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domingo, 10 de abril de 2011

O Hardalho a 4! #8

Tirando as teias de aranha da seção...

Poison - Open Up And Say... Ahh! (1988)

Como ainda não tinha Poison na seção? Mesmo sendo uma das mais odiadas bandas da cena Glam, justamente por levar seu visual ao extremo, para mim, o Poison sempre foi uma verdadeira banda de Rock n' Roll, visto que seu som não é dos mais complexos, mas mesmo com 4 ou 5 acordes, é extremamente animado e traz o verdadeiro espírito rocker, com letras que falam de mulheres, sexo e diversão. A banda nasceu no ano de 1983 e debutou em 1986, com o clássico "Look What The Cat Dragged In", mas foi em 88, com o lançamento de "Open Up And Say... Ahh!" que o grupo realmente entrou para os anais do Hard Rock. O disco vem com a mesma fórmula do primeiro, mas com um som mais maduro e ainda mais festeiro. Eu considero "Open Up And Say..." o melhor disco da banda, com as melhores canções a as melhores performances. Aqui, foram revelados clássicos como " Nothin' But a Good Time" -um dos maiores Hinos do Hard Rock oitentista-, "Fallen Angel" e a bela balada "Every Rose Has Its Thorn", além de um dos melhores covers que eu já ouvi, a ótima "Your Mama Don't Dance", de Loggins and Messina.


Tesla - Mechanical Resonance (1986)

Tesla é uma banda americana de Hard Rock, formada em 1984, junto com as outras milhões de bandas de Hard que nasceram naquela época (isso não é exagero, ok?). Mas diferentemente da grande maioria, o Tesla não adotou aquele visual Glam totalmente carregado e purpurinado. Eles simplesmente vestiam calça jeans e camisa e saiam por aí fazendo Hard Rock. Seu primeiro álbum, "Mechanical Resonance", foi lançado em 86 e apresenta um Hard Rock com grandes influencias do Blues. Outro fator que diferenciava o Tesla das demais bandas da época era o instrumental mais complexo. Não, isso não chega a ser progressivo ou chato, mas é fato que o o álbum tinha linhas de guitarra mais complexas e trabalhadas do que as demais bandas da época, com belos e virtuosos solos por parte de Tommy Skeoch e Frank Hannon. A cozinha era muito boa e pesada e os vocais de Jeff Keith dispensam comentários. "Mechanical Resonance" é um discão, e músicas como "EZ Come EZ Go", "Modern Day Cowboy" e "Little Suzi" comprovam isso.

Winger - Winger (1988)

Winger é uma banda de Hard Rock, formada em 1986 pelo então baixista de Alice Cooper, Kip Winger. Enquanto Kip trabalhava com Titia Alice, ele preparou material para seu projeto solo, logo, o guitarrista e o tecladista da banda de Alice se interessaram pelo projeto e entraram na banda, em seguida Kip contratou o baterista Rod Morgenstein. Depois da gravação de mais um álbum junto com Alice Cooper, a banda de Kip entrou em estúdio para gravar o seu debut, o auto-intitulado "Winger", um álbum mais envolto naquela atmosfera Glam, que, embalado pelos hits "Seventeen" e "Madalaine", rapidamente alcançou platina dupla nos EUA. No disco também temos outros clássicos da banda, como "Headed for a Heartbreak", "Hungry" e "Purple Haze", um belíssimo cover de Jimi Hendrix. Pra mim o destaque do álbum vai para o guitarrista Reb Beach (que hoje toca no Whitesnake), que simplesmente arrasa nas 6 cordas, com riff's fodas e solos belos e técnicos. Mas todos os músicos se saem muito bem, dando um show de competência, e nos presenteando com um grande álbum.

Steeler - Steeler (1983)

Steeler foi a primeira banda de Ron Keel (que posteriormente formaria o Keel) e de Yngwie Malmsteen (ele mesmo). Formado em 1980, o Steeler lançou seu primeiro e único álbum de estúdio em 83, o auto-intitulado "Steeler". Um disco de extrema qualidade, onde Malmsteen já mostrava toda a sua virtuosidade e por que viria a ser chamado de "sueco voador", com grandes composições (na boa, muito melhores e menos chatas do que o Neoclássico de hoje em dia) e solos com sua marca registrada, aqueles arpejos na velocidade da luz, que, na época, eram novidade. Já Ron Keel arrebenta tudo, fazendo jus ao título que ganhou como sendo uma das vozes mais poderosas do Hard Rock. Já a cozinha formada por Rik Fox e Mark Edwards também não decepciona, dando conduções coesas e pesadas, logo, um tempero a mais ao som da banda. Já que isso deixou os outros dois membros livres para brilharem, fazendo de "Steeler", um dos álbuns mais lendários, de uma das mais lendárias bandas do Hard Rock!

Badlands - Badlands (1989)

Essa é outra daquelas bandas lendárias, que não fez o sucesso que merecia e que, graças a inúmeros blogueiros amantes de Hard Rock, ultimamente vem ganhando destaque e se tornando uma banda "cult". Sua formação se deu em 1988 e contava com caras do nível de Eric Singer, que tinha acabado de sair do Sabbath e que viria a integrar a banda de Alice Cooper e o KISS. O também ex-Sabbath Ray Gillen assumira os vocais. No baixo tínhamos Greg Chaisson, um amigo de Ray e que posteriormente trabalharia com Ron Keel. E na guitarra, o talentosíssimo Jake E. Lee, que acabara de sair da banda de Ozzy Osbourne, fazia a vez. Bom, com um line up desses era quase impossível sair um disco ruim, não é? E realmente não saiu, pois o debut da banda é um ótimo auto-intitulado, que apresenta um Hardão de ótima qualidade, beeeeem swingado e com muitas influências de blues. Logo, creio que esse seja um daqueles álbuns injustiçados. Mas vale a lembrança e a audição magnífica.

domingo, 6 de março de 2011

O Hardalho a 4! #7

Continuando a sessão com um post longo, beeem longo, mas é bom ler, pois tem umas curiosidades legais aqui.

Gotthard - Gotthard (1992)

A Suiça sempre presenteou os fãs de Hard Rock com várias bandas ótimas, e o Gotthard é mais uma delas, e eu os considero os melhores do país, da década de 90 (ao lado de Mr. Big) e um dos melhores de hoje em dia. A banda nasceu em 1989 quando Steve Lee (vocal) e Leo Leoni (guitarra) se juntaram e formaram a banda Krak, eles se uniram ao baixista Marc Lynn e depois de algumas trocas de bateristas eles encontraram Hena Habegger. Os músicos sempre se dedicavam muito, buscando fazer um som de primeira (coisa que conseguiram) que ultrapassasse as fronteiras nacionais. Seu primeiro álbum foi lançado em 1992, mas antes disso eles trocaram de nome, pois Krak parecia muito com Krokus, outra banda da Suiça. O primeiro álbum da banda é o que eu lhes apresento hoje, ele apresenta um Hard Rock puro, com toques do som setentista, o que fez com que a banda fosse diferente dos milhões de bandas glam dos EUA. Os destaques são a abre álbum "Standing in the Light", a balada "Angel" (que parece ter vindo direto da banda Whitesnake) e "Hush", cover de Billy Joe. Mas é claro, todo o álbum merece ser ouvido, pois a banda não deixa a peteca cair em nenhum segundo. Infelizmente, Steve Lee, uma das grandes vozes do Hard Rock, faleceu no ano passado, em um trágico acidente de moto. A banda deu uma parada, mas estão prestes a voltar e nos brindar, novamente, com um Hard Rock de primeira.

Skid Row - Slave To The Grind (1991)

Skid Row é uma banda americana de Hard Rock, formada em 1986, com a seguinte formação: Dave "the snake" Sabo e Scoti Hill nas guitarras, Sebastian Bach nos vocais, Rachel Bollan no baixo e Rob Affuso na batera. Jon Bon Jovi (Bon Jovi), que era amigo de infância de Dave, arranjou um contrato para a banda e em 1989 eles lançam seu primeiro álbum, o auto-intitulado "Skid Row". O debut do Skid Row foi simplesmente um sucesso, e fez da banda uma das mais importantes da cena Hard Rock do final dos anos 80 e inicio dos anos 90. Depois de dois anos e meio, o quinteto americano estava mais entrosado e amadurecido, e para mostrar isso aos fãs, eles lançam o álbum Slave To The Grind. O CD tem fortíssimas influencias do Heavy Metal e com generosos toques de punk, mas sem esquecer do Hard Rock que consagrou o grupo. O peso do álbum Skid Row me agradava demais, já que sou um fã assíduo de metal, mas a primeira vez que ouvi esse CD aqui eu me surpreendi muito, a banda simplesmente arregaça nas músicas em que faz um som mais Heavy Metal e quando faz Hard Rock, faz com a maestria de sempre, que continua até hoje, mesmo com as mudanças na formação e no estílo. Slave To The Grind chamou muito a atenção, pois foi o primeiro álbum de Metal a estrear no topo das paradas. No mesmo ano, a banda começou a abrir os show do Guns N' Roses na Use Your Illusion Tour, e em 1992 eles vieram ao Brasil, tocar no "Hollywood Rock 1992". O ponto alto do Cd são os rockões "Slave To The Grind", "Monkey Business", "Psycho Love" e "Riot Act", e as baladas "In a Darkened Room", que se tornou um clássico, e "Wasted Time", minha música preferida da banda, que mostram toda a potência do vocal de Sebastian Bach, e toda a excelência dos membros do grupo. Slave To The Grind se tornou um clássico do Hard Rock dos anos90 e fez com que o Skid Row consolidasse seu nome no mundo da música,


The Quireboys - A Bit Of What You Fancy (1990)

The Quireboys é um sexteto inglês, formado no final da década de 80. O Spacek não gosta muito dessa banda, que foi formada pelo vocalista Spike, em Londres. Mas eles fazem um Hard Rock de extrema qualidade, com fortes influências de blues e de bandas como Rolling Stones e Aerosmith. A banda tinha músicas que não eram tão técnicas, mas bem trabalhadas. Spike era o destaque do grupo, com sua voz que lembrava muito Tom Keifer (Cinderella) e Rod Stewart na sua fase mais rocker. O álbum que lhes trago hoje é o primeiro da banda, o A Bit Of What You Fancy. Enquanto na Inglaterra e em grande parte da Europa ele fez um tremendo sucesso, nos EUA o álbum ficou na sombra de bandas como Poison, Skid Row, Cinderella e Guns N' Roses. Mas até que os hits "7 O'Clock" e "I Don't Love You Anymore" emplacaram nas paradas americanas, e deram certo reconhecimento a banda, que na terra do "Tio Sam" era conhecida como "The London Quireboys". Como em todos os demais álbuns do London Quireboys, A Bit Of What You Fancy também tem fortes influencias de Blues e de Hard Rock setentista. A banda não deixa a peteca cair em nenhum momento, desde a abertura com o single "7 O'Clock", passando por músicões que mostram o mais puro Rock N' Roll, como "Man On The Loose", "Whippin' Boy" (conhecida no Brasil por estar no dvd Hard N' Heavy, junto com músicas do Guns N' Roses, Whitesnake e Poison). Tambem temos as pesadas "Sex Party" e "Long Time Comin' ", e as baladinhas "Sweet Mary Ann" e "I Don't Love You Anymore", uma linda balada melancólica, e bota linda nisso, é uma das mais belas baladas que eu já ouvi. Mas está aí, pra quem gosta de bandas como Aerosmith e Led Zeppelin, London Quireboys é uma boa pedida, pois mescla o som dessas bandas com o Hard Rock festeiro dos anos 80/90.


Tuff - What Comes Around...Goes Around (1991)

Tuff é uma banda que surgiu na metade dos anos 80 e foi um dos maiores expoentes do Hard Rock nos anos 90, sendo considerada a maior banda do mundo sem contrato assinado. O grupo foi formado pelo guitarrista Jorge Desaint e o baixista Todd “Chasse” Chaisson. Chamaram o baterista Michael "Lean" Raimondo e o vocalista Terry Fox para completar a banda, mas este último os abandonou para seguir com sua carreira de patinador. Aconselhados pelos caras do Poison, a banda foi para Califórnia com um novo vocalista, um carinha que tempos depois ficaria conhecido como Jim Gillette (esse mesmo). Com Jim o Tuff gravou seu primeiro EP, o "Knock Yourself Out", mas depois de algumas apresentações, ele decidiu seguir carreira solo. Foi aí que Steve Lauxes (Stevie Rachelle) entrou na banda, e eles perceberam que aquele cara era o que o grupo precisava. Fizeram sua primeira apresentação ao lado do Warrant, e daí pra frente foi só trabalho. Os caras passaram uns 3 anos na estrada, ganhando fãs e uma relativa fama, até que em 1991, eles finalmente gravaram seu debut, o ótimo “What Comes Around...Goes Around”. Aqui percebemos claramente a influencia que a banda Poison exercia sobre o Tuff, pois esse disco parece até uma continuação do álbum Open Up and Say Ahh!. Além disso, Stevie é igual Bret Michaels e canta feito Bret Michaels D: Como a maioria de nós já deve saber, naquela época não existia nenhuma banda Hard original, todas faziam a mesma coisa, e Tuff não foi uma excessão, fazendo um disco com todos os clichês do glam. Mas os caras faziam seu som com qualidade e carisma, já tinham conseguido vários fãs e embalados pela balada. "I Hate Kissing You Goodbye" que ficou no top 3 da MTV, o álbum teve boas vendagens. Os destaques do CD, além da balada já citada, ficam por conta da festeira "The All New Generation", que tem um refrão muito grudento e uma levada muito divertida, com guitarra e bateria bem presentes. "Ruck-A-Pit Bridge" também é muito festeira e tem um ótimo trabalho de backing vocals. "Lonely Lucy" que é uma mistura de Van Halen, Poison e Warrant e por último mas não menos importante "Good Guys Wear Black" que mostra toda a rebeldia do Hard. Mas tipo, bem no mês do lançamento desse álbum, um grupinho de Seattle lançou Smells Like Teen Spirit, e o resto da história você conhecem...

Leia a história dessa última banda. Sério, mesmo sendo um post mais longo, vale a pena :X

Rock City Angels - Young Man's Blues (1988)

Rock City Angels é uma banda com umas das histórias mais bizarras que eu já vi. Bom, o grupo começou no inicio dos anos 80 quando o vocalista Bobby Bondage e o baixista Andy Panik's assistiram o documentário sobre Heavy Metal, "The Decline Of Western Civilization" e decidiram criar uma banda. Sim, eles criaram uma banda, de punk rock (nada a ver com o documentário, mas beleza), e a batizaram de The Abusers. Com o tempo, a banda começou a se utilizar de um visual mais glam, e compondo coisas que cada vez mais se pareciam com Hard Rock, mas ainda com toques de Punk. Com a mudança no estilo também veio a mudança de nome, e agora o grupo se chamava Rock City Angels. A banda tocava em tudo quanto era buraco, e firmou uma certa reputação na Flórida, até atrair a atenção da New Renaissance Records. Depois de alguns meses, Bobby Bondage virou Bobby Durango, e nessa época, Johnny Depp (bem esse), sim, o nosso eterno Jack Sparrow, o neto do Keith Richards entrou na banda, claro, isso antes dele fazer o filme do tiozinho com mãos de tesouras e ficar famoso.

Foi mais ou menos nesse período que a banda gravou seu primeiro disco, e foi aí que a bizarrice começou. Um tempo antes do lançamento do disco, a diretora da New Renaissance Records começou a receber ameaças, dizem que as ameaçam partiram dos chefões da poderosa Geffen. No começo ela parecia não ligar, mas quando seu carro foi jogado para fora da estrada, a pobre moça pediu demissão e a banda assinou um contrato com a Geffen, que lhes cedeu mais de 6 milhões de dólares. Aí outra coisa estranha aconteceu, pois a gravadora, ao invez de lançar outro disco ou promover a banda, os isolou em Memphis no Tenesse. Antes disso acontecer, Jack Sparrow, err... Johnny Depp foi demitido.

A banda ficou mais de dois anos tocando nos buracos do Tenesse e tentando gravar o novo álbum, mas porque a pressa quando se tem 6 milhões de dólares para gastar? Só que esse isolamento gerou alguns boatos, e um deles foi que a Geffen tinha isolado a banda para evitar a concorrência com o Guns N' Roses, que naquele ano estava gravando o seu debut. Eu e um amigo, achamos isso estranho, pois a banda é muito boa, e a Geffen ficaria com dois mega sucessos na mão, mas eles preferiram apostar apenas no Guns N' Roses, e de certo modo se deram bem, mas poderiam se dar melhor. O negócio é que em 1988 o Rock City Angels Lançou seu "segundo primeiro disco", o “Young Man's Blues”. “Young Man's Blues” apresenta um belissímo Rock N' Roll, embebido em Blues e ainda com os toques do Punk do inicio da carreira da banda. Isso praticamente apresenta o álbum interio, eu até me arrisco a dizer que a banda segue um estilo muito parecido com o dos também desconhecido Wild Boyz. Refrões grudentos e em coro, vocais rasgados, proporcionados pelo excelente Bobby Durango, cozinha coesa e falta de peso nas guitarras são os pontos a se ressaltar do disco.

A banda realmente tinha tudo para decolar,mas o disco peca por não ter uma música pra estourar nas paradas. "Deep Inside My Heart" até tocava com frequência nas rádios e na MTV, mas seu som era um pouco antigo para a época, então a música não implacou. Outro fato que piorava a situação da banda era que seus fãs da Flórida já não eram mais tão fieis assim (também, depois de dois anos no ostracismo, o que eles queriam?) e os abandonam. Rock City Angels até abriu shows para artistas conceituados, mas isso não os ajudou, e quando a banda mostrou as músicas do novo álbum para os chefões da Geffen, eles foram chutados de lá.

O grupo está na ativa até hoje, mas tentou retornar as suas raízes Punk, até lançou o "Use Once & Destroy" em 2004, mas não obteve nenhum reconhecimento. Uma pena, pois a banda é realmente muito boa e esse disco que eu posto hoje é uma jóia perdida do Hard Rock oitentista.

sábado, 5 de março de 2011

O Hardalho a 4 #6

Olá, meu nome é Robson e sou o novo colaborador deste blog. Não será muito comum me ver postando diariamente, e nem falando sobre bandas de Folk, Black, Viking, Death, Power Metal, entre outros (pra falar a verdade, acho que isso nunca acontecerá...), deixo esta área para meus amigos Renato e Renato Spacek...

Van Halen - Van Halen (1978)

Mas na área do Hard Rock eu tenho um domínio bom. E quer melhor banda de Hard Rock do que o Van Halen? Talvéz, os maiores deste gênero. O álbum que mais me admira deles é o debut. Numa época em que o Hard do Kiss e Alice Cooper faziam Black Sabbath e Rolling Stones parecerem uma banda de velhos, vem o Van Halen e eleva a música a um patamar nunca antes visto. O disco é datado de 1978, mas ainda nos dias de hoje, soa extremamente atual. Nele tem de tudo. Refrões grudentos e inspirados, ouça "Runnin' With The Devil". Um cover, ou "o" cover, escute "You Really Got Me". Uma das melhores músicas instrumentais da história, dê uma ouvida na clássica "Eruption". Uma faixa mais pesada e direta, sem muitas firulas: "Ain't Talkin' 'Bout Love". Um hardão animado e com um excelente riff, em "Feel Your Love Tonight". Uma canção que transborde inspiração e deixa os temas mais emotivos vir à tona, está em "Little Dreamer", que está longe de ser uma balada, mas está perto de ser uma das melhores músicas do disco! O álbum vez um sucesso giganesco, vendendo quase 11 milhões de cópias pelo mundo e transformando o Van Halen numa das bandas mais lucrativas dos anos 80.

Great King Rat - Great King Rat (1992)

Você certamente deve saber quem é, ou já deve ter ouvido falar, no guitarrista Pontus Norgren. Sim, é aquele que hoje toca no Hammerfall e tem fama pelo mundo tocando um Power Metal fudido. Mas muito, muito antes dele entrar na banda, lá no início da década de 90, ele comandava uma banda de Hard Rock, e das boas... o Great King Rat.

Se eles não fizeram muito sucesso pelo mundo, não foi por culpa da musicalidade, isso eu tenho certeza. A banda faz um hard rock melódico e único, e é meio difícil de achar uma banda que tenha feito um som “similar” ao do grupo sueco. As músicas são mais calcadas em riffs, solos e melodia, ao contrario daquelas frescuras do Hard Rock americano. Em suma, é uma ótima pedida ter este disco no seu acervo. Grandes riffs, solos e refrões estão presentes em todos os momentos. Destaque para as músicas “Bright Lights”, “Take Me Back”, “Ball And Chain”, “Dirty Old Man Stomp” e “Woman In Love”


Tykett0 - Don't Come Easy (1991)

O termo “banda injustiçada” se tornou muito comum ao se referirem as bandas de Hard Rock do início da década de 90, mas nem todas “merecem” serem taxadas assim, pois umas faziam um som fraquinho mesmo. Não é o caso do Tyketto (alguém se arrisca a dizer a pronúncia disso????)

A banda foi formada em Nova York em 1987, e debutaram no cenário musical em 1991, com o lançamento de “Don’t Come Easy”. O som é muito competente, mas ao contrário de alguns grupos, que privilegiavam a fúria das guitarras, aqui, os holofotes se viram para os vocais de Danny Vaughn, mas as guitarras continuam lá, é óbvio, firmes e fortes!

O álbum tinha um potencial incrível e certamente teria um feito um sucesso maior se fosse lançado uns 3 anos antes. A faixa de abertura do play, “Forever Young”, ganhou um status de “cult” ao longo dos anos, e não é pra menos, é uma puta duma música. As baladas também não fazem feio. “Standing Alone” tem arranjos muito bem bolados e “Burning Down Inside”, sinceramente, é uma das melhores que já tive o prazer de ouvir.


Gatopardo - Prisoner (1994)

Pouco e nada se sabe sobre essa banda carioca de hard rock. Apesar de terem durado pouco tempo, e se ter pouca informação sobre os caras pela internet, os caras conseguiram registrar seu único álbum em 1994. Foi um fracasso retumbante, coisa não muito rara de ser com bandas desse gênero na década de 1990. O som da banda é muito bem tocado, sendo isto notável na execução da bateria. A produção peca em umas partes, abafando o som da guitarra, mas isso é o de menos... o que vale é a intenção... (?)

Ouçam e prestem atenção em “No Back Doors”. Uma mistura de balada só que com uma pegada mais rocker e um refrão muito bacana. “Prisoner” já é mais direta. Guitarras à toda! “Close To Heaven”, que tem um ritmo diferente, “Night And Day”... talvez o melhor solo do disco e “Who?”, com um riff bem criativo. Uma excelente pedida, para orgulhar os hard rockers da nação!


Lancia - Lancia (1992)

Numa visão bem fria, o Lancia nada mais é do que uma espécie de “clone” do Van Halen. Mas e isso é bom ou ruim? Não sei, mas numa época em que a maioria das bandas de hard rock prefiriam manter uma cozinha, por exemplo, bem “feijão com arroz”, o Lancia “remou contra a maré”. A Sonoridade da banda é fascinante. As guitarras são altas e imponentes, o baterista espancando tudo, massacrando os bumbos, o baixo bem entrosado, e o Paul Lancia (o vocalista), mostrando ser um fiel discípulo de David Lee Roth.

De fato, associá-los ao Van Halen é um tanto inevitável, desde a capa do álbum (parece com a do debut do VH), passando por riffs e enfim. Destaques para “Sweet Melody”, “You Can’t Keep A Goodman Down”, que possui uma introdução foda da bateria, e os riffs, me lembram alguma música do Van Halen, não consigo lembrar qual, “Pain Sweet Symphony”, uma faixa bem pesada e “Still In Love”, balada pegajosa, mas muito boa.

quinta-feira, 3 de março de 2011

O Hardalho a 4 #5

Atanóno Anselmo Spacek diz:
*vou fazer um hardalho a 4
*de bandas que ninguém conhece
*vou te superar
' @x_xRenato diz:
*se eu conhecer alguma, você vai falhar qqq

Desafio aceito, seu filho de uma negra gostosa.

Paganini - It's A Long Way To The Top (1987)
Tendo em vista que praticamente todas as bandas do Hard Rock oitentista totalmente underground são dos Estados Unidos, o país de origem do grupo é um tanto inusitado, pois o grupo vem da Suíça, mesmo lugar que outras grandes bandas do gênero como Gotthard e Krokus. O Paganini faz músicas com melodias grudentas e com a essência do Hard Rock. Dos quatro discos do grupo, It's a Long Way To The Top é o mais bem sucedido e melhor na minha opinião, e como muitos devem estar pensando, a faixa-título não é um cover do AC/DC, pois apesar do Paganini não ter feito muito sucesso - Hard Rock oitentista? Novidade... -, eles não precisam de covers para serem uma excelente banda.

Sister - Deadboys Making Noise (2009)
Indo pra ala mais extravagante do Hard Rock, o Sister não peca em nada. O grupo sueco - origem previsível, vide o estilo da banda - que faz um Sleaze de melhor qualidade foi formado em 2005, e como todas as bandas do gênero, são filhos do Crashdïet, banda que os ajudou a crescer. Inicialmente o Sister fazia um som menos agressivo, bem mais primitivo não apelavam tanto no visual, já em Dead Making Noise podemos ver uma mudança radical nesses fatores, pois a banda faz um som mais pesado e sujo, a produção de seu disco é bem melhor do que dos EPs anteriores, e seu visual é muito mais chamativo.

Foxy Roxx - Shake The Foundation (1995)
Tirando do fundo do baú, o Foxy Roxx prova que não é necessário estar nos anos 80 para fazer Hard Rock underground e de boa qualidade. Porém, apesar da banda remeter ao melhor Hard oitentista, o grupo é recheado do melhor Sleaze dos anos 90, com uma pitada adicional de Punk, coisa comum em bandas do gênero, e, consequentemente, podemos dizer que animação, entusiasmo e agitação são três coisas que definitivamente não faltam no Foxy Roxx, e "Do You Really Like It", "Rock & Roll" e "Drink All Night" provam isso. A banda também mostra saber fazer baladas muito bem, e novamente temos uma prova, dessa vez "Time Stand Still".

Pound Of Flesh - Pound Of Flesh (1988)
Se o Renato conhecer o Pound of Flesh, dou o braço à torcer. Para terem ideia de tamanha raridade, esse disco, que é o único álbum da banda, foi limitado em 500 cópias pelo mundo. Um grupo que, sinceramente, não é nada singular. Apesar de ser uma banda interessante e legal, se assemelha à uma infinidade de bandas do mais underground Hard Rock oitentista, o que faz o Pound Of Flesh ser só mais uma no meio de um milhão, coisa que definitivamente não é compensada por sua singularidade, que de fato não existe. Uma boa banda dos anos 80, porém, só mais uma.
Paradise City - Minstrel's Creed (2010)
Sem dúvida alguma, a banda mais famosa das cinco que eu postei aqui. E, além disso, estamos falando com um dos maiores nomes do Sleaze Rock atual, que seguiu a fórmula de seu debut em Ministrel's Creed, apesar de ter se mostrado um pouco mais maduro e, na minha opinião, melhor. Esse disco é repleto de riffs e refrões grudentos, pontos totalmente característicos do Sleaze, ainda somado à backing vocals feitos com excelência que lembram muito o Crashdïet, timbres de guitarra sujos e uma cozinha simples fazem o Paradise City ser uma das melhores bandas de Sleaze Rock, sem dúvida.

segunda-feira, 28 de fevereiro de 2011

O Hardalho a 4! #4

Depois de três posts do Renato na seção, acho que é a minha vez né?

Esses são alguns discos que eu gosto de Hard Rock (que engloba várias subdivisões como Sleaze, Glam etc), mas não necessariamente meus cinco preferidos.

Crashdïet - Rest In Sleaze (2005)
Se algum dia eu fosse indagado sobre os melhores discos de Hard Rock, Rest In Sleaze estaria entre os primeiros sem dúvida alguma. A banda, dita por muitos como superestimada, é uma das maiores do Sleaze Rock do mundo. O grupo se mostra extremamente esforçado e caprichado nesse disco, pois de cabo à rabo não se vê um defeito, deixando clara assim a qualidade dos membros, e também a incrível capacidade de retornar no tempo, pois convenhamos, são poucas as bandas da última década que nos passa um sentimento anos 80 assim como o Crashdïet, e essa animação, empolgação e euforia toda é simplesmente consequência desse disco, desse disco que, na minha opinião, é um dos cinco melhores discos de Hard Rock da história.
Firehouse - Prime Time (2003)
Praticamente todo o sentimento que eu tenho pelo disco do Crashdïet no qual eu escrevi sobre acima eu também pelo Prime Time, que até hoje é o último lançado pela banda. Eu nunca conheci alguém que o considerava o melhor disco deles, e isso só concretiza mais ainda minha teoria de que eu tenho opiniões que só eu tenho no mundo, pois eu não apenas acho o Prime Time o melhor disco do Firehouse, como eu o acho muito a frente do segundo colocado - palavras de Robert Plant ao questionado se achava o Led a melhor banda do mundo. Peso, animação, riffs e solos indescritíveis, tudo que um bom Hard Rock precisa e muito mais. Um ponto de destaque que eu acho nesse disco é a maior aparição do guitarrista Bill Leverty, que diferentemente de muitos guitarristas de bandas Hard, é um exímio e excelente guitarrista, gozando de técnica e velocidade - mas com moderação, afinal, isso é farofada e não Technical Death Metal. Prime Time e Rest In Sleaze deixam apenas três posições livres na minha lista dos cinco melhores discos de Hard Rock de todos os tempos.

Whitesnake - Whitesnake (1987)
Eu lembro que alguns anos atrás, ao ouvir falar da banda, fui procurar algo para escutar. Confesso que após escutar o disco Whitesnake, eu tinha certeza de que tinha acabado de escutar uma coletânea, pois quase todas as músicas eram excelentes. Apesar da falta de "love" nos nomes das músicas, tendo em vista que apenas uma conta com a palavra em seu título, risos, o disco em hora alguma deixa a originalidade e essência do Whitesnake de lado, fazendo perfeitamente aquele Hard Rock clássico como a cobra branca sempre fez. Alguns dos maiores sucessos da banda como Is This Love e Here I Go Again são desse disco. Na minha opinião, o melhor álbum do Whitesnake.

Richie Kotzen - Mother Head's Family Reunion (1994)
Richie Kotzen sempre foi um dos meus guitarristas preferidos. Eu achava sua época no Poison excelente, já no Mr. Big nunca dei muita atenção. Mas eu comecei a gostar mais ainda do guitarrrista quando escutei sua carreira solo, principalmente quando escutei esse disco, Mother Head's Family Reunion, seu quarto disco de estúdio. O álbum mistura vários estilos musicais, tais como o Blues e Funk, mas pode-se rotulá-lo principalmente como Hard Rock, um Hard Rock funkeado excelente por sinal. Além de mostrar como o Kotzen toca pra caralho, o disco deixa claro também a versatilidade do músico, seja como guitarrista ou como vocalista, pois além de arrebentar com as seis cordas, Kotzen também dá um show nas cordas vocais.

KISS - Psycho Circus (1998)
Até hoje eu sou a primeira pessoa que eu já vi dizendo que tem como disco preferido do KISS o Psycho Circus. Só não digo que é o mais polêmico da banda pois o Unmasked está aí, mas o Psycho Circus sempre foi ponto de discussão e crítica entre fãs da banda, mas pra mim, é o melhor CD da banda. Majoritariamente pelo fato de que esse disco me marcou por ter sido o primeiro álbum de Rock que eu escutei, e até hoje eu o ouço de uma maneira diferente, o vejo com bons olhos - ou boas orelhas, pra ser mais literal. Desde a primeira audição o KISS me cativou de uma maneira inexplicável, Psycho Circus reúne animação, entusiasmo, e o verdadeiro Hard Rock, tendo assim a combinação perfeita.

domingo, 27 de fevereiro de 2011

O Hardalho a 4! #3

Como a maioria deve saber, no final da década de 80 e inicio da década de 90, houve uma explosão Hard, onde surgiram milhares (isso não é exagero) de bandas. Algumas sem qualidade alguma, outras com técnica e feeling de sobra, que teriam tudo para estourar. Pois bem, graças a essa explosão, o mercado ficou saturado e alguns anos mais tarde o Nirvana lançou o disco Nevermind, que mudou a história da música.

Então, hoje "O Hardalho a 4" vem com um especial de bandas que ninguém mais lembra.

Blackthorne - Afterlife (1993)
Blackthorne surgiu como um mega projeto, que envolvia algumas estrelas do segundo escalão (brimks) da cena Hard da época. O mentor do projeto é nada mais nada menos que Bob Kulick, o guitarrista quebra galho mais famoso do rock, que chamou músicos do porte de Graham Bonnet (Alcatrazz, Rainbow, MSG, Impelliteri, etc), o tecladista Jimmy Waldo (Alcatrazz), o baixista Chuck Wright (Quiet Riot, Giuffria, House Of Lords) e, por fim, o baterista Frankie Banalli (Quiet Riot, W.A.S.P.), que acabou substituindo o baterista original, Grag D´Ângelo (Antrax, White Lion). Além de participações muito especiais, como Bruce Kulick (Kiss), Steve Plunket (Autograph) e Astrid Yung (Sacred Child). Em 1993 o grupo liberou seu único registro: "Afterlife". Com um time de feras feito esse, o resultado não poderia ser outro. O disco trás um Hard Rock enlouquecedor e festeiro, que como de praxe, tem refrões melódicos e em coro, mas que ao mesmo tempo é vigoroso e pesado, chegando a beirar o Heavy Metal. Se já ouviu alguma coisa e Bob Kulick, sabe que o cara não é fraco, e aqui realiza mais um trabalho maravilhoso. Sua guitarra soa suja e pesada, mas com levadas rítmicas deliciosas. Na minha modesta opinião, esse é o melhor trabalho de Graham Bonnet. Sua voz crua e distinta, ganha muito destaque nas canções, que são de um Hard bem sujo e combinam perfeitamente com a voz do cara

The Cherry Bombz - House Of Ecstasy (1987)
No final do ano de 1983, Vince Neil, o vocalista do Mötley Crüe sofreu um grave acidente de carro porque estava completamente mamado. Bom, além de Vince passar algum tempo na cadeia, nada de mais grave aconteceu com ele, mas no seu carro estava o jovem e talentoso Nicholas "Razzle" Dingley, baterista do Hanoi Rocks, que infelizmente morreu. Depois de algum tempo o Mötley já estava no topo das paradas de novo, mas o Hanoi Rocks se fodeu e acabou caindo no esquecimento, então os guitarristas da banda, Nasty Suicide e Andy McCoy, começaram um novo projeto, o The Cherry Bombz. Chamaram o baixista Dave Tregunna (Sham 69, Lords Of The New Church), o baterista Terry Chimes (que havia passado pelo The Clash e Generation X) e a gostosa Anita Chellemah, que cantava no Toto Coelo, que era composto apenas por gostosas mas que não tinham nenhum talento. Graças a morte e Nicholas e a história do Hanoi Rocks, o projeto causou estardalhaço por onde passou, mas curiosamente seus membros (lê-se Anita) tinham certa insegurança de se apresentar para grandes plateias, então o projeto sobrevivia tocando sempre, sempre e sempre em todos os buraquinhos que encontrassem. Nos EUA, eles tiveram grande exposição na imprensa e tiveram inúmeros pedidos de diversas gravadoras, mas talvez por querer evitar a pressão, recusaram todos. Com o tempo toda essa agitação foi passando e a banda foi caindo no esquecimento, até que acabou, sem gravar nenhum álbum de estúdio. O único registro que eles deixaram foi um live gravado em 1986 e liberado em 1987, onde a banda mostra um Hard Rock bem festeiro e com pitadas de Blues.

Diamond Rexx - Land of the Damned (1986)
Diamond Rexx é uma banda originária de Chicago, nos EUA. O grupo nasceu em 1985, quando o vocalista Nasti Habits chamou o guitarrista S. St. Lust, o baixista Chrissy Salem e o baterista Johnny Cottone para montar uma banda. O grupo tocava em qualquer buraco, e ficou conhecido por suas apresentações enlouquecedoras. A banda conseguiu uma base fiel de fãs mas também ja tinham uma nova formação (acho que a troca de formação é a marca registrada do grupo), pois o baixista agora era Andre. Em 4 meses o grupo assina com a Island e lança seu debut. O ótimo "Land Of The Damned". Diamond Rexx tinha um visual glam carregadissímo. Seu som era fortemente influenciado por Mötley Crüe e Alice Cooper mas era mais sujo, rápido e pesado, e isso diferenciava a banda da maior parte dos grupos que nasceram naquela época. Mas com o tempo graças ao Grunge, o grupo caiu no esquecimento e depois tentaram fazer um som novo, que foi a sepultura da banda. Seu último lançamento, em 2002, foi um total fiasco e depois disso a banda sumiu. O som que a banda apresentou nos seus três primeiros discos é de uma qualidade excepcional, principalmente o seu debut, onde os membros ainda estavam animados, sem brigas com gravadoras e nem nada que os afetasse musicalmente. "Land Of The Damned" trás aquele tipo de som que eu disse ali em cima. Hard Rock sujo, fortemente calcado no Heavy Metal. Um som ácido e diferente do que a maioria bandas faziam até então.

Kingdom Come - Kingdom Come (1988)
Kingdom Come foi formado na Alemanha por Lenny Wolf nas vozes, Danny Stag e Rick Steier nas guitarras, Johnny B. Frank no baixo e James Kottak na bateria, e tinha tudo pra ser uma das bandas tops do final dos anos 80, mas um fato atrapalhou isso: A voz do vocalista Lenny Wolf é muito parecida com a voz de Robert Plant. Por um lado isso fez as vendas do primeiro disco serem relativamente altas, mas também desgraçou a carreira da banda, com comparações e deboches. De fato, a voz de Lenny lembra muito a voz de Plant, mas o som do grupo é mais moderno, mais pesado e menos psicodélico que o do Led Zeppelin. Pois bem, quando o Kingdom Come estava trabalhando nas músicas do seu primeiro álbum, o famoso produtor Rob Rock se interessou pelo som dos caras e os lançou no mercado. Mesmo com as comparações o debut auto intitulado do grupo vendeu 500 mil cópias rapidamente, e alcançou disco de ouro. A música "Get It On" tocava constantemente nas rádios, e algumas pessoas até acharam que o Led Zeppelin tinha voltado '-'. Mesmo alguns ridicularizando a banda, eles tocaram em grandes festivais ao lados de grande bandas, e fizeram relativo sucesso na época. O álbum apresenta um Hard Rock/AOR de muita qualidade que é gostoso de se ouvir. A banda mostra que é bem versátil, fazendo faixas mais pesadas e agitadas como "Shout It Out", músicas com levadas mais "viajantes" como "Get It On" e lindas baladas como "Loving You" (que realmente, é uma obra de arte. Linda demais). Com o passar do tempo o Kingdom Come caiu no esquecimento, mas até hoje lança álbum cada vez mais pesados, mas sem perder a qualidade dos anos 90.

Princess Pang - Princess Pang (1989)
Uma banda de Hard Rock forofa composta por americanos e suecos, e com uma mulher nos vocais. Só pode vir coisa estranha e ruim por aí, certo? Errado! Princess Pang foi uma das minhas surpresas mais agradáveis dentro do mundo Hard Rock. A banda foi formada em 1985 quando a vocalista Jeni Foster conheceu o baixista sueco Ronnie Roze. A química rolou logo e os dois decidiram montar uma banda, mas para isso tiveram que ir pra Suécia, para que Ronnie resolvesse alguns problemas legais. Lá, encontraram o guitarrista Andy Tjernon e o Princess Pang já estava oficialmente batizado. Depois de algumas demos e testes para as baquetas, resolveram mandar algumas fitas para um amigo de Ronnie, nos EUA. Brian Keats (Angels In Vain) ouviu as demos e se juntou ao grupo, que veio para a América em busca de mercado e de outro guitarrista, que viria a ser Jay Lewis. Agora, como uma banda completa, as demos da banda iam de gravadora em gravadora e revista em revistas, até que a Metal Blade se interessou pelo promissor grupo e assinou contrato com eles. Esse contrato rendeu, em 1989, o primeiro e único álbum da banda, o auto-intitulado "Princess Pang", que trazia o que de melhor existe no Hard Rock/Aor. Músicas festeiras, refrões em coro e grudentos, guitarras bem distorcidas, com riffs e solos empolgantes, e uma cozinha bem coesa e pesada. A banda saiu em turnê e tocou ao lado de grandes como Mr. Big e Ace Frehley, onde o grupo arrebatou fãs, principalmente graças as músicas “Trouble In Paradise”, "South St. Kids", "Any Way You Want It" e a vocalista Jani Foster, pois em uma cena onde 98% das bandas tinham vocais masculinos, a mocinha botava pra foder, cantando com atitude e muita técnica.

sábado, 19 de fevereiro de 2011

O Hardalho a 4! #2

Seguindo a sessão com um "Especial anos 80".

AC/DC - Back In Black (1980)

Quando Bon Scott morreu (aliás, hoje fazem 31 anos que isso aconteceu), todos pensavam que o AC/DC estaria acabado, já que bom era um dos melhores frontmen do mundo, quissa da história. Mas foi então que uma das mais lendárias ressurreições de uma banda aconteceu. Brian Johnson foi recrutado para as funções de vocalista, ajudou a refazer o álbum e, no mesmo ano "Back In Black" foi lançado. Mas a maior surpresa estava por vir, pois o álbum foi um absoluto sucesso de vendas. Com aproximadamente 43 milhões de cópias vendidas, "Back In Black" é o CD de Rock mais vendido da história e o segundo mas vendido no geral, perdendo apenas para "Thriller", de Michael Jackson. Como em todos os CD's do AC/DC, "Back In Black" é um álbum sujo que possuí uma forte influencia de blues. Brian substituí Bon com extrema maestria, dando uma nova personalidade a banda, uma personalidade que nenhum outro vocalista poderia dar. Em suma, Hard Rock puro e que desce fácil, tanto que a banda aposta na mesma fórmula para fazer discos até hoje. #AC/DC Facts -q

Alice Cooper - Trash (1989)

Alice Cooper é unanimidade. O cara é uma lenda viva, com tanto respeito quanto caras como Lemmy e Ozzy - e canta tão bem quanto eles :/-. Alice está na ativa desde final dos anos 60 e sempre lançou álbuns respeitáveis, como os clássicos "Killer" (1971), "School's Out" (1972), "Billion Dollar Babies" (1973) e "Welcome To My Nightmare" (1975) -que inclusive, entrariam fácilmente nessa sessão-, mas, no ano de 1989, quando o Glam Metal estava em alta, a Titia liberou seu álbum que ao meu ver é o melhor. "Trash" tem toda aquela cara de Alice Cooper, as músicas soam teatrais e sujas, mas aliadas a aquela atmosfera Glam, formam um disco praticamente perfeito. Músicas como "House Of Fire" e "Poison" se tornariam hinos e clássicos estantâneos, tanto que a última, é a músicas mais popular do cantor e ajuda a firmar minha opinião de que "Trash" é um dos melhores discos de Rock da década de 80.

Cinderella - Long Cold Winter (1988)

Dois anos após o lançamento de "Night Songs" que foi sucesso de vendas e lançou o Cinderella como uma das grandes promessas do Rock americano, a banda lançou o álbum que definitivamente iria coloca-los nos anais do Hard Rock. "Long Cold Winter" tem a mesma formula do seu antecessor, Hard Rock gostoso de se ouvir, com grande influencias de Country e Blues, mas com dois agravantes: O amadurecimento musical da banda e o modo de se portar. Se em "Night Songs" a banda já era muito acima da média, agora eles estavam muito melhores, mais entrosados e o nível das composições subiu ainda mais. Eles também deram uma reduzida no visual purpurinado, dando mais importância a música de fato. Hinos como "Gypsy Road", "Don't Know What You Got ('Till It's Gone)", "The Last Mile", "Coming Home" e "Take Me Back" fazem desse um dos maiores clássicos do Hard Rock 80's e, aliás, eu o considero o melhor disco Hard daquela década.

Nitro - O.F.R. (1989)

Nitro é simplesmente banda em que o vocalista guardava um poodle em cima da cabeça, que o guitarrista tinha uma guitarra extra-terrestre e que tinha o visual e as músicas mais extremas do Glam Metal. O visual da banda chamava muita atenção, Jim cantava como poucos, com falsetes e notas muito, mas muito altas e Batio é simplesmente o guitarrista mais rápido do mundo. A combinação disso tudo fez o Nitro se destacar. A banda levou o Glam Metal ao extremo, fazendo um som metálico, muito veloz e seco. "O.F.R." trazia um som violento e extremo, com porradas e mais porradas, falsetes incríveis e solos na velocidade da luz. O álbum tem duas curiosidades: Na música "Machine Gunn Eddie", Jim da o maior grito da história do rock, com 32 segundos - segundo membros, sem efeitos hm*- e dizem que este é o primeiro álbum de uma banda não Extrema (no sentido real da palavra) que apresenta 'blast beats'. Então, se você curte músicas mais rápidas, esse é seu álbum \o/

Warrant - Dirty Rotten Filthy Stinking Rich (1989)

Warrant é uma das melhores bandas de Hard Rock da segunda metade dos anos 80 em diante. Formada em Hollywood no anos de 1984, lançou seu primeiro - e melhor - álbum em 1989. "Dirty Rotten Filthy Stinking Rich" nos trás um Hard Rock simples, com riffs sem muita técnica e solos um tanto quanto comuns, mas que fazem o som ser alegre, gostoso e fácil de ser ouvir. O álbum trás os inúmeros clichês do gênero, mas com mais enfâse nos refrões em coro, feitos única e exclusivamente para serem ouvidos e grudarem na sua cabeça a ponto de sair cantarolando logo depois da primeira audição. Alguns dos maiores clássicos do grupo, como "Heaven", "Down Boys", "Big Talk" e "Sometimes She Cries" foram paridos por esse lançamento, logo, "Dirty Rotten Filthy Stinking Rich" é um dos álbuns indispensáveis pra quem curte um bom Hard Rock.

sábado, 12 de fevereiro de 2011

O Hardalho a 4! #1

Imaginem o quadro "Álbuns Essenciais". Pois, hoje eu faria um post nele sobre o Hard Rock. Mas conversando com o Spacek, a gente percebeu que tinha muita banda boa, afinal, o gênero passou mais de 20 anos no topo. Logo, viriam mais subdivisões com mais uma caralhada de bandas, então decidimos criar uma sessão no blog especial, onde apresentaremos bandas de Hard Rock, Sleaze e Glam e falaremos sobre seus melhores álbuns. Ou seja, essa sessão é um Essenciais - Especial "AlbunsHard Rock". Toda a semana traremos mais 5 bandas/álbuns novas(os) pra vocês, amantes do bom e velho Hard Rock.

Mr. Big - Lean Into It (1991)

Mr. Big é uma das bandas mais injustiçadas dentro do mundo Hard Rock. Não que os caras vendam mal, mas o negócio é que são conhecidos apenas por causa de "To Be With You" e "Wild World", que são duas baladinhas acústicas, sendo que integram a banda, músicos com gabarito suficiente pra serem considerados deuses em seus instrumentos (lê-se Paul Gilbert e Billy Sheehan). A banda lançou seu primeiro álbum em 1989, mas Lean Into It, seu segundo full-lenght é considerado por muitos o melhor disco da banda. Aqui o grupo nos mostra seu som poderoso, que equilibra perfeitamente a técnica apuradissíma dos integrante da banda com o feeling necessário pra todo bom Hard. Entre os destaques, temos a porrada "Daddy, Brother, Lover, Little Boy", música com o conhecido solo de furadeiras; a linda "Green-Tinted Sixties Mind" e o hit "To Be With You".


Aerosmith - Toys In The Attic (1975)

Nos dois primeiros álbuns, o Aerosmith tinha apresentado ao público um Hard Rock com extremas influências de Blues, que de fato era ótimo, mas que não agradou a crítica, tanto que a banda estava praticamente quebrada. Mas com o lançamento de Toys in The Attic, Steven Tyler e sua trupe escreveram seus nomes na história do Rock N' Roll. O álbum mostra uma grande evolução musical, com composições mais coesas e encorpadas além de alguns toques Punks. "Toys In The Attic" colocou o grupo no topo e até hoje, já vendeu cerca de 11 milhões de cópias, o álbum contem clássicos como a agitada faixa título; "Walk This Way" com seu mega riff simplório, mas que conquistou toda a América e o mega sucesso "Sweet Emotion", com uma linha de baixo de deixar marmanjo de queixo caído.


Alleycat Scratch - Deadboys In Trash City (1993)

Alleycat Scratch é uma das bandas desconhecidas dos anos 90 e uma das melhores dentro do cenário Hard Rock, mas que, por infelicidade, chegaram tarde demais. Eles tinham todo o visual e magia glam (uye), e faziam um som todo festeiro. Deadboys In Trash City é primeiro e único full-lenght do grupo. É um CD que abusa dos clichês do Hard Rock, mas que misturados aos toques Punk que a banda deu, virou uma verdadeira obra de arte do Hard 90's. Os refrões em coro predominam, o vocal de Eddie Robison hora é rasgado hora é limpo, as guitarras tem riffs rápido e com peso na medida certa, já os solos são virtuosos. E pra completar a cozinha é pesada e um pouco mais rápida que as cozinhas hards, o que dá um charme a mais no disco. Todas as músicas do álbum são demais, mas os destaques vão para a abertura com a pesada "Stilletto Strut", a festeira "Sexual Addiction" e a balada "Roses On My Grave".


Black N' Blue - Black N' Blue (1984)

Black N' Blue foi considerado por muitos críticos como sendo apenas mais uma banda de Hard Rock, ou uma pseudo cópia do Kiss, mas que era muito além disso. O grupo formado no ínicio dos anos 80 e que contava com Tommy Thayer (sim, ele mesmo!) nas guitarras gravou 4 álbum, mas o primeiro tem uma qualidade suprema, já que os outros tenderam mais pra um lado "pop". Mas aqui, temos aquele típico Hardão pra festejar, com refrões grudentos e em coro, vocais agudos, bateria pesadona, guitarras distorcidas e sujas, com riffs poderosos e solos divertidos. Destaque para as músicas The Strong Will Rock que abre o disco de forma sensacional; Wicked Bitch e Hold On To 18, que se tornou a música mais famosa da banda.


ASaP - Silver And Gold (1989)

Depois do lançamento dos álbuns Somewhere In Time (1986) e Seventh Son Of A Seventh Son (1988), o guitarrista Adrian Smith resolveu deixar o Iron Maiden. Adrian sempre foi creditado como um dos responsáveis pelo sucesso da banda, por suas composições e seu feeling. Eu até concordo, pois depois de sua saída, a banda nunca mais conseguiu compor algo muito expressivo. Pois bem, depois que saiu, Adrian se juntou a bons músicos, incluindo o filho do lendário Ringo Starr e fundou o ASaP (Adrian Smith and Project) e ainda em 1989, lançou o primeiro disco da banda: Silver & Gold. Se você espera ouvir Heavy Metal ou alguma coisa parecida com Iron Maiden na hora de dar play, esqueça! Aqui temos um típico Hard Rock 80's. Música animada, recheada de teclados e com refrões grudentos, mas com o toque de qualidade "Adrian Smith". Destaque absoluto para Adrian com suas linhas vocais, riffs e solos fodas, além das ótimas "The Lion", "Silver And Gold" e "After The Storm".

ps: Gunners... vão se foderem rs