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@ocaralhoa4

terça-feira, 7 de junho de 2011

From Chaos To Eternity - Rhapsody Of Fire [2011]


País: Itália
Gênero: Symphonic Power Metal
Nota: 9

E a maior, mais épica e poderosa saga do Metal chega a seu fim. Desde 1997 o mundo é testemunha de toda a criatividade doentia do guitarrista Luca Turilli, o gênio que revolucionou o Heavy Metal, incorporando sinfonias magistrais ao som que sempre foi conhecido por seu peso. Claro, eles não foram os primeiros a fazer isso, mas convenhamos, nenhuma outra banda no mundo fez ou fará algo tão grandioso quanto esses italianos. Só que agora, em junho de 2011, o Rhapsody Of Fire lança, pela Nuclear Blast, o incrível "From Chaos To Eternity", a última página da incrível "Emerald Sword Saga".

A história, que vem desde 1997, é cheia de reviravoltas e tem um roteiro digno de filmes, mas irei me resumir apenas a música, visto que será broxante saber o final da saga por um terceiro...

Musicalmente falando, o Rhapsody Of Fire tem um som característico, que nunca sofreu muitas mudanças em sua estrutura e, por isso, rendeu críticas pesadas ao grupo. Outro fator que sempre gerou discussão é que inúmeras bandas com performances genéricas exploraram essa formula até o gênero ficar totalmente saturado. Mas Rhapsody é Rhapsody e, como citado acima, nenhuma outra banda sabe explorar tão bem as sinfonias quantos esses caras. Tudo é grandioso, pomposo, épico e casa perfeitamente com a proposta do grupo, com as letras, com o timbre da guitarra e tudo que vocês possam imaginar dentro de sua música. Logo, mesmo o Metal Sinfônico sendo um estilo já saturado, quando a música é bem feita, cativa até mesmo o maior crítico.

E música bem feita é o que temos aqui. O som da banda não sofreu mudanças drásticas. Ainda é grandioso, como era desde o começo, mas está mais moderno. Isso se deve, principalmente, a algumas linhas e solos de teclados de Alex Staropoli, que utilizou alguns timbres mais eletrônicos. Mas ainda temos algumas surpresas reservadas, como passagens envoltas em um Black Metal (isso mesmo!) sombrio, com orquestrações mais carregadas, vocais em drive e até blast beats. Fabio Lione ainda chuta bundas, mostrando novamente porque é considerado um dos maiores interpretes do Metal mundial. Se ele dá umas escorregadas, é na pronuncia, visto que às vezes algumas palavras saem em um inglês meio "italianado", mas isso é o de menos, pois em termos de técnica vocal e alcance, Lione saiu-se impecável.

Já o instrumental é de outro planeta, digno de uma banda como o Rhapsody. Guitarras limpas e velozes, com riffs e solos muito bem executados e que são acompanhadas por uma cozinha igualmente veloz e pesada, como o gênero pede. Às orquestrações, comandadas por Alex Staropoli, são a marca registrada da banda, e se fazem presentes aqui de forma tão esplêndida como em qualquer outro lançamento do grupo. Essas orquestrações, aliadas a corais líricos formam passagens totalmente atmosféricas e épicas, que ganham muita ênfase nos refrões -juntamente com Lione- e completam os solos, de forma a ressaltar ainda mais o trabalho das guitarras.

Um dos grandes álbuns do ano, com duas das melhores músicas que eu já ouvi na minha vida -"Tornado" e "Heroes of the Waterfalls' Kingdom", respectivamente-, com banda e produção realizando um trabalho praticamente impecável, sintetizando elementos modernos, clássicos e barrocos, dando assim, vida a um disco que nos promove uma audição transcendental, empolgante e grandiosa.

E apenas mais uma coisa: que capa foda do caralho D:

1. Ad Infinitum 01:30
2. From Chaos to Eternity 05:45
3. Tempesta Di Fuoco 04:48
4. Ghosts of Forgotten Worlds 05:35
5. Anima Perduta 04:46
6. Aeons of Raging Darkness 05:46
7. I Belong to the Stars 04:55
8. Tornado 04:57
9. Heroes of the Waterfalls' Kingdom 19:32

Fabio Lione Vocals
Luca Turilli Guitars
Alex Staropoli Keyboards
Alex Holzwarth Drums
Patrice Guers Bass
Tom Hess Guitars (rhythm)

2 comentários:

Isma disse...

Cara, percebi logo a mudança nesse novo álbum. Não sei se os fãs mais conservadores da banda dirão o mesmo, mas eu gostei muito deste trabalho. Ficou muito bom!

Rubens disse...

ótima resenha de um ótimo disco

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