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@ocaralhoa4

quarta-feira, 16 de março de 2011

Bolero - Voyage From Vinland [2011]

País: Canadá
Estilo: Black/Pagan/Folk Metal
Nota: 9,5

Para eu dar uma nota tão alta para um disco, o mesmo tem que ser no mínimo espetacular, e na minha opinião o Bolero tem que piorar bastante pra chegar a "espetacular", vide tamanha perfeição. Duas demos e um EP foram lançados antes do Voyage From Vinland, debut do Bolero, banda canadense de Folk Metal, que apesar do rótulo, não é só mais uma banda de Black Metal com flautas sem graça e sem essência, e sim um grupo com identidade e qualidade, e ambas em excesso, diga-se de passagem.

Confesso que Black Metal é um gênero no qual eu sou extremamente seletivo, e não há nada mais chato do que uma banda de Black que pega uma flauta e toca riffs porcos, enquanto faz um som nem um pouco audível e chama aquilo de "Pagan Metal" e até mesmo "Blackened Folk". Me desanima ver esse rótulo por esse motivo, mas garanto que com o Bolero é diferente: o grupo faz um Folk Metal agressivo, entretanto totalmente audível, que mistura vários elementos. Diferentemente de muitas bandas de Black Metal que misturam Folk Metal ao seu som, o Bolero dá uma ênfase enorme para as flautas - que na verdade é o teclado simulando o timbre do instrumento, tendo em vista que a banda não tem flautista. Alguns coros masculinos são presentes, mas não muito, assim como os femininos, que por sua vez são menos frequêntes que os masculinos.

Pense no Equilibrium, um pouco menos épico, com um vocal gutural menos forçado, um som bem mais limpo e mais Folk, essa, na minha opinião, é a melhor maneira de descrever o Bolero, que além disso passa por diversos elementos: ênfase nas flautas como dito no parágrafo acima, alguns temas orquestrados - poucos, mas existem-, guitarras muitas vezes tomam conta das melodias folclóricas e tocam riffs mais melódicos que o normal, temas pagãos, e apesar da banda não ser muito puxada para o Black Metal, em algumas (poucas) horas, há uma mudança abrupta de ritmo, velocidade e peso.

Nas primeiras músicas do disco vemos uma extrema semelhança com o Equilibrium, tanto nos ritmos quando na mudança de vocal gutural agudo ao grave, entre outros motivos. E um forte ponto que não nos deixa cansar desse disco são alguns momentos acústicos, sejam momentos em que a velocidade e o peso predominam, e até em momentos mais serenos e leves, como na finalização do disco: fortes influencias orquestrais, músicas acústicas com vocais graves masculinos, uma instrumental bem Folk com uma fortíssima ênfase à flauta, contudo o disco é finalizado com uma música bem agressiva, que contrasta com a tranquilidade de suas antecessoras.

Finalizando sem cerimônia alguma: com apenas um disco, o Bolero consegue ser muito, mas muito melhor do que milhares de bandas com cinquenta discos na carreira.

1. Voyage from Vinland - 02:34
2. Send of the War-Summons - 04:21
3. When the Legends Die - 06:22
4. Risen Victorious - 04:03
5. Our Land, our Sea, our Skies - 02:31
6. Pints Held High - 04:22
7. O' Hail to the Northlander - 04:59
8. Throne of Storms - 03:54
9. A Silence Prolonging - 04:49
10. Way to Forgotten Lands - 02:41
11. Sworn Under the Winter's Majesty - 04:42

Morgan Rider - Lead Vocals, Bass
Tim Ferriman - Guitar, Backing Vocals
Casey Elliot - Guitar, Backing Vocals
Alexander Woods - Keyboards, Backing Vocals
Rob Rousseau - Drums

1 comentários:

Renato disse...

é bom, mas não merece 10 hm*

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