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domingo, 6 de março de 2011

O Hardalho a 4! #7

Continuando a sessão com um post longo, beeem longo, mas é bom ler, pois tem umas curiosidades legais aqui.

Gotthard - Gotthard (1992)

A Suiça sempre presenteou os fãs de Hard Rock com várias bandas ótimas, e o Gotthard é mais uma delas, e eu os considero os melhores do país, da década de 90 (ao lado de Mr. Big) e um dos melhores de hoje em dia. A banda nasceu em 1989 quando Steve Lee (vocal) e Leo Leoni (guitarra) se juntaram e formaram a banda Krak, eles se uniram ao baixista Marc Lynn e depois de algumas trocas de bateristas eles encontraram Hena Habegger. Os músicos sempre se dedicavam muito, buscando fazer um som de primeira (coisa que conseguiram) que ultrapassasse as fronteiras nacionais. Seu primeiro álbum foi lançado em 1992, mas antes disso eles trocaram de nome, pois Krak parecia muito com Krokus, outra banda da Suiça. O primeiro álbum da banda é o que eu lhes apresento hoje, ele apresenta um Hard Rock puro, com toques do som setentista, o que fez com que a banda fosse diferente dos milhões de bandas glam dos EUA. Os destaques são a abre álbum "Standing in the Light", a balada "Angel" (que parece ter vindo direto da banda Whitesnake) e "Hush", cover de Billy Joe. Mas é claro, todo o álbum merece ser ouvido, pois a banda não deixa a peteca cair em nenhum segundo. Infelizmente, Steve Lee, uma das grandes vozes do Hard Rock, faleceu no ano passado, em um trágico acidente de moto. A banda deu uma parada, mas estão prestes a voltar e nos brindar, novamente, com um Hard Rock de primeira.

Skid Row - Slave To The Grind (1991)

Skid Row é uma banda americana de Hard Rock, formada em 1986, com a seguinte formação: Dave "the snake" Sabo e Scoti Hill nas guitarras, Sebastian Bach nos vocais, Rachel Bollan no baixo e Rob Affuso na batera. Jon Bon Jovi (Bon Jovi), que era amigo de infância de Dave, arranjou um contrato para a banda e em 1989 eles lançam seu primeiro álbum, o auto-intitulado "Skid Row". O debut do Skid Row foi simplesmente um sucesso, e fez da banda uma das mais importantes da cena Hard Rock do final dos anos 80 e inicio dos anos 90. Depois de dois anos e meio, o quinteto americano estava mais entrosado e amadurecido, e para mostrar isso aos fãs, eles lançam o álbum Slave To The Grind. O CD tem fortíssimas influencias do Heavy Metal e com generosos toques de punk, mas sem esquecer do Hard Rock que consagrou o grupo. O peso do álbum Skid Row me agradava demais, já que sou um fã assíduo de metal, mas a primeira vez que ouvi esse CD aqui eu me surpreendi muito, a banda simplesmente arregaça nas músicas em que faz um som mais Heavy Metal e quando faz Hard Rock, faz com a maestria de sempre, que continua até hoje, mesmo com as mudanças na formação e no estílo. Slave To The Grind chamou muito a atenção, pois foi o primeiro álbum de Metal a estrear no topo das paradas. No mesmo ano, a banda começou a abrir os show do Guns N' Roses na Use Your Illusion Tour, e em 1992 eles vieram ao Brasil, tocar no "Hollywood Rock 1992". O ponto alto do Cd são os rockões "Slave To The Grind", "Monkey Business", "Psycho Love" e "Riot Act", e as baladas "In a Darkened Room", que se tornou um clássico, e "Wasted Time", minha música preferida da banda, que mostram toda a potência do vocal de Sebastian Bach, e toda a excelência dos membros do grupo. Slave To The Grind se tornou um clássico do Hard Rock dos anos90 e fez com que o Skid Row consolidasse seu nome no mundo da música,


The Quireboys - A Bit Of What You Fancy (1990)

The Quireboys é um sexteto inglês, formado no final da década de 80. O Spacek não gosta muito dessa banda, que foi formada pelo vocalista Spike, em Londres. Mas eles fazem um Hard Rock de extrema qualidade, com fortes influências de blues e de bandas como Rolling Stones e Aerosmith. A banda tinha músicas que não eram tão técnicas, mas bem trabalhadas. Spike era o destaque do grupo, com sua voz que lembrava muito Tom Keifer (Cinderella) e Rod Stewart na sua fase mais rocker. O álbum que lhes trago hoje é o primeiro da banda, o A Bit Of What You Fancy. Enquanto na Inglaterra e em grande parte da Europa ele fez um tremendo sucesso, nos EUA o álbum ficou na sombra de bandas como Poison, Skid Row, Cinderella e Guns N' Roses. Mas até que os hits "7 O'Clock" e "I Don't Love You Anymore" emplacaram nas paradas americanas, e deram certo reconhecimento a banda, que na terra do "Tio Sam" era conhecida como "The London Quireboys". Como em todos os demais álbuns do London Quireboys, A Bit Of What You Fancy também tem fortes influencias de Blues e de Hard Rock setentista. A banda não deixa a peteca cair em nenhum momento, desde a abertura com o single "7 O'Clock", passando por músicões que mostram o mais puro Rock N' Roll, como "Man On The Loose", "Whippin' Boy" (conhecida no Brasil por estar no dvd Hard N' Heavy, junto com músicas do Guns N' Roses, Whitesnake e Poison). Tambem temos as pesadas "Sex Party" e "Long Time Comin' ", e as baladinhas "Sweet Mary Ann" e "I Don't Love You Anymore", uma linda balada melancólica, e bota linda nisso, é uma das mais belas baladas que eu já ouvi. Mas está aí, pra quem gosta de bandas como Aerosmith e Led Zeppelin, London Quireboys é uma boa pedida, pois mescla o som dessas bandas com o Hard Rock festeiro dos anos 80/90.


Tuff - What Comes Around...Goes Around (1991)

Tuff é uma banda que surgiu na metade dos anos 80 e foi um dos maiores expoentes do Hard Rock nos anos 90, sendo considerada a maior banda do mundo sem contrato assinado. O grupo foi formado pelo guitarrista Jorge Desaint e o baixista Todd “Chasse” Chaisson. Chamaram o baterista Michael "Lean" Raimondo e o vocalista Terry Fox para completar a banda, mas este último os abandonou para seguir com sua carreira de patinador. Aconselhados pelos caras do Poison, a banda foi para Califórnia com um novo vocalista, um carinha que tempos depois ficaria conhecido como Jim Gillette (esse mesmo). Com Jim o Tuff gravou seu primeiro EP, o "Knock Yourself Out", mas depois de algumas apresentações, ele decidiu seguir carreira solo. Foi aí que Steve Lauxes (Stevie Rachelle) entrou na banda, e eles perceberam que aquele cara era o que o grupo precisava. Fizeram sua primeira apresentação ao lado do Warrant, e daí pra frente foi só trabalho. Os caras passaram uns 3 anos na estrada, ganhando fãs e uma relativa fama, até que em 1991, eles finalmente gravaram seu debut, o ótimo “What Comes Around...Goes Around”. Aqui percebemos claramente a influencia que a banda Poison exercia sobre o Tuff, pois esse disco parece até uma continuação do álbum Open Up and Say Ahh!. Além disso, Stevie é igual Bret Michaels e canta feito Bret Michaels D: Como a maioria de nós já deve saber, naquela época não existia nenhuma banda Hard original, todas faziam a mesma coisa, e Tuff não foi uma excessão, fazendo um disco com todos os clichês do glam. Mas os caras faziam seu som com qualidade e carisma, já tinham conseguido vários fãs e embalados pela balada. "I Hate Kissing You Goodbye" que ficou no top 3 da MTV, o álbum teve boas vendagens. Os destaques do CD, além da balada já citada, ficam por conta da festeira "The All New Generation", que tem um refrão muito grudento e uma levada muito divertida, com guitarra e bateria bem presentes. "Ruck-A-Pit Bridge" também é muito festeira e tem um ótimo trabalho de backing vocals. "Lonely Lucy" que é uma mistura de Van Halen, Poison e Warrant e por último mas não menos importante "Good Guys Wear Black" que mostra toda a rebeldia do Hard. Mas tipo, bem no mês do lançamento desse álbum, um grupinho de Seattle lançou Smells Like Teen Spirit, e o resto da história você conhecem...

Leia a história dessa última banda. Sério, mesmo sendo um post mais longo, vale a pena :X

Rock City Angels - Young Man's Blues (1988)

Rock City Angels é uma banda com umas das histórias mais bizarras que eu já vi. Bom, o grupo começou no inicio dos anos 80 quando o vocalista Bobby Bondage e o baixista Andy Panik's assistiram o documentário sobre Heavy Metal, "The Decline Of Western Civilization" e decidiram criar uma banda. Sim, eles criaram uma banda, de punk rock (nada a ver com o documentário, mas beleza), e a batizaram de The Abusers. Com o tempo, a banda começou a se utilizar de um visual mais glam, e compondo coisas que cada vez mais se pareciam com Hard Rock, mas ainda com toques de Punk. Com a mudança no estilo também veio a mudança de nome, e agora o grupo se chamava Rock City Angels. A banda tocava em tudo quanto era buraco, e firmou uma certa reputação na Flórida, até atrair a atenção da New Renaissance Records. Depois de alguns meses, Bobby Bondage virou Bobby Durango, e nessa época, Johnny Depp (bem esse), sim, o nosso eterno Jack Sparrow, o neto do Keith Richards entrou na banda, claro, isso antes dele fazer o filme do tiozinho com mãos de tesouras e ficar famoso.

Foi mais ou menos nesse período que a banda gravou seu primeiro disco, e foi aí que a bizarrice começou. Um tempo antes do lançamento do disco, a diretora da New Renaissance Records começou a receber ameaças, dizem que as ameaçam partiram dos chefões da poderosa Geffen. No começo ela parecia não ligar, mas quando seu carro foi jogado para fora da estrada, a pobre moça pediu demissão e a banda assinou um contrato com a Geffen, que lhes cedeu mais de 6 milhões de dólares. Aí outra coisa estranha aconteceu, pois a gravadora, ao invez de lançar outro disco ou promover a banda, os isolou em Memphis no Tenesse. Antes disso acontecer, Jack Sparrow, err... Johnny Depp foi demitido.

A banda ficou mais de dois anos tocando nos buracos do Tenesse e tentando gravar o novo álbum, mas porque a pressa quando se tem 6 milhões de dólares para gastar? Só que esse isolamento gerou alguns boatos, e um deles foi que a Geffen tinha isolado a banda para evitar a concorrência com o Guns N' Roses, que naquele ano estava gravando o seu debut. Eu e um amigo, achamos isso estranho, pois a banda é muito boa, e a Geffen ficaria com dois mega sucessos na mão, mas eles preferiram apostar apenas no Guns N' Roses, e de certo modo se deram bem, mas poderiam se dar melhor. O negócio é que em 1988 o Rock City Angels Lançou seu "segundo primeiro disco", o “Young Man's Blues”. “Young Man's Blues” apresenta um belissímo Rock N' Roll, embebido em Blues e ainda com os toques do Punk do inicio da carreira da banda. Isso praticamente apresenta o álbum interio, eu até me arrisco a dizer que a banda segue um estilo muito parecido com o dos também desconhecido Wild Boyz. Refrões grudentos e em coro, vocais rasgados, proporcionados pelo excelente Bobby Durango, cozinha coesa e falta de peso nas guitarras são os pontos a se ressaltar do disco.

A banda realmente tinha tudo para decolar,mas o disco peca por não ter uma música pra estourar nas paradas. "Deep Inside My Heart" até tocava com frequência nas rádios e na MTV, mas seu som era um pouco antigo para a época, então a música não implacou. Outro fato que piorava a situação da banda era que seus fãs da Flórida já não eram mais tão fieis assim (também, depois de dois anos no ostracismo, o que eles queriam?) e os abandonam. Rock City Angels até abriu shows para artistas conceituados, mas isso não os ajudou, e quando a banda mostrou as músicas do novo álbum para os chefões da Geffen, eles foram chutados de lá.

O grupo está na ativa até hoje, mas tentou retornar as suas raízes Punk, até lançou o "Use Once & Destroy" em 2004, mas não obteve nenhum reconhecimento. Uma pena, pois a banda é realmente muito boa e esse disco que eu posto hoje é uma jóia perdida do Hard Rock oitentista.

2 comentários:

May disse...

eu preciso criar vergonha na cara e escutar todas as bandas de Hard que vocês indicam aqui. escutei Gotthard por indicação do Renato, e viciei completamente na banda.

andre camaro disse...

ola , sou de uma banda de hard rock nacional se vc puder escutar e dar sua opinião ficaria muito agradecido
www.palcomp3.com.br/camaro68
att
andre
e-mail :andrecamaro@hotmail.com

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