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@ocaralhoa4

segunda-feira, 28 de fevereiro de 2011

3 bandas que você deve conhecer #8

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Illnath

País: Dinamarca
Estilo: Symphonic/Melodic Black Metal
Álbum recomendado: Cast Into Fields Of Evil Pleasure (2003)

Conheci essa banda a pouco tempo, mas PUTA QUE O PARIU, vai ser foda assim lá no inferno. Illnath foi formado em 2000 e já lançou uma demo, um EP e dois Full-lenght, todos apresentando uma fantástica mistura de Black e Death Metal Melódico e ainda com algumas pitadas de sinfônico. O instrumental é invejável e os vocais chutam cus, variando de limpos e soturnos a guturais e drives muito agressivos. Caras, sem dúvida nenhuma, Illnath é uma das bandas de Metal Negro mais devastadoras que eu já conheci, e olha que não são poucas rs.

Cold Cold Ground

País: Finlândia
Estilo: Industrial Metal
Álbum recomendado: This Side of Depravity (2010)

Conheci o som desses caras a algum tempo, mas ontem falei deles pro Spacek e cá estou eu postando. No começo, eu só prestei atenção na banda por causa dessa foto de divulgação. Na boa, ri muito com aquele coelho ali. Mas tá, como vocês já devem ter percebido, o bom humor faz parte das letras do grupo. O instrumental deles é diferente do de qualquer outra banda de Industrial, visto que é mais animado, mas sem perder o peso. No mais, temos tudo que o gênero pede, mas tocado de um jeito "novo", o que faz do Cold Cold Ground, a melhor banda do estilo que eu conheço. Mais um produto de qualidade vindo da Terra Mágica.

Skámöld

País: Islândia
Estilo: Viking/Folk Metal
Álbum recomendado: Baldur (2010)

Quer banda mais Viking do que uma vinda da Islândia? Sem mais, o som dos caras é primoroso e envolvente, épico e poderoso, atmosférico e FODA -risos. Skámöld foi formado em 2009 e lançou apenas um álbum. Composta inicialmente por seis integrantes, sua sonoridade mistura passagens folk metal com sua temática e espírito viking, que os islandeses sabem muito bem como é. Aliás, suas letras são todas na língua islandesa, o que torna a banda mais exótica ainda. Pessoas, só não digo que eles são a melhor banda de Viking Metal porque lançaram apenas um álbum e ainda precisam evoluir um pouco. Mas esperam 3 anos pra verem esses caras chegarem ao nível de nomes como Týr, Moonsorrow e afins.

Theatre Des Vampires - Moonlight Waltz [2011]

País: Itália
Estilo: Gothic Metal
Nota: 9

No post Hell In The Club eu disse que seria difícil eu dar uma nota 9,5 de novo, mas o Theatre Des Vampires mereceu, pois Moonlight Waltz foi um grande lançamento.

Definitivamente a Itália é um dos meus países preferidos em relação à música, e isso deve-se também ao fato do país ser extremamente eclético em relação ao Metal, pois lá encontramos desde bandas de Power Metal, passand pelo Folk Metal e até ao Gothic Metal, como é o caso do Theatre Des Vampires, que na minha opinião é a melhor banda do estilo - pau a pau com After Forever.

O grupo novamente se negou ser monótono, pois diferentemente de outros discos da banda, Moonlight Waltz é mais melancólico, melódico e menos pesado e agressivo como era antigamente, quando a banda era mais Black Metal, porém um Black Metal melódico, e sempre tratando o tema vampirismo, e não o satanismo, tema casual em bandas do gênero.

Os belíssimos vocais melancólicos de Sonya Scarlet somados à backing vocals masculinos e alguns corais, acompanhados de um instrumental com uma atmosfera sombria resultam em um Gothic Metal de melhor qualidade. Aqui a banda se mostra mais madura, deixando de lado o peso como dito anteriormente. Cadaveria - uma das maiores vocalistas no ramo do Gothic Metal - faz participações especiais em Moonlight Waltz, assim como Snowy Shaw, baterista que cantou na faixa "Medousa", e vários outros músicos.

Algumas bandas disfarçam sua incapacidade de fazer música boa no peso excessivo, mas esse não é o caso do Theatre Des Vampires, sem dúvida alguma, pois mesmo sem guturais, agressividade e peso o grupo se mostra excelente, criativo e maravilhoso. Desde 1996 - ano do lançamento de seu debut - pra 2011 o Theatre Des Vampires mudou de uma forma radical, em outras palavras, a banda está em constante ascensão.

1. Keeper of Secrets - 05:25
2. Carmilla - 04:59
3. Moonlight Waltz - 04:27
4. Fly Away - 04:59
5. Sangue - 03:59
6. Figlio Della Luna (Mecano cover) - 04:22
7. An Illusion - 04:59
8. Black Madonna - 05:01
9. Le Grand Guignol - 03:57
10. Obsession - 04:25
11. The Secret Gates of Hades - 03:32
12. Medousa - 04:36

Sonya Scarlet - Vocals
Stephan Benfante - Guitars, Backing Vocals
Fabian Varesi - Keyboards, Backing Vocals
Zimon Lijoi - Bass, Backing Vocals
Gabriel Valerio - Drums


Foto apenas para mostrar guitarra de Stephan Benfante.

Die Apokalyptischen Reiter - Moral & Wahnsinn [2011]

País: Alemanha
Estilo: Death/Folk Metal
Nota: 7,5

O gênero do Die Apokalyptischen Reiter é algo complicado de se dizer, chegando certas horas a ser um Avant Garde. A banda não engloba totalmente temáticas Folk pela falta de instrumentos típicos e a falta de letras sobre o tema. E também não é exatamente Death Metal pois suas letras não tem nada a ver com as letras de Death, guturais não são utilizados, mas palhetadas alternadas graves e peso são duas coisas indispensáveis na música deles, portanto podemos os rotular como Death/Folk Metal enquanto não inventam o Apokalyptischen Metal, risos.

A banda não mudou muito desde seu último disco, Adrenalin, de 2009. O grupo mantém sua identidade intacta, sem mudanças sonoras abruptas e afins, fazendo aquele som sujo e agressivo de sempre. Aqui, o Die não esbanja criatividade, mas também não peca nesse quesito, assim como em vários outros. Moral & Wahnsinn não é do tipo de álbum ruim, pelo contrário, mas também não é algo que te chame muita atenção a ponto de te cativar permanentemente, apesar de ser um bom disco.

Quem já conhece o grupo não tem muito o que esperar, pois a banda continua exatamente a mesma, e quem nunca escutou, espere um som totalmente singular, pois não existe banda que se assemelhe ao Die Apokalyptischen Reiter.

1. Die Boten - 03:28
2. Gib dich hin - 03:51
3. Hammer oder Amboß - 03:34
4. Dir gehört nichts - 03:03
5. Dr. Pest - 03:54
6. Moral & Wahnsinn - 03:12
7. Erwache - 03:33
8. Heimkehr - 01:45
9. Wir reiten - 03:57
10. Hört auf - 03:30
11. Ein liebes Lied - 3:14

Fuchs - Vocals
Ady - Guitars
Volk-Man - Bass, Vocals
Dr. Pest - Keyboards, Synths
Sir G. - Drums

Recomendações brasileiras (Holy Sagga)

Banda: Holy Sagga
Origem: São Paulo, São Paulo
Estilo: Power Metal
Ano da formação: 1994
Idioma das letras: Inglês

O cenário da música brasileira é saturado de bandas de Power Metal, e várias delas são bandas com a produção ruim, sem criatividade e chatas, que não merecem serem lembradas como uma das bandas de Power Metal do país, tendo em vista que também existem excelentes grupos do estilo para serem recordados antes dessas bandas fracas, e o Holy Sagga é um exemplo de banda que teria tudo pra fazer mais sucesso do que faz.

O grupo, inicialmente chamado Sagga, já teve participações especiais de músicos como Andre Matos e Jose Cardillo. A banda faz um Power Metal de ótima qualidade, e isso pode ser claramente provado em seu único disco de estúdio, Planetude. Teclados e guitarras fazem duetos incríveis, isso sem contar as orquestras simuladas pelos teclados e solos de guitarra magníficos.

A cozinha da banda tem peso e levada para segurar a melodia feita pelos teclados e guitarras em solos, e dos vocais, que não pecam em hora alguma, seja no timbre, nas linhas ou na afinação. Ótimos instrumentistas, ótima banda, uma das melhores do cenário do Metal nacional, sem dúvidas.

Line Up:
Maurico Queiroz - Lead Vocals
Udo Stramm - Guitar
Adriano Diniz - Bass
Caio Siqueira - Drums

Membros passados:
Gabriel Lobitsky - Drums
Anderson Carlo - Guitar
Gustavo Duarte - Bass

Membros convidados:
Andre Matos - Vocals
Jose Cardillo - Keyboards

Discografia:
Sagga Promo Tape (1999) - Demo
Planetude (2002) - Full-length

O Hardalho a 4! #4

Depois de três posts do Renato na seção, acho que é a minha vez né?

Esses são alguns discos que eu gosto de Hard Rock (que engloba várias subdivisões como Sleaze, Glam etc), mas não necessariamente meus cinco preferidos.

Crashdïet - Rest In Sleaze (2005)
Se algum dia eu fosse indagado sobre os melhores discos de Hard Rock, Rest In Sleaze estaria entre os primeiros sem dúvida alguma. A banda, dita por muitos como superestimada, é uma das maiores do Sleaze Rock do mundo. O grupo se mostra extremamente esforçado e caprichado nesse disco, pois de cabo à rabo não se vê um defeito, deixando clara assim a qualidade dos membros, e também a incrível capacidade de retornar no tempo, pois convenhamos, são poucas as bandas da última década que nos passa um sentimento anos 80 assim como o Crashdïet, e essa animação, empolgação e euforia toda é simplesmente consequência desse disco, desse disco que, na minha opinião, é um dos cinco melhores discos de Hard Rock da história.
Firehouse - Prime Time (2003)
Praticamente todo o sentimento que eu tenho pelo disco do Crashdïet no qual eu escrevi sobre acima eu também pelo Prime Time, que até hoje é o último lançado pela banda. Eu nunca conheci alguém que o considerava o melhor disco deles, e isso só concretiza mais ainda minha teoria de que eu tenho opiniões que só eu tenho no mundo, pois eu não apenas acho o Prime Time o melhor disco do Firehouse, como eu o acho muito a frente do segundo colocado - palavras de Robert Plant ao questionado se achava o Led a melhor banda do mundo. Peso, animação, riffs e solos indescritíveis, tudo que um bom Hard Rock precisa e muito mais. Um ponto de destaque que eu acho nesse disco é a maior aparição do guitarrista Bill Leverty, que diferentemente de muitos guitarristas de bandas Hard, é um exímio e excelente guitarrista, gozando de técnica e velocidade - mas com moderação, afinal, isso é farofada e não Technical Death Metal. Prime Time e Rest In Sleaze deixam apenas três posições livres na minha lista dos cinco melhores discos de Hard Rock de todos os tempos.

Whitesnake - Whitesnake (1987)
Eu lembro que alguns anos atrás, ao ouvir falar da banda, fui procurar algo para escutar. Confesso que após escutar o disco Whitesnake, eu tinha certeza de que tinha acabado de escutar uma coletânea, pois quase todas as músicas eram excelentes. Apesar da falta de "love" nos nomes das músicas, tendo em vista que apenas uma conta com a palavra em seu título, risos, o disco em hora alguma deixa a originalidade e essência do Whitesnake de lado, fazendo perfeitamente aquele Hard Rock clássico como a cobra branca sempre fez. Alguns dos maiores sucessos da banda como Is This Love e Here I Go Again são desse disco. Na minha opinião, o melhor álbum do Whitesnake.

Richie Kotzen - Mother Head's Family Reunion (1994)
Richie Kotzen sempre foi um dos meus guitarristas preferidos. Eu achava sua época no Poison excelente, já no Mr. Big nunca dei muita atenção. Mas eu comecei a gostar mais ainda do guitarrrista quando escutei sua carreira solo, principalmente quando escutei esse disco, Mother Head's Family Reunion, seu quarto disco de estúdio. O álbum mistura vários estilos musicais, tais como o Blues e Funk, mas pode-se rotulá-lo principalmente como Hard Rock, um Hard Rock funkeado excelente por sinal. Além de mostrar como o Kotzen toca pra caralho, o disco deixa claro também a versatilidade do músico, seja como guitarrista ou como vocalista, pois além de arrebentar com as seis cordas, Kotzen também dá um show nas cordas vocais.

KISS - Psycho Circus (1998)
Até hoje eu sou a primeira pessoa que eu já vi dizendo que tem como disco preferido do KISS o Psycho Circus. Só não digo que é o mais polêmico da banda pois o Unmasked está aí, mas o Psycho Circus sempre foi ponto de discussão e crítica entre fãs da banda, mas pra mim, é o melhor CD da banda. Majoritariamente pelo fato de que esse disco me marcou por ter sido o primeiro álbum de Rock que eu escutei, e até hoje eu o ouço de uma maneira diferente, o vejo com bons olhos - ou boas orelhas, pra ser mais literal. Desde a primeira audição o KISS me cativou de uma maneira inexplicável, Psycho Circus reúne animação, entusiasmo, e o verdadeiro Hard Rock, tendo assim a combinação perfeita.

domingo, 27 de fevereiro de 2011

Jag Panzer - The Scourge Of The Light [2011]

País: Estados Unidos
Estilo: Power Metal
Nota: 8,5

Eu estava com dois pensamentos um tanto preconceituosos em mente, que ao ouvir The Scourge Of The Light foram embora no mesmo momento. O primeiro era o medo da qualidade da banda cair sem o Chris Broderick, pois esse disco é o primeiro da banda desde sua saída, e segundo que a banda estava sem discos desde 2004, então havia uma impressão de banda morta, algo que estava na ativa por estar, sem compor material e afins, mas como eu disse no começo do parágrafo, eu estava errado, e muito errado.

Sobre a saída do Broderick, como todos sabem o guitarrista deixou o Jag Panzer em 2008 para entrar no Megadeth, e sua vaga foi ocupada por Christian Lasegue, um guitarrista um tanto underground. Na opinião de vários - inclusive na minha opinião -, seria uma perda praticamente irreparável a saída do Chris, tendo em vista que o mesmo é um excelente guitarrista, mas digo que me surpreendi com a capacidade do Lasegue. Apenas com a introdução da primeira música podemos ter ideia de como ele é um bom músico.

E os sete anos sem álbum valeram a pena, pois The Scourge Of The Light não soou nem um pouco decadente, é do tipo de disco que vale a pena esperar muitos anos para sair. Power Metal clássico, direto, pesado, e acima de tudo, ótimo. Um dos discos mais esperados do ano está aí, para chutar bundas.

1. Condemned to Fight - 04:23
2. The Setting of the Sun - 03:26
3. Bringing on the End - 05:03
4. Call to Arms - 03:26
5. Cycles - 04:08
6. Overlord - 05:27
7. Let It Out - 03:34
8. Union - 05:15
9. Burn - 06:04
10. The Book of Kells - 08:01

Harry "The Tyrant " Conklin - Vocals
Christian Lasegue - Guitar
Mark Briody - Guitar, Keyboards
John Tetley - Bass
Rikard Stjernquist - Drums

O Hardalho a 4! #3

Como a maioria deve saber, no final da década de 80 e inicio da década de 90, houve uma explosão Hard, onde surgiram milhares (isso não é exagero) de bandas. Algumas sem qualidade alguma, outras com técnica e feeling de sobra, que teriam tudo para estourar. Pois bem, graças a essa explosão, o mercado ficou saturado e alguns anos mais tarde o Nirvana lançou o disco Nevermind, que mudou a história da música.

Então, hoje "O Hardalho a 4" vem com um especial de bandas que ninguém mais lembra.

Blackthorne - Afterlife (1993)
Blackthorne surgiu como um mega projeto, que envolvia algumas estrelas do segundo escalão (brimks) da cena Hard da época. O mentor do projeto é nada mais nada menos que Bob Kulick, o guitarrista quebra galho mais famoso do rock, que chamou músicos do porte de Graham Bonnet (Alcatrazz, Rainbow, MSG, Impelliteri, etc), o tecladista Jimmy Waldo (Alcatrazz), o baixista Chuck Wright (Quiet Riot, Giuffria, House Of Lords) e, por fim, o baterista Frankie Banalli (Quiet Riot, W.A.S.P.), que acabou substituindo o baterista original, Grag D´Ângelo (Antrax, White Lion). Além de participações muito especiais, como Bruce Kulick (Kiss), Steve Plunket (Autograph) e Astrid Yung (Sacred Child). Em 1993 o grupo liberou seu único registro: "Afterlife". Com um time de feras feito esse, o resultado não poderia ser outro. O disco trás um Hard Rock enlouquecedor e festeiro, que como de praxe, tem refrões melódicos e em coro, mas que ao mesmo tempo é vigoroso e pesado, chegando a beirar o Heavy Metal. Se já ouviu alguma coisa e Bob Kulick, sabe que o cara não é fraco, e aqui realiza mais um trabalho maravilhoso. Sua guitarra soa suja e pesada, mas com levadas rítmicas deliciosas. Na minha modesta opinião, esse é o melhor trabalho de Graham Bonnet. Sua voz crua e distinta, ganha muito destaque nas canções, que são de um Hard bem sujo e combinam perfeitamente com a voz do cara

The Cherry Bombz - House Of Ecstasy (1987)
No final do ano de 1983, Vince Neil, o vocalista do Mötley Crüe sofreu um grave acidente de carro porque estava completamente mamado. Bom, além de Vince passar algum tempo na cadeia, nada de mais grave aconteceu com ele, mas no seu carro estava o jovem e talentoso Nicholas "Razzle" Dingley, baterista do Hanoi Rocks, que infelizmente morreu. Depois de algum tempo o Mötley já estava no topo das paradas de novo, mas o Hanoi Rocks se fodeu e acabou caindo no esquecimento, então os guitarristas da banda, Nasty Suicide e Andy McCoy, começaram um novo projeto, o The Cherry Bombz. Chamaram o baixista Dave Tregunna (Sham 69, Lords Of The New Church), o baterista Terry Chimes (que havia passado pelo The Clash e Generation X) e a gostosa Anita Chellemah, que cantava no Toto Coelo, que era composto apenas por gostosas mas que não tinham nenhum talento. Graças a morte e Nicholas e a história do Hanoi Rocks, o projeto causou estardalhaço por onde passou, mas curiosamente seus membros (lê-se Anita) tinham certa insegurança de se apresentar para grandes plateias, então o projeto sobrevivia tocando sempre, sempre e sempre em todos os buraquinhos que encontrassem. Nos EUA, eles tiveram grande exposição na imprensa e tiveram inúmeros pedidos de diversas gravadoras, mas talvez por querer evitar a pressão, recusaram todos. Com o tempo toda essa agitação foi passando e a banda foi caindo no esquecimento, até que acabou, sem gravar nenhum álbum de estúdio. O único registro que eles deixaram foi um live gravado em 1986 e liberado em 1987, onde a banda mostra um Hard Rock bem festeiro e com pitadas de Blues.

Diamond Rexx - Land of the Damned (1986)
Diamond Rexx é uma banda originária de Chicago, nos EUA. O grupo nasceu em 1985, quando o vocalista Nasti Habits chamou o guitarrista S. St. Lust, o baixista Chrissy Salem e o baterista Johnny Cottone para montar uma banda. O grupo tocava em qualquer buraco, e ficou conhecido por suas apresentações enlouquecedoras. A banda conseguiu uma base fiel de fãs mas também ja tinham uma nova formação (acho que a troca de formação é a marca registrada do grupo), pois o baixista agora era Andre. Em 4 meses o grupo assina com a Island e lança seu debut. O ótimo "Land Of The Damned". Diamond Rexx tinha um visual glam carregadissímo. Seu som era fortemente influenciado por Mötley Crüe e Alice Cooper mas era mais sujo, rápido e pesado, e isso diferenciava a banda da maior parte dos grupos que nasceram naquela época. Mas com o tempo graças ao Grunge, o grupo caiu no esquecimento e depois tentaram fazer um som novo, que foi a sepultura da banda. Seu último lançamento, em 2002, foi um total fiasco e depois disso a banda sumiu. O som que a banda apresentou nos seus três primeiros discos é de uma qualidade excepcional, principalmente o seu debut, onde os membros ainda estavam animados, sem brigas com gravadoras e nem nada que os afetasse musicalmente. "Land Of The Damned" trás aquele tipo de som que eu disse ali em cima. Hard Rock sujo, fortemente calcado no Heavy Metal. Um som ácido e diferente do que a maioria bandas faziam até então.

Kingdom Come - Kingdom Come (1988)
Kingdom Come foi formado na Alemanha por Lenny Wolf nas vozes, Danny Stag e Rick Steier nas guitarras, Johnny B. Frank no baixo e James Kottak na bateria, e tinha tudo pra ser uma das bandas tops do final dos anos 80, mas um fato atrapalhou isso: A voz do vocalista Lenny Wolf é muito parecida com a voz de Robert Plant. Por um lado isso fez as vendas do primeiro disco serem relativamente altas, mas também desgraçou a carreira da banda, com comparações e deboches. De fato, a voz de Lenny lembra muito a voz de Plant, mas o som do grupo é mais moderno, mais pesado e menos psicodélico que o do Led Zeppelin. Pois bem, quando o Kingdom Come estava trabalhando nas músicas do seu primeiro álbum, o famoso produtor Rob Rock se interessou pelo som dos caras e os lançou no mercado. Mesmo com as comparações o debut auto intitulado do grupo vendeu 500 mil cópias rapidamente, e alcançou disco de ouro. A música "Get It On" tocava constantemente nas rádios, e algumas pessoas até acharam que o Led Zeppelin tinha voltado '-'. Mesmo alguns ridicularizando a banda, eles tocaram em grandes festivais ao lados de grande bandas, e fizeram relativo sucesso na época. O álbum apresenta um Hard Rock/AOR de muita qualidade que é gostoso de se ouvir. A banda mostra que é bem versátil, fazendo faixas mais pesadas e agitadas como "Shout It Out", músicas com levadas mais "viajantes" como "Get It On" e lindas baladas como "Loving You" (que realmente, é uma obra de arte. Linda demais). Com o passar do tempo o Kingdom Come caiu no esquecimento, mas até hoje lança álbum cada vez mais pesados, mas sem perder a qualidade dos anos 90.

Princess Pang - Princess Pang (1989)
Uma banda de Hard Rock forofa composta por americanos e suecos, e com uma mulher nos vocais. Só pode vir coisa estranha e ruim por aí, certo? Errado! Princess Pang foi uma das minhas surpresas mais agradáveis dentro do mundo Hard Rock. A banda foi formada em 1985 quando a vocalista Jeni Foster conheceu o baixista sueco Ronnie Roze. A química rolou logo e os dois decidiram montar uma banda, mas para isso tiveram que ir pra Suécia, para que Ronnie resolvesse alguns problemas legais. Lá, encontraram o guitarrista Andy Tjernon e o Princess Pang já estava oficialmente batizado. Depois de algumas demos e testes para as baquetas, resolveram mandar algumas fitas para um amigo de Ronnie, nos EUA. Brian Keats (Angels In Vain) ouviu as demos e se juntou ao grupo, que veio para a América em busca de mercado e de outro guitarrista, que viria a ser Jay Lewis. Agora, como uma banda completa, as demos da banda iam de gravadora em gravadora e revista em revistas, até que a Metal Blade se interessou pelo promissor grupo e assinou contrato com eles. Esse contrato rendeu, em 1989, o primeiro e único álbum da banda, o auto-intitulado "Princess Pang", que trazia o que de melhor existe no Hard Rock/Aor. Músicas festeiras, refrões em coro e grudentos, guitarras bem distorcidas, com riffs e solos empolgantes, e uma cozinha bem coesa e pesada. A banda saiu em turnê e tocou ao lado de grandes como Mr. Big e Ace Frehley, onde o grupo arrebatou fãs, principalmente graças as músicas “Trouble In Paradise”, "South St. Kids", "Any Way You Want It" e a vocalista Jani Foster, pois em uma cena onde 98% das bandas tinham vocais masculinos, a mocinha botava pra foder, cantando com atitude e muita técnica.

Recomendações brasileiras (Dreamstate)

Hoje estou estreando um novo quadro aqui no blog: recomendações brasileiras. Seria algo como o 3 bandas que você deve conhecer, mas como o próprio nome diz, apenas de bandas nacionais, e um pouco mais detalhado.

O Brasil tem várias excelentes bandas que não passam do underground, e também tem bandas que lá fora são idolatradas e aqui dentro ninguém conhece. Então aqui nessa seção nós postaremos uma banda por post, e essa banda pode ser desde uma banda pequena de agragem, até uma banda um pouco maior, mas que mesmo assim não tem tanto reconhecimento como nomes como Sepultura e Angra. Hoje falarei sobre o Dreamstate.

Banda: Dreamstate
Origem: Limeira, São Paulo
Estilo: Power/Heavy Metal
Ano da formação: 2000
Idioma das letras: Inglês

O Dreamstate é uma banda paulista de Power/Heavy Metal. Lançaram seu debut, When Shadows Fall, exatamente dez anos depois de sua formação, mas antes disso, no ano de 2006, lançaram uma demo com o mesmo nome e com as mesmas músicas, mas com gravações e composições mais primitivas, algo que lapidaram e quatro anos depois lançaram como álbum. O grupo não tem baixista fixo, o guitarrista Murilo Mazza grava o baixo no estúdio, mas não é considerado baixista, apenas guitarrista.

A banda faz um Power Metal mais obscuro que o normal, em algumas horas sendo puxado muito para o Heavy tradicional. O vocalista Max Veloso não deixa a desejar, pois além de ter um timbre invejável, sabe utilizá-lo de uma maneira incrível. Alcance vocal grande e gritos que se encaixam perfeitamente nos riffs veloses e pesados dos guitarristas Murilo e Paolo.

Line Up:
Max Veloso - Vocals
Murilo Mazza - Guitar
Paolo Bruno - Guitar
Thales de Rossi - Drums

Membros passados
Roger - Vocals
Pablo Fais - Guitar
Murilo Mancuso - Bass
Rafael Oreia - Guitar
Marcelo Master - Bass

Discografia:
When Shadows Fall (2006) - Demo
When Shadows Fall (2010) - Full-Lenght

Cachorro?


Eu não gosto de postar vídeos que não sejam relacionados à música aqui, mas esse é bem curtinho e é engraçado...

Turisas - Stand Up And Fight [2011]

País: Finlândia
Estilo: Folk/Viking Metal
Nota: 9,5

Logo quando vi a capa, achei a mesma horrível e mal feita, mas depois de escutar o disco, acabei mudando minha opinião, devido à tamanha qualidade. O Turisas me surpreendeu totalmente com seu novo álbum. De acordo com minhas especulações, Stand Up And Fight seria um ótimo disco, mas foi muito mais que isso. Em seu terceiro álbum, o Turisas definitivamente se mostrou ser uma das maiores bandas de Folk Metal do mundo.

Apesar de sua pequena discografia - apenas três discos -, o Turisas conseguiu manter o alto nível em todos eles. Não teria música melhor para abrir o disco com The March Of Varangian Way. A música já introduz o álbum com temas épicos, teclados magníficos, peso e uma verdadeira aula de como fazer música de extrema qualidade. Ao longo do Stand Up And Fight temos desde músicas épicas à canções menos pesadas, mais bem trabalhadas e orquestradas, verdadeiras passagens um tanto ecléticas dentro dos parâmetros do Folk Metal.

Destaques são impossíveis de serem feitos, pois a cada música que se escuta a euforia aumenta mais, a ponto de querermos destacar o disco inteiro, cada faixa isoladamente. Músicas como End Of An Empire refletem bem a competência e visão ampla musical da banda, pois a música contrasta bem o peso e a leveza, pois a mesma começa com uma certa agressividade, e depois se torna calma apenas com piano e vocais, porém pouco tempo depois volta a ser a trilha sonora de uma guerra, com corais, orquestras e o próprio piano, mas dessa vez rápido e nada leve, assim como o vocal.

Na minha opinião Stand Up And Fight superou Battle Metal e The Varangian Way, os dois outros discos do Turisas, que já eram muito mais do que excelentes. Apesar de nem sairmos do primeiro trimestre do ano ainda, tenho certeza que esse será um dos melhores discos do ano. Palavras enaltecedoras não seriam o suficiente para descrever esse disco, quem além de disco é uma obra de arte.

1. The March of the Varangian Guard - 03:51
2. Take the Day! - 05:26
3. Hunting Pirates - 03:43
4. Venetoi! - Prasinoi! - 03:49
5. Stand Up and Fight - 05:27
6. The Great Escape - 04:51
7. Fear the Fear - 06:14
8. End of an Empire - 07:16
9. The Bosphorus Freezes Over - 5:37

Bonus Tracks:
01. Broadsword [Jethro Tull cover]
02. Supernaut [Black Sabbath cover]
03. The March Of The Varangian Guard [Acoustic version]
04. Stand Up And Fight [Acoustic version]
05. To Holmgard And Beyond [Acoustic version]

Mathias D.G. "Warlord" Nygård - Vocals, Keyboards, Programming
Jussi Wickström - Guitar
Hannes "Hannu" Horma - Bass
Tuomas "Tude" Lehtonen - Drums, Percussion
Olli Vänskä - Violin
Netta Skog - Accordion

Power Quest - Blood Alliance [2011]

País: Inglaterra
Estilo: Power Metal
Nota: 8,5

O vocal nunca foi o ponto forte do Power Quest, principalmente em seus primórdios, quando Alessio Garavello ocupava o cargo. Com essa pequena turbulência entre 2009 e 2010, onde houve uma troca de vocalistas dupla, entra Pete Morten, mas o mesmo fica apenas dois anos sem gravar nada, e logo após Chitral Somapala ocupa a vaga, lançando seu primeiro disco com a banda esse ano.

Apesar do vocal do Chitral - vulgo Chity - não ser o melhor, tem uma performance mais bem sucedida do que o primeiro vocalista da banda na minha opinião. Timbre simples e voz um tanto limitada não alcançando notas muito agudas é o principal ponto negativo do disco, que é rapidamente compensado pelo instrumental, que se for descrito por "perfeito", ainda irá merecer mais elogios, tendo em vista que as guitarras e o teclado dão um show de virtuosismo e excelência, porém sem parecer chato ou muito fritador.

O excesso e até mesmo a falta de peso são dois problemas, e são problemas nos quais não temos aqui, pois o Power Quest sabe exatamente como equilibrar peso e velocidade, fazendo músicas mais velozes e agressivas, enquando outras são mais melódicas e com menos agressividade.

Em Blood Alliance temos uma amadurecimento da banda, algo mais bem feito, mais concreto e um pouco menos comum dentro da cena do Power, mas claro que não se destacando muito como uma banda excêntrica, pois não é, contudo isso não significa falta de qualidade, pois a banda é ótima. Uma terceira troca de vocalista seria bem vinda, pois eu achei que o instrumental foi desperdiçado ao ser junto com esse vocal, que não passa de bom e comum.

O Power Quest em seu último disco deixou claro que tem alguns dos melhores instrumentistas do Metal, e novamente repito, só faltaria adequar o vocal para que esse disco recebesse 9,5.

1. Battle Stations - 01:46
2. Rising Anew - 04:35
3. Glorious - 04:58
4. Sacrifice - 06:13
5. Survive - 06:02
6. Better Days - 05:24
7. Crunching the Numbers - 07:26
8. Only in my Dreams - 06:09
9. Blood Alliance - 09:04
10. City of Lies - 06:39

Chity Somapala - Vocals
Andy Midgley - Guitars
Gavin Owen - Guitars
Steve Williams - Keyboards
Paul Finnie - Bass
Rich Smith - Drums

sábado, 26 de fevereiro de 2011

Serenity - Death & Legacy [2011]

E a centésima postagem aqui do blog é minha! #ChupaSpacek rs


País: Áustria
Estilo: Progressive/Symphonic Power Metal
Nota: 10

Brincadeiras e zoações a parte, o post 100 daqui do blog se trata sobre o álbum, que pra mim, foi o melhor lançamento do ano até agora.

Serenity é uma banda Austríaca de Progressive Power Metal, formada em 2001 e que já tem 3 álbuns lançados, sendo que "Death & Legacy", o último lançamento, foi liberado oficialmente ontem, dia 25 de Fevereiro, pela Napalm Records. O álbum vinha sendo esperado por quase todos os fãs de Power Metal ao redor do mundo, visto a qualidade dos trabalhos anteriores do grupo. Felizmente, "Death & Legacy" não deve decepcionar ninguém, visto que logo na primeira audição, o álbum se mostrou muito superior a qualquer outro lançamento da banda.

O disco, apresenta a mescla do peso do Power Metal e da complexidade do Progressivo regadas a Metal Sinfônico de primeira qualidade. A palavra certa para descrever esse disco é "PODEROSO". Do começo ao fim, o disco te envolve em uma jornada épica, inundada por orquestrações maravilhosas, bem feitas e principalmente, bem encaixadas, sem o pecado dos excessos, coisa que a maioria das bandas com influências sinfônicas comete. Os vocais são fora de sério e o instrumental de tirar o fôlego. É tudo muito impressionante, pomposo e sinfônico, mas ao mesmo tempo pesado e épico, sendo que a banda soube criar uma atmosfera bem tocante e envolvente. Em geral, as canções são mais caldadas no peso do que na velocidade, mas isso não diminui em nada o prazer de ouvi-las, pois a banda moldou-as sobre melodias grandiosas, logo, o álbum desce direitinho.

A produção do disco ficou perfeita, visto que tudo está do jeito que tinha que estar, desde guitarras, vocais, corais até as partes orquestrais. Em algumas músicas, o grupo ainda ganha reforço das vozes de Amanda Somerville (Epica, Avantasia e Kiske), Charlotte Wessels (Delain) e Ailyn (Sirenia). As vozes femininas contrastam bem com os coros e deixam, principalmente os refrões, ainda mais épicos e bonitos, coisa que ressalta as letras do grupo, aquelas típicas de Power Metal, que falam sobre sonhos, histórias e fantasia.

E novamente eu poderia fazer mais uns 15 posts só falando bem desse disco, mas vou parar aqui pois já temos um alto nível de tietagem. Só digo uma coisa, ouçam e comprovem tudo que está escrito nessa resenha. Logo, afirmo sem medo nenhum: "Death & Legacy" foi o melhor lançamento do ano até agora e tem tudo pra continuar no topo dessa listinha até dia 31 de Dezembro.

Georg Neuhauser - Vocals
Thomas Buchberger - Guitar
Fabio D'Amore - Bass
Andreas Schipflinger - Drums, Vocals
Mario Hirzinger - Keyboards, Vocals

1. Set Sail To... (Intro) 00:29
2. New Horizons 06:49
3. The Chevalier 05:32
4. Far From Home 04:48
5. Heavenly Mission 05:24
6. Prayer (Interlude) 01:22
7. State Of Siege 06:48
8. Changing Fate 05:42
9. When Canvas Starts To Burn 04:48
10. Serenade Of Fiames 04:55
11. Youngest Of Widows 04:08
12. Below Eastern Skies (Interlude) 01:35
13. Beyond Desert Sands 04:54
14. To India's Shores 04:34
15. Lament (Interlude) 00:40
16. My Legacy 04:45

Opa! #FAIL

A banda alemã Helloween divulgou, por meio de seu site oficial, que tocará na capital paulista no dia 6 de maio no Credicard Hall.

A apresentação, que faz parte da turnê sul-americana do grupo na divulgação do mais recente álbum "7 Sinners", terá a abertura do Stratovarius.

O curioso é que a data em Barretos, anteriormente divulgada em primeira mão aqui no blog, não consta mais no site oficial.

sexta-feira, 25 de fevereiro de 2011

3 bandas que você deve conhecer #7

Hoje falarei sobre três bandas totalmente diferentes uma das outras. Na verdade, elas se assemelham em uma coisa: as três são excelentes. E o fato delas não serem bandas tão desconhecidas assim difere esse post de outros do quadro, mas de qualquer forma, vai lá.

Winter Rose

País: Canadá
Estilo: Glam Metal/Hard Rock
Álbum recomendado: Winter Rose (1989)

James LaBrie, um vocalista um tanto polêmico, e de fato não é por falta de versatilidade, visto que o vocalista já participou de discos de Glam Metal, Metal Progressivo e até de Death Metal Melódico. Apesar da qualidade musical do grupo, dizer que o Winter Rose foi muito mais do que apenas uma banda Hard perdida nos anos 80 seria deixar minha opinião afetar completamente nos fatos, pois a banda, infelizmente, foi sim apenas mais uma no mundo do laquê e calças de couro. LaBrie - atual vocalista do Dream Theater - cantava no Winter Rose e chegou a lançar um disco, o auto intitulado de 1989. Uma excelente banda, que na minha opinião teria capacidade de lançar mais vários excelentes trabalhos como o seu primeiro, mas por outro lado foi melhor o LaBrie ir pro Dream Theater mesmo, risos.

LaZarus A.D.

País: Estados Unidos
Estilo: Groove/Trash Metal
Álbum recomendado: Black Rivers Flow (2011)

Para não repetir muito, eu não queria falar sobre nenhuma banda que eu já falei aqui antes, mas o LaZarus A.D. foi excessão, pelo simples fato da banda ser uma das melhores do mundo ao meu ver. Depois de enaltecer o grupo na resenha de seu segundo disco - merecidamente, diga-se de passagem - é a vez de eu falar bem deles aqui. Na minha opinião, dentro do mundo Groove/Thrash, o LaZarus só não é melhor do que o Pantera, pois a banda esbanja técnica, qualidade, capricho, peso, agressividade e tudo de bom que podemos reunir numa banda. Sem dúvidas uma das melhores bandas dos últimos dez anos.
Vesania

País: Polônia
Estilo: Symphonic Black Metal
Álbum recomendado: God The Lux (2005)

A banda de um dos melhores bateristas do mundo na minha opinião, Daray, que atualmente toca no Dimmu Borgir. O Vesania, apesar de muitas semelhanças, se difere do Dimmu Borgir em uma coisa: som mais direto e menos enfeitado, mas obviamente ainda com a presença de orquestras. A falta de intensidade desses elementos sinfônicos dão espaço para o peso do Black Metal, menos seco, porém ainda agressivo. Então resumindo, consegue ser uma banda sinfônica sem perder o peso e essência do Black Metal, coisa que poucas bandas conseguem fazer pois acabam abusando das orquestras e "acessórios musicais".

quinta-feira, 24 de fevereiro de 2011

Dolmen - Anhelos Ancestrales [2011]


País: Argentina
Estilo: Folk Metal
Nota: 7

E cá venho eu, novamente, pra falar de uma banda de Folk Metal. Dolmen é uma banda argentina que faz um Folk Metal com algumas mínimas influências de Power Metal, principalmente nos vocais masculinos. Bom, imaginem Elvenking + Simone Simmons - Peso e terão uma ideia de como é o som que o grupo faz.

"Anhelos Ancestrales" é o debut da banda e será lançado dia primeiro de Março. Aqui, a banda nos mostra um som bem pomposo, com toda a sonoridade europeia, mas com referências Latinas, regado a violinos, teclados e acreditem, até harpas. Isso cria uma atmosfera meio clássica/barroca que acentua ainda mais as variações vocais, visto que a banda possui três vocalistas. As letras cantadas em espanhol combinam bem com a proposta e a sonoridade do grupo, além de dar um charme a mais para as canções.

O instrumental é bem dividido. Digo isso pois a parte mais Folk é muito bem composta e encaixada nas canções, além do mais, formam passagens lindas, extremamente atmosféricas e envolventes. Por outro lado, falta peso nos instrumentos elétricos e na bateria. As linhas de guitarra são bem simplóreas, sem peso e até sem técnica. A cozinha idem, sendo que a bateria parece mais um tambor tribal do que de fato uma bateria. Ao meu ver, essa falta de peso peca e afeta, e muito, o resultado final.

Mas sem esquecer de que esse é apenas o primeiro álbum do Dolmen, que tem muito a evoluir e que com toda a certeza, irá. De qualquer modo, esse é um debut que impõe respeito, levando em conta que a linha musical que a banda optou seguir não é nada simples, mas é linda e tem tudo pra dar certo.

Julián Bonino – Guitar
Fernando Bonino – Drums
Luz Yacianci – Vocals
Leo Gamallo – Vocals
Ezequiel Adrogue Benas – Bass

Guest Musicians:
Alejandro Sganga – Violín
Victor Naranjo – Low Whistle & Uilleann Pipe
Leandro Gerbino – Chorus


1. Kaliyana Mitra 04:49
2. Anhelos 05:09
3. La Plegaria de un Niño 03:28
4. El Acorde Perfecto 06:27
5. Taliesin, El Bardo 06:18
6. Anam Cara 05:08
7. Jaulas de Identidad 06:04
8. Dolmen 04:52

segunda-feira, 21 de fevereiro de 2011

Arafel - For Battles Once Fought [2011]


País: Israel
Estilo: Blackned Folk Metal
Nota: 7,5

Arafel despertou-me curiosidade quando vi seu país de origem. "Porra, uma banda de Black Metal de Israel merece minha atenção". Pesquisando sobre o grupo, descobri que seu vocalista era nada mais nada menos que Helge Stang, do Equilibrium. E as surpresas não acabam por aí, pois ao ouvir "For Battles Once Fought", o último lançamento da banda, me deparei com algo muito maior do que simplesmente Black Metal...

Lançado em Janeiro deste ano, "For Battles Once Fought" trás uma mescla da escuridão do Black Metal com a luz do Folk, e poderia ser classificado facilmente como Viking Metal, se a banda abordasse essa temática em suas letras, que, de qualquer forma, são épicas. Durante a audição, notamos uma banda muito técnica, mas que faz um som totalmente destruidor. Helge arregaça tudo com seus vocais devastadoramente rasgados. E, por falar em vocais, na maior parte das músicas, ouvimos coros épicos e em vozes graves entoando canções, o que cria uma atmosfera bem legal e épica.

O instrumental é incrível, pois a banda mistura o Black Metal com algumas passagens Folk onde ouvimos violinos e violas, mas além de tudo, percebemos algumas influências de Technical Death Metal e, consequentemente, Metal Progressivo. As guitarras são bem entrosadas e tem riffs bem diversos, às vezes com palhetadas seguidas - bem ao estilo Black Metal -, outras com riffs mais Folk's, explorando os acordes mais graves que, por vezes, acompanham o violino. Já a cozinha é muito técnica, mas super pesada, com destaque especial para a bateria. De vez em quando, ainda ouvimos uns teclados compondo atmosferas.

"For Battles Once Fought" é um grande álbum, além de uma grande surpresa, visto seu país de origem. O que ainda falta, são aquelas músicas mais diretas e explosivas, da mesma maneira que o Equilibrium tem "Blut im Auge". Mas de qualquer for, é um álbum que vale a pena dar uma conferida.

Helge - vocals
Felius - guitars, keys
R.K. - bass
Leshii - drums
Nasha - violin

1. Sword's Hymn 07:32
2. Kurgan 06:03
3. The Siege 05:46
4. 1380: The Confrontation 06:47
5. The Last Breath of Fire 03:25
6. Im Feld 04:45
7. Wolf's Hunt 05:44
8. Death of Archaic World 06:14

sábado, 19 de fevereiro de 2011

O Hardalho a 4! #2

Seguindo a sessão com um "Especial anos 80".

AC/DC - Back In Black (1980)

Quando Bon Scott morreu (aliás, hoje fazem 31 anos que isso aconteceu), todos pensavam que o AC/DC estaria acabado, já que bom era um dos melhores frontmen do mundo, quissa da história. Mas foi então que uma das mais lendárias ressurreições de uma banda aconteceu. Brian Johnson foi recrutado para as funções de vocalista, ajudou a refazer o álbum e, no mesmo ano "Back In Black" foi lançado. Mas a maior surpresa estava por vir, pois o álbum foi um absoluto sucesso de vendas. Com aproximadamente 43 milhões de cópias vendidas, "Back In Black" é o CD de Rock mais vendido da história e o segundo mas vendido no geral, perdendo apenas para "Thriller", de Michael Jackson. Como em todos os CD's do AC/DC, "Back In Black" é um álbum sujo que possuí uma forte influencia de blues. Brian substituí Bon com extrema maestria, dando uma nova personalidade a banda, uma personalidade que nenhum outro vocalista poderia dar. Em suma, Hard Rock puro e que desce fácil, tanto que a banda aposta na mesma fórmula para fazer discos até hoje. #AC/DC Facts -q

Alice Cooper - Trash (1989)

Alice Cooper é unanimidade. O cara é uma lenda viva, com tanto respeito quanto caras como Lemmy e Ozzy - e canta tão bem quanto eles :/-. Alice está na ativa desde final dos anos 60 e sempre lançou álbuns respeitáveis, como os clássicos "Killer" (1971), "School's Out" (1972), "Billion Dollar Babies" (1973) e "Welcome To My Nightmare" (1975) -que inclusive, entrariam fácilmente nessa sessão-, mas, no ano de 1989, quando o Glam Metal estava em alta, a Titia liberou seu álbum que ao meu ver é o melhor. "Trash" tem toda aquela cara de Alice Cooper, as músicas soam teatrais e sujas, mas aliadas a aquela atmosfera Glam, formam um disco praticamente perfeito. Músicas como "House Of Fire" e "Poison" se tornariam hinos e clássicos estantâneos, tanto que a última, é a músicas mais popular do cantor e ajuda a firmar minha opinião de que "Trash" é um dos melhores discos de Rock da década de 80.

Cinderella - Long Cold Winter (1988)

Dois anos após o lançamento de "Night Songs" que foi sucesso de vendas e lançou o Cinderella como uma das grandes promessas do Rock americano, a banda lançou o álbum que definitivamente iria coloca-los nos anais do Hard Rock. "Long Cold Winter" tem a mesma formula do seu antecessor, Hard Rock gostoso de se ouvir, com grande influencias de Country e Blues, mas com dois agravantes: O amadurecimento musical da banda e o modo de se portar. Se em "Night Songs" a banda já era muito acima da média, agora eles estavam muito melhores, mais entrosados e o nível das composições subiu ainda mais. Eles também deram uma reduzida no visual purpurinado, dando mais importância a música de fato. Hinos como "Gypsy Road", "Don't Know What You Got ('Till It's Gone)", "The Last Mile", "Coming Home" e "Take Me Back" fazem desse um dos maiores clássicos do Hard Rock 80's e, aliás, eu o considero o melhor disco Hard daquela década.

Nitro - O.F.R. (1989)

Nitro é simplesmente banda em que o vocalista guardava um poodle em cima da cabeça, que o guitarrista tinha uma guitarra extra-terrestre e que tinha o visual e as músicas mais extremas do Glam Metal. O visual da banda chamava muita atenção, Jim cantava como poucos, com falsetes e notas muito, mas muito altas e Batio é simplesmente o guitarrista mais rápido do mundo. A combinação disso tudo fez o Nitro se destacar. A banda levou o Glam Metal ao extremo, fazendo um som metálico, muito veloz e seco. "O.F.R." trazia um som violento e extremo, com porradas e mais porradas, falsetes incríveis e solos na velocidade da luz. O álbum tem duas curiosidades: Na música "Machine Gunn Eddie", Jim da o maior grito da história do rock, com 32 segundos - segundo membros, sem efeitos hm*- e dizem que este é o primeiro álbum de uma banda não Extrema (no sentido real da palavra) que apresenta 'blast beats'. Então, se você curte músicas mais rápidas, esse é seu álbum \o/

Warrant - Dirty Rotten Filthy Stinking Rich (1989)

Warrant é uma das melhores bandas de Hard Rock da segunda metade dos anos 80 em diante. Formada em Hollywood no anos de 1984, lançou seu primeiro - e melhor - álbum em 1989. "Dirty Rotten Filthy Stinking Rich" nos trás um Hard Rock simples, com riffs sem muita técnica e solos um tanto quanto comuns, mas que fazem o som ser alegre, gostoso e fácil de ser ouvir. O álbum trás os inúmeros clichês do gênero, mas com mais enfâse nos refrões em coro, feitos única e exclusivamente para serem ouvidos e grudarem na sua cabeça a ponto de sair cantarolando logo depois da primeira audição. Alguns dos maiores clássicos do grupo, como "Heaven", "Down Boys", "Big Talk" e "Sometimes She Cries" foram paridos por esse lançamento, logo, "Dirty Rotten Filthy Stinking Rich" é um dos álbuns indispensáveis pra quem curte um bom Hard Rock.

Dalriada - Ígéret [2011]


País: Hungria
Estilo: Epic Folk Metal
Nota: 9,5

Falar sobre Dalriada é chover no molhado, já que banda é um exemplo de competência e criatividade dentro do mundo Folk. A banda se utiliza de melodias pesadas, arranjos épicos e folclóricos aliados aos vocais poderosos e precisos da lindíssima Laura Binder, fazendo com que o som do grupo Húngaro seja único e incrível. Além da vocalista, as letras cantadas em Húngaro dão um charme a mais a banda, tanto que o nome de seus álbuns, são os meses do ano em Húngaro antigo, logo "Ígéret" significa "maio". (:

"Ígéret", lançado dia 12 desse mês, é o quarto álbum lançado pela banda após a mudança de nome ocorrida em 2007 e, novamente, trás todas as características do grupo, mas dessa vez notamos algumas mudanças nas estruturas e solos - principalmente os de teclado, que ficaram "alá Dream Theater"- de algumas canções, principalmente na segunda música, onde temos um solo muito estranho, e parece mais uma música Country do que Folk Metal em si. Mas fora isso, os elementos Folk trazem a tona uma grandiosa e poderosa atmosfera épica e medieval que perduram durante toda a audição, com passagens extremamente envolventes.

Os vocais são extremamente bem encaixados, com duetos incríveis por parte de Laura e András Ficzek -guitarrista da banda- ou com os guturais de Tadeusz Rieckmann -baterista-. O contraste entre a voz doce de Laura com os vocais masculinos e mais agressivos são algo que chamam a atenção desde de o primeiro lançamento da banda, além dos coros épicos que entoam refrões incríveis, transbordando inspiração e toda aquela "magia" que o Folk Metal tem. Já o instrumental do grupo é perfeito, guitarras muito bem entrosadas, sempre pesadas mas melódicas, que aliada aos teclados, ajudam a compor a atmosfera das canções. Já a cozinha é destruidora, principalmente a bateria, que esbanja técnica e groove.

Acho que temos aqui, um forte candidato a melhor álbum de 2011, com banda e produção impecáveis. Eu poderia escrever páginas e mais páginas apenas tecendo elogios ao Dalriada, mas é melhor que vocês escutem e comprovem por si só. Em suma, uma aula de como se fazer música de qualidade, onde ritmo é contagiante e poderoso. E se fodam ae porque eles me seguem no tuíter rs

Intro - 02:43
Hajdútánc - 04:59
Hozd el, Isten - 04:33
Mennyei Harang - 06:17
Ígéret - 04:37
Igazi Tûz - 04:42
Kinizsi Mulatsága - 04:19
A Hadak Útja - 06:41
Leszek A Csillag - 05:50
Leszek A Hold - 06:14
Outro - 00:50

Line-up:
Laura Binder - Vocals
András Ficzek - Vocals, Guitars
Mátyás Németh Szabó - Guitars
István Molnár - Bass
Barnabás Ungár - Keyboards, Backing Vocals
Tadeusz Rieckmann - Drums, Harsh Vocals

Session / guest musicians:
Jonne Järvelä - Vocals (Korpiklaani)
Attila Fajkusz - Violin, Tambourine
Gergely Szõke - Viola, Lute
Ernõ Szõke - Doublebass

quinta-feira, 17 de fevereiro de 2011

Hell In The Club - Let The Games Begin [2011]

País: Itália
Estilo: Hard Rock
Nota: 9,5

Um supergrupo com membros de bandas renomadas da cena italiana do Power Metal tem um estilo nada previsível: Hard Rock. Sim, Elvenking, Secret Sphere e Wrathchild se juntaram para formar uma banda de Hard Rock, e sem muitas delongas, excelente é pouco para descrever tamanha qualidade.

Os músicos deixam explícito que, além de saberem fazer música boa, a versatilidade deles é incrível, pois o vocalista Davide - no qual no Elvenking usa o apelido Damnagoras e no Hell In The Club utiliza Dave - se mostra extremamente competente, e podemos chegar a confundi-lo com outro vocalista devido ao seu timbre versátil e sua capacidade de se transformar de um tolkieniano para um hard rocker zoador.

Não vou conseguir descrever esse disco, pois por mais que eu tente resenhá-lo, o máximo que conseguirei será puxar o saco da banda, que na minha opinião é uma das melhores bandas de Hard Rock dos últimos dez anos, sem dúvidas. Então, só digo uma coisa, ouçam o disco que não se arrependerão, e apesar de que vou tomar pedrada por dizer isso, Let The Games Begin acaba com 90% de todos os álbuns de Hard Rock dos anos 80/90, e não, isso não é exagero algum. Um dos poucos discos que conseguirão me arrancar um 9,5 até o fim do ano.

1. Never Turn My Back - 03:54
2. Rock Down This Place - 03:33
3. On The Road - 03:31
4. Natural Born Rockers - 03:39
5. Since You're Not Here - 03:26
6. Another Saturday Night - 03:06
7. Raise Your Drinkin' Glass - 03:55
8. No Appreciation - 03:11
9. Forbidden Fruit - 03:51
10. Star - 05:10
11. Daydream Boulevard - 04:05
12. Don't Throw In The Towel - 03:32

Davide "Dave" Moras - Vocals
Andrea "Andy" Buratto - Bass
Andrea "Picco" Piccardi - Lead Guitar
Federico "Fede" Pennazzato - Drums

Falkenbach - Tiurida [2011]

País: Alemanha
Estilo: Blackned Folk/Viking Metal
Nota: 6

Falkenbach é mais uma dessas bandas de um homem só, mas que conta com alguns músicos para em algumas sessões. Formada na Alemanha por Markus Tümmers em 1989, o músico foca-se em compor músicas que mesclam o Folk, Viking e o Black Metal. "Tiurida" é o seu mais recente lançamento, sendo posto no mercado em Janeiro desse ano.

Bom, honestamente, o músico não faz nada de original, visto que Primordial, Runic e tantas outras, fazem exatamente o mesmo tipo de som. O diferencial é que aqui, diferentemente de grande parte das "one men bands", é que a qualidade das canções é sempre alta. Em "Tiurida" não é diferente, já que o instrumental é ótimo, sem exageros técnicos, calcado em melodias épicas, com cantos nórdicos sendo evocados em vozes graves. A bateria sendo espancada sem dó, contrasta com os teclados que compões atmosferas mais soturnas. Os riffs são propositalmente repetitivos, feitos assim para grudarem e hipnotizarem. Vocais limpos, graves e em coro contrastam com guturais mais rasgados e agudos.

O disco começa com uma pegada mais Folk e depois molda-se em um Viking/Black Metal extremamente progressivo (no sentido de ser longo e elaborada, não técnico) e ambiente. Em algumas dessas partes mais progressivas, chega até a ser enfadonho ouvir a música, já que riffs, acordes e batidas se repetem inúmeras vezes, mesmo não empolgando. Por isso, creio que as partes mais Folk, com instrumentos mais eruditos e atmosferas mais alegres, são as melhores partes da audição.

Um disco um tanto quanto normal. Bem produzido e com várias músicas boas, mas nada de extraordinário. Se você é do tipo de pessoa que já curte Folk, vale a pena dar uma conferida. Mas, se ainda não conhece o gênero, é bom não começar por esse álbum.

Vratyas Vakyas (Markus Tümmers) - Vocals, Instruments

Session musicians :
Tyrann - Vocals

Hagalaz - Guitar, Keyboard

Boltthorn - Drums

Alboin - Bass


1. Intro 01:38
2. ...Where His Ravens Fly... 07:25
3. Time Between Dog and Wolf 06:01
4. Tanfana 05:32
5. Runes Shall You Know 05:59
6. In Flames 07:53
7. Sunnavend 05:51
8. Asaland (Bonus Track) 04:06

Sequester - Shaping Life And Soul [2011]

País: Canadá
Estilo: Progressive Power Metal
Nota: 6,5

Primeiro contraste: apesar da capa ser bem feita e majestosa, não é isso que temos em seu conteúdo, digo, na música desse grupo que pra mim não passa de fraco. A música não é chata, mas sim monótona, sem criatividade, sem identidade, ou sem qualquer outro ponto forte que nos faça querer ouvir, assim, temos aqui apenas mais uma banda de Metal Progressivo. Na minha concepção, o Metal Progressivo é quase um Avant-Garde como eu disse em outro post, portanto a banda necessita de pontos fortes, e quando me refiro à esses pontos, quero me referir principalmente à características fortes e próprias, algo não previsível e insosso como temos aqui.

Uma banda extremamente simples. O timbre do vocalista é um pouco diferente, mas nada que altere o fato de que as melodias são completamente comuns, sem inovação ou criatividade alguma. A guitarra não parece uma guitarra, e sim um uma máquina programada, pois não mostra versatilidade, virtuosismo e, novamente frisando isso, não mostra criatividade alguma, com riffs e harmonias fracos. O teclado só é aparente em horas em que divide a música apenas com os vocais, pois são apenas acordes harmônicos primitivos. A cozinha da banda - a bateria e o baixo -, também não se empenham em fazer algo extraordinário, vide que se mantém em harmonias e bases simples, e simplicidade excessiva numa música de Metal Progressivo é, no mínimo, uma antítese.

Mas, apesar de tantos pontos negativos nos quais eu citei acima, a banda não é ruim. Podemos dar um desconto para a falta de virtuosismo e técnica, tendo em vista que a banda é formada por um multi-instrumentista, e é difícil ver uma pessoa que consegue dominar com facilidade todos os instrumentos, então nesse caso é muito melhor se manter com o que você consegue do que abusar das edições do estúdio e não conseguir tocar metade da música fora dele. Sobre o rótulo, a banda é muito mais progressiva do que Power, e eu não incluí o Power por ser uma característica que a banda apresenta certas horas, pois de acordo com esse raciocínio todas as bandas seriam de vários estilos, e sim porque no Sequester o Power pode não ser o estilo com total predominância, mas é mais significativo do que esses 'estilos complementares'.

Então resumindo, a banda não é ruim, todavia é só mais uma no meio de tantas, só mais uma que não chama atenção e não tem nenhum ponto de expressão própria. Para um melhor desempenho, acho que poderia haver uma mudança do timbre de guitarra, e o vocal poderia parar de usar efeitos, mas não são efeitos para aumentar o alcance vocálico, e sim uma espécie de backing vocals dele mesmo. Apesar de tantas críticas negativas, em hora alguma a banda se mostra chata ou irritante - com excessão da primeira música -, mas sim sem criatividade.

1. The Awakening - 08:11
2. Solace From Lies - 06:37
3. Night's Watch - 08:09
4. Vampiric Humanity - 04:46
5. Taunted By Fate's Mirage - 06:58
6. Confined To Silence - 06:02
7. Bhaalspawn - 06:23
8. This Dark Passenger - 07:44

Ryan Boc - Vocals, Guitar, Bass, Drums, Synth

quarta-feira, 16 de fevereiro de 2011

3 bandas que você deve conhecer #6

Dando sequência a essa merda toda...

Bran Barr
País: França
Estilo: Celtic Folk Metal
Disco recomendado: Sigh (2010)

Bran Barr foi uma das melhores surpresas que a cena Celta do Metal revelou nos últimos anos. O grupo oriundo da França foi formado em 1995 e lançou apenas dois CD's, um em 2000 e o outro no ano passado. Ambos mostram uma mistura fina entre o som e a melodia dos instrumentos Celtas com o peso e a velocidade das vertentes mais extremas, principalmente do Black Metal. Logo, partes que emanam devastação sonora são intercaladas com passagens mais acústicas e ambientes, com violas, gaitas e flautas, que inundarão seu cérebro e o farão viajar para dentro de uma floresta.


Zonata
País: Suécia
Estilo: Power Metal
Disco recomendado: Reality (2001)

Quando o Power Metal estava, talvez, em seu ápice, onde milhares de bandas sem criatividade e talento surgiam e saturavam o mercado, a Suécia revelou uma das melhores bandas da década. Eu conheci a banda quando baixei um pack de músicas do Sonata Arctica, e lá estava "Illusion Of Madness" do Zonata. De cara eu percebi a diferença, mas curti muito o som dessa banda até então desconhecida para mim, pois era um Power Metal calcado nas melodias de teclado, mas que diferentemente de 90% dos demais grupos do gênero, não é meloso e sim pesado e agressivo. A banda foi formada em 1998 e lançou 3 álbuns, sendo Reality, de 2001, o melhor.


Nenhum de Nós
País: Brasil
Estilo: Rock/Pop
Disco recomendado: A Céu Aberto (ao vivo)

Vão se foderem! Eu curto Nenhum de Nós e acho uma das melhores bandas nacionais. Ahh! Qual é! Todo mundo tem sua banda pra momentos de fossa, e a minha é essa. O grupo gaúcho foi formado em 1986 e já tem inúmeros álbuns lançados, tanto é que a maioria de vocês devem conhecer pelo menos uma música deles. O que mais me chama atenção na banda são as letras, sempre inteligentes e emotivas (uye). As melodias são bem encaixadas, sem exageros técnicos mas com muito feeling, onde pianos e violões inundam as canções. E eu duvido se alguém aqui nunca se pegou cantando "Camila" ou "Astronauta de Mármore". Logo, vale a pena conhecer mais a carreira dessa, que é uma das melhores bandas do Brasil.

Electric Boys com novo disco

O Electric Boys com seu line up original reunificado - Franco Santunione (guitarra), Andy Christell (baixo), Niklas Sigevall (bateria) e Conny Bloom (guitarra e vocais) - lançará seu primeiro disco desde 1992, chamado "And The Boys Done Swang" via Supernova Records, uma divisão do Cosmos Music Group.

O tracklist do disco:

01. Reeferlord
02. My Heart's Not For Sale
03. Father Popcorn's Magic Oysters
04. Angel In An Armoured Suit
05. Ten Thousand Times Goodbye
06. The House Is Rockin'
07. Welcome To The High Times
08. Sometimes U Gotta Go Look For The Car
09. Put Your Arms Around Me
10. The Day The Gypsies Came To Town
11. Rollin' Down The Road
12. A Mother Of A Love Story
13. Chickalicious (Japanese bonus track)
14. Down On Shakin' Street (Japanese bonus track)
15. Nowhere To Go But Up (Japanese bonus track)

O vídeo do primeiro single do disco, "Father Popcorn's Magic Oyster", pode ser visto abaixo.

Omnius Gatherum - New World Shadows [2011]

País: Finlândia
Estilo: Death Metal Melódico
Nota: 7,5

Ouvi dizer que essa banda lembrava muito o Children Of Bodom,e digo uma coisa: só se for em seus discos anteriores, pois New World Shadows não passa nem perto. Hoje não terão enrolações, então vamos ao disco diretamente. Comecei a ouvir a primeira música e, como a mesma tem mais de nove minutos, podemos perceber que em seu início tem embutida uma intro do disco, que de fato é excelente, mas ao começar 'a música de verdade', esse excelente caiu abruptamente para muito ruim. Se desanimei com o disco, foi devido à primeira música.

Ego, a segunda faixa, é bem melhor que Everfields, mas muitas vezes me soa forçada. Não digo que apenas Ego me soa forçada, como muitas outras músicas do disco também são, músicas um tanto "quadradas", sem um groove legal ou algo característico. E, além do mais, parece ser muito mais Death Metal normal do que o melódico, tirando pelas guitarras e pela falta de velocidade suficiente para rotularmos com o estilo, mas, esse último fato pode ser usado contra a própria banda, tendo em vista que quando as guitarras são graves e os riffs não são rapidas, podemos ligeiramente confundir e rotular algumas músicas como Funeral Doom.

A terceira faixa, New World Shadows, me deixou praticamente certo de que o disco continuaria sendo ruim assim até o final, pois é difícil haver uma mudança repentina de qualidade, tendo em vista que as três primeiras são faixas fraquíssimas. Entretando, como dificilmente eu pensaria, minha opinião mudou. Soul Journeys é uma excelente faixa que me fez mudar um pouco a concepção e dar uma chance para a banda, e meus ouvidos Não estavam errados. Na quinta música, Nova Flame, me animei mais ainda, pois as duas faixas que seguiram a faixa-título compensaram as três anteriores, as ovelhas negras do disco.

An Infinite Mind começa leve com um riff levemente distorcido e rápido, e com vocais mais leves, mas há uma mudança de ritmo e de peso, e seguindo o ritmo do disco, agora um disco bom, a música é boa também. Mas, nem tudo pode ser um mar de rosas, então Watcher Of The Skies levou New World Shadows ao chão novamente. Uma faixa instrumental monótona, chata, irritante e repetitiva. Mas foi apenas uma do meio de várias boas, pois The Distance é uma ótima música, assim como Deep Cold.

As três primeiras faixas fizeram eu colocar a nova três e meio ali em cima antes mesmo de terminar de ouvi-lo, mas, como eu o fiz, a nota subiu quatro pontos. Gostaria de dar um destaque isolado ao guitarrista Markus Vanhala, que de mostrou extremamente competente e capacitado de estar na frente de uma banda muito melhor que o Omnium Gatherum, que não se mostrou nada mais do que "só mais uma banda" no cenário do Metal Extremo. Suas outras três bandas também não são dignas de ter um guitarrista excelente como ele, sem desmerecê-las. Um dos melhores guitarristas da finlândia que eu já escutei, talvez o segundo melhor, ficando atrás apenas do mestre Jani Liimatainen.

1. Everfields 09:17
2. Ego 04:07
3. New World Shadows 06:00
4. Soul Journeys 04:54
5. Nova Flame 04:10
6. An Infinite Mind 05:43
7. Watcher Of The Skies
8. The Distance 03:59
9. Deep Cold 09:29

Jukka Pelkonen - Vocals
Markus Vanhala - Guitar
Toni Mäki - Bass
Jarmo Pikka - Drums
Aapo Koivisto - Keyboards

Convidados:
Dan Swanö - Clean Vocals
Niilo Sevänen - Growls