming Dead - 04:24
Sverker "Vidar" Widgren - Vocals, Guitar
Tobias Jansson - Guitar
Carl Stjärnlöv - Guitar
Dan Darforth - Bass, Vocals
Carl Stjärnlöf - Drums
0 comentários:
Postar um comentário