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quarta-feira, 30 de março de 2011

Enquanto isso, na Noruega...

Hahahuahuhuahauhuahuahuahuahuahuauhahuauha

terça-feira, 29 de março de 2011

Recomendações brasileiras (Avec Tristesse)

Banda: Avec Tristesse
Origem: Rio de Janeiro
Estilo: Dark Metal
Ano da formação: 1998
Idioma das letras: Inglês

O Avec Tristesse é uma banda carioca, formada entre 1998 e 2000 e que mistura o Doom com o Black Metal. No começo, o grupo era um projeto do músico Pedro Salles, que queria exercer toda a sua liberdade artística e musical. Nessa época ele compôs duas músicas e ensaiou com várias pessoas, mas só completou a formação, de fato, em 2000. Ele chamou Rafael Gama para o baixo, Nathan Thrall na bateria, Alexander Woden para segundo guitarrista e Bruno Campbell como tecladista e, com essa formação, a banda entrou em estúdio para gravar seu primeiro álbum: "Ravishing Beauty", lançado em 2002. Alexandre Granhen e Flavio Vizeu substituíram Alexander Woden e Bruno Campbell e em 2004 a banda lança seu segundo disco, "How Innocence Dies".

Como eu já disse antes, o Avec Tristesse mistura Doom Metal com Black Metal, fazendo um Dark Metal da melhor qualidade. Certamente eles são a melhor banda do gênero no Brasil. Os vocais de Pedro são intercalados entre o guturais e vocais limpos e, pra mim, são o destaque da banda, pois lembram bastante os vocais de Mikael Åkerfeldt, vocalista do Opeth. Mas não podemos esquecer do resto da banda, que também dá um show e não deixa a bola cair em nenhum momento, fazendo uma incrível mistura de gêneros e proporcionando uma audição magnifica.

Line Up:
Pedro Salles - Vocals, Guitar, Keyboards (2000- )
Alexandre Graham - Guitar (2002- )
Rafael Gama - Bass (2000- )
Rigel Romeu - Keyboards (2005- )
Braulio Azambuja - Drums

Membros Passados:
Guitars:
Alexander Woden (2000-2002)

Keyboards:
Bruno Campbell (2000-2002)
Flávio Vizeu (2002-2004)

Drums:
Nathan Thrall (and Vocals) (2000 - 2006)

Discografia:
Ravishing Beauty - Full-length (2002)
How Innocence Dies - Full-length (2004)

segunda-feira, 28 de março de 2011

Mike Mangini é o novo baterista do Dream Theater?

Eddie Trunk postou em seu twitter:

"And that Mike Mangini will be the new drummer in Dream Theater and is in studio with them. Unconfirmed but likely to be announced soon"

Isso é totalmente confiável, tendo em vista quem é Eddie Trunk. Além de entender tudo de Metal Progressivo e outros gêneros, tem um programa chamado "That Metal Show", e é amigo de uma infinidade de músicos desse gênero. Dificilmente um cara de renome como esse liberaria uma informação tão relevante errada.

Recomendações brasileiras (Toccata Magna)

Banda: Toccata Magna
Origem: Porto Alegre, Rio Grande do Sul
Estilo: Folk Metal
Ano da formação: 2001
Idioma das letras: Inglês

O Toccata Magna é uma banda que toca um Heavy Metal com fortes influências da música andina, ou seja, utilizam bastante flautas e possuem várias características da música folclórica andina, tanto musicalmente quanto nas letras, portanto podemos rotulá-los como Folk Metal. O grupo foi formado em 2001 no sul do país, e até hoje já lançaram um disco de estúdio, Icognite Soul, em 2004.

Toccata Magna é uma das poucas bandas de Folk Metal do país, e o grupo faz um som excelente e um pouco singular, pois apesar de terem algumas outras bandas que tocam "Andean Metal", são poucos os grupos que se habilitam totalmente a tocarem esse estilo.

Assim como várias outras excelentes bandas, o Toccata Magna lançou apenas um disco antes de seu término, entretando um disco excelente, de qualidade, que, mais uma vez, prova que o Metal brasileiro é um dos melhores do mundo (não me canso de falar isso).

Último Line Up:
Antônio Moraes - Vocals
David Amato - Guitar
Everton Acosta - Guitar
Juliano Ângelo - Bass
Ricardo Giordano - Drums

Membros passados:
Karina Lynn - Keyboards
Gabriel Bilhalva - Bass
Tiago Rigo - Bass
Fabiano Muller - Guitar (Tierramystica)
Ricardo Durán - Vocals

Discografia:
Forbidden Tears from an Incognite Soul (2002) - Demo
Incognite Soul (2004) - Full-length

Álbuns Essenciais (2007)

Ressuscitando essa seção (que aliteração!), hoje vou falar sobre meus cinco discos preferidos lançados no ano de 2007. Confesso que foi difícil escolher apenas cinco, pois álbuns como The Return Of Mother Head's Family Reunion (Richie Kotzen), Humanity (Scorpions), The Onslaught (LaZarus A.D.) e alguns outros são discos que eu gosto muito, mas são apenas cinco, então vai lá minha lista:

Obs.: os discos estão organizados de acordo com o ano de lançamento.
(O ruim da ironia é que quando os outros não entendem, quem parece um idiota é você).

Unia - Sonata Arctica
País: Finlândia
Estilo: Progressive Power Metal

Unia é, sem dúvida, o disco mais crucificado pelos fãs do Sonata Arctica. Aliás, não só pelos fãs, pois o próprio Jani disse ser o disco que ele menos gosta, isso provavelmente por ser experimental perto de tudo que a banda já fez, ou seja, previsível (só lembrando, estamos falando de Power Metal finlandês, risos). Por ter fortes influências do Metal Progressivo, Unia perdeu bastante a velocidade e incrementou seu som com elementos típicos do gênero, tais como o maior uso de pianos, mudanças abruptas de ritmo e mais técnica e ênfase às partes instrumentais. Entretanto, ao contrário de todos que não gostam desse disco, Unia é o meu favorito da banda, e é composto por excelentes músicas, desde algumas mais pesadas e agressivas como In Black And White, à mais leves e melódicas como I Won't Fade.

Victory Songs - Ensiferum
País: Finlândia
Estilo: Folk/Viking Metal

O Ensiferum, além de ser uma das minhas bandas preferidas, na minha opinião é uma das bandas mais fodas do mundo. Seja por suas músicas, seu jeito de compor, seu visual, a presença de palco dos membros, a atmosfera criada por eles, ou por qualquer outra coisa, e o disco Victory Songs é o que melhor representa e deixa explícita essa "fodisse", se é que me entendem. O disco é totalmente agressivo e pesado, coisa que contribui para a atmosfera Viking de guerra da banda ser melhor ainda. Uma das bandas mais geniais do mundo na minha opinião.

The Scythe - Elvenking
País: Itália
Estilo: Power Folk Metal

Foi no The Scythe que o Elvenking deu mais ênfase ao Power e ao peso, mas nem por isso abandonaram totalmente o Folk. Riffs mais rápidos e algumas vezes mais melódicos, maior velocidade na bateria e o vocal mais melódico são a maior prova disso. Além disso, no The Scythe a banda explorou mais ainda o uso de elementos progressivos, como vocais graves rasgados, gritos e até mesmo guturais, ambos mixados aos vocais melódicos limpos. E como eu disse, o grupo não abandonou totalmente o Folk, e apesar do grupo já ter um violinista, nesse disco há um quarteto de cordas para complementar, que faz um excelente trabalho. Esse é um dos discos que quando escuto a primeira música, sempre termino de escutar o álbum inteiro.

The Varangian Way - Turisas
País: Finlândia
Estilo: Folk/Viking Metal

O Turisas é uma banda que, apesar de pra mim ser uma das mais geniais do mundo, é indiferente a muitos fãs de Metal. Alguns dizem que a banda é sem graça e sem nenhum ponto muito chamativo ou positivo, mas já eu acho a banda excelente. A mistura dos vocais limpos com guturais, o instrumental, a temática, tudo se encaixa perfeitamente, de um jeito que é formada uma harmonia perfeita entre cada nota. The Varangian Way é simplesmente genial, uma das melhores representações Viking, a banda consegue elaborar uma temática como nenhuma banda consegue.

Systematic Chaos - Dream Theater
País: Estados Unidos
Estilo: Metal Progressivo

Systematic Chaos é o disco mais odiado pelos fãs do Dream Theater, provavelmente pelo fato de que o disco é mais pesado e menos progressivo do que de costume, mas na minha opinião o disco é um dos três melhores da banda. Grandes músicas como In The Presence Of Enemies (ambas as partes), e Ministry Of Lost Souls estão entre as minhas preferidas. Em certas horas podemos ver a forte influência do Metallica sobre o Dream Theater, assim como também podemos ver a técnica dos membros nas partes instrumentais, tais como solos, duetos e uníssonos.

Dropkick Murphys - Going Out In Style [2011]


País: EUA
Estilo: Celtic Punk Rock
Nota: 10

Creio que todo mundo aqui conhece pelo menos uma música do Dropkick Murphys, mas nem sabe da existência da banda. É pessoas, que levante a mão quem nunca ouviu "I'm Shipping Up to Boston", música usada constantemente no programa Pânico na TV e que foi trilha sonora do filme "Os Infiltrados", que até ganhou Oscar em 2006. Essa semana eu ouvi o novo álbum da banda, e me animei tanto, que fui à procura da história do grupo e, apenas ontem, liguei os pontos e descobri que essa é a banda que compôs uma das músicas mais fodas da história.

"Going Out In Style", sétimo disco do grupo formado em 1996, foi lançado dia primeiro de Março e traz aquela mistura bem inusitada de Punk, Hardcore e música Celta que a banda apresenta desde sempre. Comentando sobre esse disco com o Spacek no msn, consegui descreve-lo perfeitamente em apenas uma frase, que foi: "Mano, sabe aquele tipo de música que te dá vontade de levantar, pegar uma cerveja e sair pulando e cantando por aí? É assim o disco todo."

Sério, depois de Eluveitie, Dropkick foi a melhor coisa que apareceu no cenário Celta do Rock/Metal. E olha que eu não suporto Punk Rock, mas aqui tudo muito perfeito. Nunca vi algo parecido com o som deles antes, pois é música celta tocada com alegria e velocidade, contagiante pra caralho. O som é regado a violas, flautas, banjos, mandolins, gaitas e o caralho a 4 e, tudo combina perfeitamente com a parte "elétrica" da banda, pois guitarra, baixo e bateria são apenas coadjuvantes aqui, dando apenas a condução e o clima mais "rocker", visto que até os vocais ficam no meio termo entre o Folk e o Punk. Vale ressaltar o bom humor da banda, que começa no próprio nome, já que "Dropkick Murphys" é uma espécie de centro de reabilitação em Connecticut. As letras também são bem humoradas e alegres, combinando perfeitamente com a proposta do som, o vocalista é quase um Jack Black e, pra finalizar, temos até a presença de um humorista fazendo participação no disco. Além disso, até Bruce Springsteen cantou em uma música também.

E, se eu continuar a resenha, vou ficar pagando pau e babando ovo pra banda, tamanha qualidade de seu som. A álbum começa com o astral alto e termina melhor ainda, logo, se você se pegar cantarolando refrões e batendo o pé justo na primeira audição, não estranhe, pois deve acontecer com todo mundo que ouvir esse disco. Então, a nota não poderia ser outra senão 10! 10! e 10!

* Al Barr – lead vocals
* Ken Casey – bass guitar, lead vocals
* Matt Kelly – drums, bodhran, vocals
* James Lynch – guitar, vocals
* Josh "Scruffy" Wallace – bagpipes, tin whistle
* Tim Brennan – guitar (2008-present), mandolin accordion, vocals
* Jeff DaRosa – acoustic guitar, banjo, bouzouki, keyboard, mandolin, whistle, organ, vocals

1. "Hang 'Em High" – 3:59
2. "Going Out in Style" (feat. Fat Mike, Chris Cheney and Lenny Clarke) – 4:08
3. "The Hardest Mile" – 3:26
4. "Cruel" – 4:21
5. "Memorial Day" – 2:59
6. "Climbing a Chair to Bed" – 2:59
7. "Broken Hymns" – 5:03
8. "Deeds Not Words" – 3:41
9. "Take 'Em Down" – 2:11
10. "Sunday Hardcore Matinee" – 2:43
11. "1953" – 4:14
12. "Peg o' My Heart" (feat. Bruce Springsteen) – 2:20
13. "The Irish Rover" (feat. Pat Lynch) – 3:39

domingo, 27 de março de 2011

Symfonia - In Paradisum [2011]



País:
Finlândia
Estilo: Melodic Power Metal
Nota: 7

Quem nunca pulou pra alcançar alguma coisa e não conseguiu, não sabe o que é algo broxante. Isso foi básicamente o que fez o Symfonia, super-grupo formado por estrelas do Metal Melódico mundial que todos vocês devem saber quem são e que, não alçou um vôo tão alto quanto planejava.

Logo no final de 2010, quando saíram as primeiras notícias de que Timo Tolkki estava formando uma nova banda e, que tinha chamado nada mais nada menos do que Andre Matos para os vocais, o mundo do Metal entrou em alarde, visto a qualidade de dupla. Em seguida, o que era bom ficou ainda melhor, já que mais monstros do estilo, ex-membros de grandes bandas do Power Metal confirmaram suas participações nesse novo projeto. E finalmente, em Dezembro do ano passado, Timo Tolkki (ex-Stratovarius/Revolution Renaissance), Andre Matos (ex-Angra/Viper/Shaman), Jari Kainulainen (ex-Stratovarius-Evergrey), Mikko Härkin (ex-Sonata Arctica, Cain's Offering) e Uli Kusch (ex-Helloween/Masterplan) entraram estúdio para gravar o debut do Symfonia, o broxante "In Paradisum".

O álbum foi lançado dia 23 desse mês pela Marquee/Avalon Records e, se tratando de Timo Tolkki, não poderíamos esperar nada diferente: um majestoso Power Metal Melódico, feito por pessoas que foram forjadas nesse meio e técnicamente perfeito. Simplesmente isso. É como se fosse mais um álbum do Stratovarius na época de Tolkki, visto que o gordinho não consegue fazer mais nada diferente. Eu não tinha baixado nem ouvido nenhuma das músicas liberadas com antecedência. Preferi escutar tudo de uma só vez, mas já não sei se foi algo bom a se fazer, visto que tudo soa como as antigas bandas de Timo, muito previsível. Você, ao ver o line up, vai imaginar um som bem melódico, regado a melodias de teclados, com vocais agudos e cozinha extremamente veloz. E é justamente isso o que se trata. Mas convenhamos, inovar sempre é bom e fodam-se os puristas.

Como já citado anteriormente, a qualidade técnica do grupo é algo que dificilmente será alcançada por outra banda do gênero. Todos estão entre os maiores instrumentistas do mundo, mas, faltou um pouco de capricho. Aqui acontece a mesma coisa que citei na resenha de Elysium: Quase tudo, individualmente, é muito lindo, mas o conjunto da obra deixa a desejar. Falta aquela faixa mais explosiva, que faria um estádio vir a baixo, uma "Black Diamond".

Apesar de tudo, Tolkki ainda chuta bundas, mesmo com todas as polêmicas o gordinho é um dos maiores guitarristas do mundo. Sola feito poucos e tem uma levada veloz única. Mikko Härkin já era considerado um prodígio no teclado desde os seus tempos no Sonata Arctica e até hoje se mostra um dos melhores no que faz. Ambientações perfeitas, arranjos melódicos e modernos além de solos e duetos bem neo-clássicos, acompanhando Timo. Mas os timbres são tensos, pra dizer o mínimo. A cozinha, formada por Uli e Jari é um caso a parte, pois Uli não fez nem 50% do que fez em suas demais bandas e Jari, que era um dos baixistas diferenciados do Power Metal, dessa vez soou um tanto quanto normal. E sobrou pra Andre Matos o título de "pior coisa ouvida na audição". Nunca vi o vocalista soar tão chato como nesse álbum. Incrível como suas linhas vocais soam sem graça e enjoativas. Na tentativa de soar como Kotipelto, faltou agressividade e tudo que o cara cantou foi extremamente enfadonho, mesmo sendo tecnicamente perfeito.

O álbum é cheio de altos e baixos. Já que passagens te deixam com os olhos cheio de água, entretanto, outras fazem você pensar se realmente valeu a pena toda essa espera. De qualquer modo, uma esticada com uma resenha música por música:

Fields Of Avalon: Ja começamos com um riff bem "Episode". É um senhor Melódic Power Metal, com tudo que o gênero pede além de solos e punhetagens por parte da guitarra e dos teclados. O refrão é bem bonito, mas André Matos estraga tudo. Pior atuação vocal do disco, extremamente chata.

Come By The Hills: Outra que segue a risca a fórmula Tolkki de fazer música. Entraria fácil em um "Visions" ou um "Episode". O refrão é bem melódico e a música tem uma levada ótima. Destaque para a cozinha totalmente clichê (risos) e devo dizer que reciclar e reaproveitar "Hunting High And Low" desse jeito foi um lance de gênio. lol

Santiago: Segue a mesma fórmula das anteriores, mas dessa vez, a música apresenta uma quebrada de ritmo na metade, fica lenta e bonita. Novamente é tudo muito clichês e em certas partes a música lembra "Forever Free". E Andre, vem com sua voz extremamente chata de novo.

Alayna: Uma balada lindíssima. 6 minutos de coros, violões e teclados compondo uma atmosfera linda e envolvente. A levada é lenta e tudo foi muito bem dosado. Até mesmo os vocais casaram perfeitamente com a proposta da canção.

Forevermore: Mais um Powerzão Melódico a lá Stratovarius, mas dessa vez, notamos traços do Angra, principalmente nos vocais, quando Matos soa mais parecido com antigamente. No mais, é uma música igual as outras, mas tem um SENHOR SOLO.

Pilgrim Road: Essa talvez seja a mais inovadora do disco. Tem um começo bem Folk, depois uma passagem mais eletrônica, apenas com teclados, e desemboca em um Heavy Metal Melódico mais cadenciado. Além de ser a mais curta do CD e ter mais um solo incrível. Mas justamente essa diferenciação fez eu achar "Pilgrim Road" a melhor do disco.

In Paradisum: A faixa título também não tem nada de original, visto que várias bandas já exploraram esse lado mais progressivo, épico e atmosférico do Power Metal. Com seus 9 minutos, a canção explora todas as sonoridades que a banda apresenta durante a audição do CD. Equivale-se a faixa título do novo do Stratovarius e, pra ser mais polêmico, "The Power Of One", do Sonata Arctica, tem essa mesma estrutura.

Rhapsody In Black: Com um riff que por incrível que pareça, me lembrou KISS, essa é outra das poucas músicas "diferentes" desse CD. A canção é um Heavy Metal cadenciado, com um riff mais eletrônico e bons trabalhos vocais. Um solo curto e poderoso e uma levada mais alegre (alegre, não melosa, ok?) e mais "dançante" são os pontos mais altos da faixa.

I Walk In Neon: Outra tipicamente Stratovariana. Tem interessantes melodias de teclado e um bom refrão. No mais tem um andamento bem em sal, faltando riffs e peso na guitarra e, graças a isso, a cozinha ganha destaque.

Don't Let Me Go: E uma bela balada fecha o disco. Violão voz e teclado dão o tom, aliados a uma bela letra. É bem aquela faixa pra acalmar os ânimos do pessoal no show. Qualquer semelhança com "Forever", não é mera coincidência.

Tentei ser imparcial, visto que sou um dos maiores amantes dessas bandas de Metal cor de rosa. Logo, digo que o álbum tem sim ótimos momentos, que todos os amantes de Metal Melódico adorarão e endeusarão. Mas os músicos tem gabarito e não precisavam provar mais nada, logo, inovar seria algo bom. Tanto que as canções em que a banda fez algo diferente, foram as que mais me agradaram.

Andre Matos - vocais
Timo Tolkki - guitarra
Mikko Härkin - teclados
Jari Kainulainen - baixo
Uli Kusch - bateria

1. Fields of Avalon 05:09
2. Come by the Hills 05:01
3. Santiago 05:54
4. Alayna 06:17
5. Forevermore 05:31
6. Pilgrim Road 03:37
7. In Paradisum 09:36
8. Rhapsody in Black 04:37
9. I Walk in Neon 05:45
10. Don't Let me Go 03:57

4th Dimension - The Write Path To Rerbith [2011]

País: Itália
Estilo: Symphonic Power Metal
Nota: 9,5

Apesar da Itália ser um dos países com maior concentração de bandas de Power Metal, temos que reconhecer que muitas dessas bandas são apenas cópias mal feitas do principal grupo italiano do estilo: Rhapsody Of Fire. Não vou dizer que, apesar do gênero ser o mesmo, o 4th Dimension diverge totalmente do Rhapsody, pois seria mentira, tendo em vista que apesar do grupo ser fortemente influenciado pelos veteranos, tem uma identidade forte, mostrando que tem capacidade para mais vários excelentes discos como o seu debut, The Write Path To Rerbith.

O grupo formado em 2005 lançou seu debut apenas seis anos depois de sua formação, mas não podemos reclamar da demora, pois a qualidade de Write Path To Rerbith é imensa. Agora destacando cada músico isoladamente: o vocalista Andrea Bicego é um dos maiores destaques do disco, pois além se ter um timbre totalmente versátil e invejável de tão belo, consegue alcançar notas altas sem fazer muita força. Seu timbre pode ser descrito como uma mistura de Andre Matos, com o Magnus Winterwild e Tobias Sammet. E em certos momentos o vocalista usa efeitos bastante visíveis na voz, mas nada que a piore, pelo contrário, algo que a adeque melhor ainda à música.

Grande parte do peso das músicas deve-se à cozinha da banda: a bateria é sempre forte com linhas maravilhosas, e o baixo tem uma levada diferenciada, visto que Power Metal dá pouca ênfase ao baixo. Talete arrebenta nos teclados, e um fato que me chamou atenção foi a versatilidade do tecladista, que além se solar maravilhosamente bem, não se limita à simular orquestras e temas sinfônicos, pois o músico, além de tocar piano, passa pelos mais variados timbres de teclados: desde um mais eletrônico e moderno até um mais ameno, com direito à órgão, e claro, sem deixar as orquestras de lado.

A guitarra é veloz, pesada e tem um excelente timbre. Podemos também falar sobre a técnica de Michele Segafredo, que sola de uma maneira incrível, agora temos que esperar até vê-lo solando ao vivo para comprovarmos se sua técnica é de verdade ou de mentira, risos. 4th Dimension está apenas começando, entretanto tem todos os requisitos necessários para serem uma grandíssima banda. Excelente!


1. The Sun in My Life 05:13
2. Consigned to the Wind 07:02
4. Sworn to the Flame 03:52
5. Everlasting 06:27
6. A New Dimension 05:33
7. Winter's Gone 05:32
8. Labyrinth of Glass 04:44
9. Angel's Call 04:53
10. Landscapes 04:52

Andrea Bicego - Vocals
Michele Segafredo - Guitar
Stefano Pinaroli - Bass
Massimiliano Forte - Drums
Talete Fusaro - Keyboards

delzes da gitarar

Os editores da revista Rolling Stone elegeram os maiores guitarristas de todos os tempos. Eles se basearam em conceitos como influência, impacto e força da obra.

Nomes como Joe Satriani e Steve Vai não estão na lista e o guitarrista Eddie Van Halen ficou apenas na 70ª posição.

top 20:
1. Jimi Hendrix
2. Duane Allman
3. B.B. King
4. Eric Clapton
5. Robert Johnson
6. Chuck Berry
7. Stevie Ray Vaughan
8. Ry Cooder
9. Jimmy Page
10. Keith Richards
11. Kirk Hammett
12. Kurt Cobain
13. Jerry Garcia
14. Jeff Beck
15. Carlos Santana
16. Johnny Ramone
17. Jack White
18. John Frusciante
19. Richard Thompson
20. James Burton

Na boa, o top 20 é rídiculo. Sou da opinião que se o guitarrista é aquele que TOCA guitarra, uma lista dessas deveria ter os MELHORES GUITARRISTAS, em termos técnicos e tals. Composições e influência são importantes, fato, mas isso entraria em uma lista dos "maiores músicos", não é?
E mesmo assim, onde estão John Petrucci, Paul Gilbert, Steve Foi, Timo Tolkki e outros gênios das 6 cordas? ._.

É patético fazer uma lista assim

terça-feira, 22 de março de 2011

Artillery - My Blood [2011]

País: Dinamarca
Estilo: Thrash Metal
Nota: 8

O Artillery - que apesar de estar na estrada desde 1982, tiveram duas paradas de sete anos cada, entre 1991 e 1998 e entre 2000 e 2007 -, lançou seu sexto disco de estúdio, My Blood. A banda se mostra competente e criativa em relação ao seu estilo, pois o Thrash Metal tocado por eles não é simplesmente um Heavy Metal mais pesado e acelerado com muita agressividade, tendo em vista que o grupo engloba elementos do Groove Metal, Hard Rock e do Heavy Metal clássico, tudo isso dentro do Thrash Metal. Concordo que são misturas previsíveis, tendo em vista que os gêneros não são opostos, mas isso não faz "My Blood" deixar de ser itneressante.

"Mi Sangre", a primeira faixa, começa bem leve e acústica com vocais mais graves, fortes e potentes, porém totalmente limpos, mas a música não se mantém assim por muito tempo, pois um excelente riff enche a música de peso e rasga um pouco o vocal, que se torna agudo, e o refrão é repleto de backing vocals agudos que o torna excelente. "Monster" começa com um riff no estilo Groove Metal, com um timbre sujo e pesado, e a música se mantém assim até o final, uma mistura entre o instrumental Groove e o vocal Thrash. Assim como praticamente todas as músicas do disco, "Monster" tem um solo pesado, veloz e agressivo.

A terceira faixa tem fortes influências do Hard Rock, pois além de o vocal cantar de uma maneira similar ao estilo, peso e velocidade do Thrash Metal são dois fatores parcialmente ausentes na música, tendo como principal característica o peso do Hard Rock, assim como o vocal característico do gênero, sem deixar de lado seu excelente solo. "Death Is An Illusion" contrasta completamente com sua antecessora, pois além de ser extremamente rápida e pesada, Søren canta com um timbre menos agudo e muito mais agressivo, lembrando levemente o vocal do Dave Mustaine em certas horas. Novamente contrastando com algo, o vocal perde um pouco a agressividade no refrão e são adicionados backing vocals, que o dá ênfase. Riffs excelentes aparecem logo após o refrão, assim como um solo ótimo - como eu disse, há ótimos solos em quase todas as músicas.

A quinta faixa começa acústica com um vocal bem limpo mais grave do que o normal, comparado à outras músicas, e mesmo depois de o violão ser substituído por uma guitarra, a música continua mais leve, se tornando pesada alguns instantes depois, porém se torna rápida apenas no final da música, após o solo que traz à música bastante peso. "Prelude To Madness" é uma instrumental de um minuto, que serve como uma divisora, pois as músicas depois dela são todas pesadas e rápidas, trazendo consigo mais características do Thrash Metal.

A sétima música do disco é simples, veloz e pesada, que tem pequenos solos intercalados entre o intervalo dos vocais. Daí pra frente as músicas não precisam ser destacadas isoladamente, porque apesar de não haver músicas ruins, todas seguem a mesma linha: Thrash pesado e veloz, sem muitas características próprias, porém a décima merece um destaque: começa leve, mas não demora muito para ganhar peso. Os riffs por traz da melodia do vocal são fenomenais, assim como seu refrão. E também vale citar que o riff de "The Great" é o melhor fiff do disco na minha opinião.

Um disco um pouco diferenciado dentro do Thrash Metal, que não é um estilo nada criativo ou mutável, consequentemente podemos dizer que o Artillery mostrou saber diferenciar e ser criativo dentro do Thrash, que como eu disse, é um estilo nada flexível. Apesar do disco soar um pouco enjoativo depois de 5 ou 6 músicas, é um bom trabalho.

1. Mi Sangre (The Blood Song) - 07:33
2. Monster - 04:57
3. Dark Days - 05:12
4. Death is an Illusion - 05:16
5. Ain't Giving In - 04:55
6. Prelude to Madness - 01:06
7. Thrasher - 03:37
8. Warrior Blood - 05:10
9. Concealed in the Dark - 04:59
10. End of Eternity - 05:43
11. The Great - 05:04

Søren Nico Adamsen - Vocals
Michael Stützer - Guitar
Morten Stützer - Guitar (Sometimes Bass
Peter Thorslund - Bass
Carsten Nielsen - Drums

segunda-feira, 21 de março de 2011

Raciocínio racional

Não gosto muito de postar vídeos, mas esse merece ser visto mais de dez vezes...

domingo, 20 de março de 2011

Almah entrará no estúdio em maio

O grupo brasiliense de Progressive Power Metal, Almah - o projeto dos emmbros do Angra Edu Falaschi e Felipe Andreoli - entrarão no Norcal Studios em São Paulo no dia 2 de maio para começar a gravação de seu terceiro disco.

Falaschi comentou: "Estou muito feliz com a volta do Almah em 2011, primeiramente porque esse terceiro CD deve consolidar o Almah como uma banda de uma vez por todas! Esse álbum vai mostrar a vocês a individualidade do nosso som! Estou muito animado para lancá-lo logo!"

O segundo disco do grupo, Fragile Equality, foi lançado em outubro de 2008, via AFM Records.

Line up do grupo:

Edu Falaschi - Vocals
Felipe Andreoli - Bass
Marcelo Barbosa - Gutar
Paulo Schroeber - Guitar
Marcelo Moreira - Drums

Lothlöryen: novo single para audição

A banda mineira de Power/Folk Metal Lothlöryen está trabalhando no seu terceiro CD, posterior ao álbum "Some Ways Back No More", lançado em 2008 pela Die Hard Records.

O novo álbum deve ser lançado no segundo semestre deste ano, e enquanto trabalham nas gravações a banda já está agendando datas para sua nova turnê, que deve começar em junho e se extender até o final de 2012. Além disso foi lançado um single da faixa "When Madness Calls".

Sobre a nova música, o guitarrista Leko Soares comentou: "Esse single não reflete totalmente como será o novo álbum, já que a música é a mais simples de todas, em termos de estrutura. Porém, decidimos começar o trabalho por esta canção, já que possui todos os elementos que a galera encontrará no novo cd: peso, atmosfera e refrões grandiosos.”

O single é acompanhado de encarte completo com arte criada pelo designer Marcus Lorenzet (Sacredeath, Alkeea, Thortaz), e pode ser baixado através do Myspace da banda.

sábado, 19 de março de 2011

Recomendações brasileiras (Atheistc)


Banda: Atheistc
Origem: Minas Gerais
Estilo: Dark Metal
Ano da formação: 2003
Idioma das letras: Inglês

Dessa vez, vos trago uma que certamente poucos conhecem, pois se trata de um projeto de Dilpho Castro, o fundador do o grupo mineiro Silent Cry, renomada e mais antiga banda de gothic Metal do Brasil.

Atheisct foi criado em 2003 por Dilpho. Aqui, o vocalista explora uma sonoridade que mescla o Gothic, o Dark Metal e o sinfônico, dando origem a um som totalmente original e de extrema qualidade. O grupo tem dois lançamentos que falam sobre as contradições do cristianismo e trazem um som com atmosfera sombria, que vai desde a introdução até o último acorde, mas que não perde agressividade e peso. Sem esquecer das passagens sinfônicas, que são bem sacadas e que completam as canções. Temos aqui um ótimo trabalhos dos vocalistas, pois o gutural de Dilpho contrasta com a voz lírica de Joyce Vasconcelos, que também comanda os teclados. O instrumental é um caso a parte, pois além de técnica e feeling, tem o equilíbrio certo entre o Black, o Doom e o Gothic.

Line Up:
Dilpho Castro - Vocals (Silent Cry)
Joyce Vasconcelos - Keyboards, Vocals
Filipe Brian - Guitar
Phillipe Dutra - Bass (Silent Cry)
Léo Oliver - Drums

membros passados:
Vagner Oliveira - Drums

Discografia:
The Angel of the Dark Garden Demo, 2006
The End of the Christian Age Full-length, 2007
Killing My Religion Full-length, 2009

MyGrain - MyGrain [2011]


País: Finlândia
Estilo: Death Metal Melódico (?)
Nota: 7,5

MyGrain é uma banda de Death Metal Melódico que de Death Metal não tem quase nada. Confesso que não conhecia o grupo e baixei esperando ouvir um Death Melódico parecido com Children Of Bodom, visto que a banda também é da Finlândia. Mas não, o que eu encontrei aqui foi um Heavy Metal, com algumas influências de Death Melódico e mais nada.

O grupo foi formado em 2004 e de lá pra cá vem lançando álbuns com uma certa frequência, já que desde 2006, quando debutaram, já lançaram mais 2 álbuns, um em 2008 e esse auto-intitulado no dia 12 de Janeiro desse ano, pela Spinefarm Records, subsidiária da Nuclear Blast na Finlândia. Bom, indo direto ao ponto, o som da banda é direto e puro. Sim, é pesado, mas também limpo e cativante. As letras, que falam sobre ciência e a "união do Metal" (alou Thiago Bianchi) casam bem com as melodias do grupo. É um mistura de algo brutal com algo angelical, mas que soa moderno e sem exageros, já que os vocais são limpos e as canções são cheias de backs e teclados, mas os riffs são de Death Melódico. A bateria fica no meio termo entre o tradicional e a pancadaria do Death, logo, é uma mistura bem legal. Ainda ouvimos uns guturais perdidos em algumas passagens, o que aumenta ainda mais a diversidade encontrada nesse álbum. As atmosferas formadas pelos vocais, backs e teclados também são bem interessantes e envolventes.

Mas, se fosse apenas isso, o álbum mereceria um 10, só que falta alguma coisa. Aquela faixa mais explosiva. Já que a banda ficou num "meio termo", não temos uma música mais extrema que te faça pular e bater crânio, e também não temos uma música, calcada suficientemente no Heavy Metal tradicional pra te fazer sentir vontade de beber uma cerveja (risos). A única faixa que chegar perto disso é "A Clockwork Apocalypse", mas ela soa mais "alternativa" do que qualquer outra coisa. A produção também não ficou das melhores e tipo, solos de guitarra sempre iguais não dá. Mesmas técnicas, mesma estrutura e sempre no mesmo lugar. Isso realmente incomoda um pouco, mas nada que estrague totalmente o álbum.

Ainda não tive a oportunidade de ouvir o resto da discografia da banda, logo, não sei se eles já foram mais ou menos brutais, mas, no mais, é um bom álbum e desce direito, visto que é melódico e todo melódico desce logo de primeira, só que fica evidente que eles poderiam ter feito algo melhor.

Tommy "To(mm)yboy" - Vocals
Resistor - Guitar
Mr. Downhill (Teemu Ylämäki) - Guitar
Jonas - Bass
DJ Locomotive (Janne) - Drums
Eve Kojo - Keyboard

1. Into the Parallel Universe 05:34
2. Shadow People 04:28
3. Dust Devils and Cosmic Storms 04:50
4. Of Immortal Aeons 05:40
5. A Clockwork Apocalypse 06:18
6. Eye of the Void 05:16
7. Trapped in an Hourglass 05:47
8. Xenomorphic 06:06
9. Cataclysm Child 06:29
10. Push the Ground 3:14

Inner Axis - Into The Storm [2011]


País: Alemanha
Estilo: Heavy Metal
Nota: 8,5

Ultimamente tenho ficado muito ocupado ouvindo bandas e mais bandas dos mais variados sub-gêneros de Rock e Metal. Tanto, que parecia até ter esquecido de como um Heavy Metal tradicional bem feito é capaz de chutar bundas e quebrar tudo. Mas os alemães do Inner Axis me proporcionaram uma "volta às raízes" muito bem vinda.

A banda é bem nova, foi formada em 2008 e, no dia 22 de Janeiro, lançou seu debut, o ótimo "Into The Storm", pela Coast Rock Records. Aqui temos simplesmente Heavy Metal, direto e agitado como se espera. Tecnicamente o grupo não é lá grandes coisas, mas compensa tudo com feeling e garra. As composições são bem estruturadas, com bases sólidas e riffs típicos do Heavy tradicional, tudo com uma levada mais "pra cima" e, como se trata de uma banda alemã, temos algumas mínimas influências de Hard Rock.

O som do grupo é meio que o meio termo entre Iron Maiden e Helloween, mas sem essa de “este som é uma mistura do som de bandas já consagradas”, pois o Inner Axis consegue transpor isso e coloca sua própria identidade e características nas canções. É tudo bem calcado em riffs muito criativos e diversificados, sempre pesados e que, aliados a uma cozinha quebradora e com um groove do caralho, compõe um álbum que desce logo de primeira. É incrível, pois todas as músicas seguem uma linha parecida, mas as canções são bem diferentes entre si (se é que me entendem), formando um álbum, eu diria, completo. A única parte "negativa" do álbum são os vocais, que não são os melhores que o mundo já viu, mas, mesmo isso a banda soube driblar, enchendo o disco com vocais de apoio, formando coros mais graves que perduram durante toda a audição e "disfarçam" o vocal que não está a altura do resto dos instrumentos.

Em suma, um grande debut. Um dos melhores que eu já ouvi e, que mostra, que o Heavy Metal está longe de chegar ao seu fim. Os deuses do gênero podem até acabar, parar com a tour ou "perder a mão", mas bandas novas e de qualidade tem surgido e, com toda a certeza, manterão a cena viva por vários e vários anos.

Kai Hagemann - Vocals
Dirk Tiemann - Guitar
Zacharias Drosos - Guitar
Martin Gühlke - Bass
Thies Jacobsen - Drums

1. Riders of the Mist 04:58
2. Hellbenders 05:16
3. Killing Lullaby 05:22
4. Soultaker 06:36
5. The Last Stand 05:24
6. Metal on Metal 05:29
7. Firestorm Unchained 05:20
8. The Punisher 04:52

quarta-feira, 16 de março de 2011

Bolero - Voyage From Vinland [2011]

País: Canadá
Estilo: Black/Pagan/Folk Metal
Nota: 9,5

Para eu dar uma nota tão alta para um disco, o mesmo tem que ser no mínimo espetacular, e na minha opinião o Bolero tem que piorar bastante pra chegar a "espetacular", vide tamanha perfeição. Duas demos e um EP foram lançados antes do Voyage From Vinland, debut do Bolero, banda canadense de Folk Metal, que apesar do rótulo, não é só mais uma banda de Black Metal com flautas sem graça e sem essência, e sim um grupo com identidade e qualidade, e ambas em excesso, diga-se de passagem.

Confesso que Black Metal é um gênero no qual eu sou extremamente seletivo, e não há nada mais chato do que uma banda de Black que pega uma flauta e toca riffs porcos, enquanto faz um som nem um pouco audível e chama aquilo de "Pagan Metal" e até mesmo "Blackened Folk". Me desanima ver esse rótulo por esse motivo, mas garanto que com o Bolero é diferente: o grupo faz um Folk Metal agressivo, entretanto totalmente audível, que mistura vários elementos. Diferentemente de muitas bandas de Black Metal que misturam Folk Metal ao seu som, o Bolero dá uma ênfase enorme para as flautas - que na verdade é o teclado simulando o timbre do instrumento, tendo em vista que a banda não tem flautista. Alguns coros masculinos são presentes, mas não muito, assim como os femininos, que por sua vez são menos frequêntes que os masculinos.

Pense no Equilibrium, um pouco menos épico, com um vocal gutural menos forçado, um som bem mais limpo e mais Folk, essa, na minha opinião, é a melhor maneira de descrever o Bolero, que além disso passa por diversos elementos: ênfase nas flautas como dito no parágrafo acima, alguns temas orquestrados - poucos, mas existem-, guitarras muitas vezes tomam conta das melodias folclóricas e tocam riffs mais melódicos que o normal, temas pagãos, e apesar da banda não ser muito puxada para o Black Metal, em algumas (poucas) horas, há uma mudança abrupta de ritmo, velocidade e peso.

Nas primeiras músicas do disco vemos uma extrema semelhança com o Equilibrium, tanto nos ritmos quando na mudança de vocal gutural agudo ao grave, entre outros motivos. E um forte ponto que não nos deixa cansar desse disco são alguns momentos acústicos, sejam momentos em que a velocidade e o peso predominam, e até em momentos mais serenos e leves, como na finalização do disco: fortes influencias orquestrais, músicas acústicas com vocais graves masculinos, uma instrumental bem Folk com uma fortíssima ênfase à flauta, contudo o disco é finalizado com uma música bem agressiva, que contrasta com a tranquilidade de suas antecessoras.

Finalizando sem cerimônia alguma: com apenas um disco, o Bolero consegue ser muito, mas muito melhor do que milhares de bandas com cinquenta discos na carreira.

1. Voyage from Vinland - 02:34
2. Send of the War-Summons - 04:21
3. When the Legends Die - 06:22
4. Risen Victorious - 04:03
5. Our Land, our Sea, our Skies - 02:31
6. Pints Held High - 04:22
7. O' Hail to the Northlander - 04:59
8. Throne of Storms - 03:54
9. A Silence Prolonging - 04:49
10. Way to Forgotten Lands - 02:41
11. Sworn Under the Winter's Majesty - 04:42

Morgan Rider - Lead Vocals, Bass
Tim Ferriman - Guitar, Backing Vocals
Casey Elliot - Guitar, Backing Vocals
Alexander Woods - Keyboards, Backing Vocals
Rob Rousseau - Drums

Kai Hansen é o novo membro do Unisonic!

"Michael Kiske: "After so many years of abstinence I had a lot of fun doing my first live shows with Unisonic in summer 2010, so I agreed to do the short world tour with Avantasia. It was a great experience to be on stage with all those great artist, but with Kai it was something different: We instantly felt the magic again and had a lot of fun together on and off
stage.

We both realized that we want to be together in band again. He was interested in the open musical concept of Unisonic and finally asked me if he can join the band. I talked to my bandmates and they all felt great about it. His talent as a guitarist and songwriter is an enrichment for the band and we are looking forward to his contribution for the music of Unisonic."

Kai Hansen will stay a member of his band Gamma Ray and play all scheduled shows. Currently he is writing songs with the Unisonic guys for the long anticipated debut album, which is planned to be released at the end of 2011.

So:
Michael Kiske (vocals)
Mandy Meyer (guitars)
Kai Hansen (guitars)
Dennis Ward (bass)
Kosta Zafiriou (drums)"

Kai Hense e Michael Kiske juntos novamente. E o sonho de todos que curtem Metal de qualidade se realiza.

http://www.michael-kiske.de/content/view/63/2/lang,en/

3 bandas que você deve conhecer #11

Hoje falarei sobre 3 bandas totalmente diferentes uma das outras.

Flogging Molly
País: Estados Unidos
Estilo: Celtic Punk Rock
Disco recomendado: Drunken Lullabies (2002)

O Celtic Punk era uma novidade pra mim até eu conhecer o Flogging Molly, banda do gênero. Apesar de serem um grupo conhecido, assim como vários outros, falta-lhes reconhecimento no Brasil, mas isso não muda o fato do grupo fazer uma excelente mistura dos dois gêneros (o Celtic e o Punk), apesar de não serem os únicos a fazê-lo. Apesar do grupo ser americano, seu vocalista é irlandês, o que justifica totalmente as fortes características da música folclórica irlandesa nesse grupo, que na minha opinião é a melhor banda de Punk Rock que existe.

Kivimetsän Druidi
País: Finlândia
Estilo: Symphonic Folk Metal
Disco recomendado: Shadowheart (2008)

Se eu sei falar alguma palavra em finlandês, deve-se à essa banda, cujo nome significa "druida da floresta de pedra" em português. O grupo mixa vocais feminos com guturais masculinos, fazendo um Folk Metal épico com fortes elementos sinfônicos, e por incrível que pareça, o grupo tem características próprias, apesar da fusão de gêneros ser tão comum no meio de bandas Folk. Formada em 2002, a band ajá lançou dois discos de estúdio, um em 2008 e outro em 2010, e inicialmente o Kivimetsän Druidi era um projeto entre os dois irmãos Koskinen.

Galneryus
País: Japão
Estilo: Neoclassical/Power Metal
Disco recomendado: One For All - All For One (2007)

Sendo uma das únicas bandas japonesas que eu gosto, o Galneryus é a banda de um dos meus guitarristas preferidos, Syu, mas não é só ele que esbanja técnica e virtuosismo, tendo em vista que toda a banda é excelente, tanto técnica quanto musicalmente - tirando o vocal, pois vocês já viram alguma banda japonesa ter um vocal decente? risos. Suas letras se baseiam em temas medievais e fantasia, são cantadas em inglês, e na minha opinião seu quarto disco, One For All - All For One, é o melhor já lançado pelo quinteto.

terça-feira, 15 de março de 2011

Kill Devil Hill libera trecho de música

, O Kill Devil Hill, supergrupo que une integrantes do Pantera e Black Sabbath, liberou o primeiro trecho de uma música sua. A música se chama “Voodoo Doll“.

Esse novo grupo é formado por Rex Brown (ex-Pantera, Down) no baixo, Vinny Apice (ex-Black Sabbath, Dio) na bateria, Mark Zavon (W.A.S.P.) na guitarra, e Dewey Bragg (Pissing Razors) nos vocais.

De acordo com Appice, o som da banda será uma mistura de Black Sabbath com Alice In Chains, com mais peso. O grupo já gravou as demos de dez músicas, e devem anunciar o lançamento de seu primeiro disco. Ouça "Voodoo Doll" abaixo.

segunda-feira, 14 de março de 2011

Recomendações brasileiras (Lothlöryen)

Banda: Lothlöryen
Origem: Machado, Minas Gerais
Estilo: Power Folk Metal
Ano da formação: 2001
Idioma das letras: Inglês

Pra quem gosta de Elvenking, não há motivo algum para não gostar de Lothlöryen, que é sem dúvida alguma uma das cinco melhores bandas brasileiras na minha opinião, visto que as duas bandas se assemelham muito. Apesar do Folk Metal ser um estilo apagado no Brasil, o Lothlöryen consegue se destacar entre as bandas do gênero, isso sem contar que o grupo tem um certo reconhecimento na Europa.

Altamente influenciados por Tolkien, o grupo já lançou uma demo e dois discos até hoje, que são excelentes. Desde músicas acústicas e mais leves até músicas mais rápidas com temáticas folclóricas preenchem os discos com qualidade. Sem dúvida alguma uma das melhores bandas brasileiras.

Line Up:
Daniel Felipe - Vocals
Leko Soares - Guitar
Tim Alan - Guitar
Marcelo Godde - Bass
Marcelo Benelli - Drums
Leo Godde - Keyboards

Membros passados:
Leonaldo Oliveira - Vocals
Wesley Martins Soares - Guitar
Alan Wagner - Guitar
Alessandro Nicolete - Bass
Paraná - Bass
João Messias - Bass
Michel Aguiar - Bass
Elias P. Oliveira - Drums
Geovani Corsini - Drums
Dênnis de Souza Paiva - Keyboards

Discografia:
Thousand Ways to the Same Land (2003) - Demo
of Bards and Madmen (2005) - Full-length
Some Ways Back No More (2008) - Full-length

domingo, 13 de março de 2011

Kotiteollisuus - Kotiteollisuus [2011]

País: Finlândia
Estilo: Heavy Metal
Nota: 3,5

Ao contrário do pensamento de muitos, a capa é desse jeito, tanto na simplicidade quanto na má resolução, coisa que combina perfeitamente com o som da banda, que definitivamente não mantém o nome da Finlândia como "um dos países mais fodas do mundo em relação ao Metal", tendo em vista que o Kotiteollisuus não se mostra nem um pouco caprichoso e qualificado pra fazer música de boa qualidade.

Apesar de o disco não compensar a falta de qualidade da primeira música, destaco-a pelo quão ruim a mesma consegue ser. E como eu disse no post do Kipelov, línguas exóticas não convencionais para serem base de letras quando seu som é mais simples, como por exemplo o Heavy Metal, esse é outro ponto que o Kotiteollisuus peca bastante.

O grupo, em seu décimo disco de estúdio (décimo primeiro se contarmos o disco lançado pelo grupo quando se chamavam Hullu ukko ja kotiteollisuus), é insosso, sem graça, repetitivo e sem criatividade, além de ser chato e incomodar seus ouvidos com certa chatisse, repleta de experimentalismo excessivo em alguns momentos - mas não, o grupo não pode ser rotulado como Avant-Garde em todo momento.

E agora, acima de tudo, podemos afimar que singularidade não é sinônimo de qualidade ou criatividade, pois a música feita pelos finlandeses não se assemelha à outras bandas do cenário, tanto nas características quanto na qualidade. Como eu disse anteriormente, a Finlândia tem várias e várias excelentes bandas, entretanto o Kotiteollisuus não é uma delas.

1. Hornankattila - 07:34
2. Soitellen Sotaan - 04:11
3. Raskaat Veet - 04:01
4. Sarvet Itää - 04:57
5. Kylmä Teräs - 04:44
6. Rosebud - 04:17
7. Ei Kukaan - 05:29
8. Isän Kädestä - 04:33
9. Pahanilmanlinnut - 03:16
10. Itken Seinää Vasten - 04:54
11. Ainoa - 05:02
12. Taivas on Auki - 08:15

Jouni Hynynen - Guitar, Vocals
Janne Hongisto - Bass
Jari Sinkkonen - Drums

Live Members:
Tuomas Holopainen - Keyboards
Miitri Aaltonen - Rhythm Guitar, Backing Vocals

Ó ae quem são os membros por trás do Hevisaurus, risos.

3 bandas que você deve conhecer #10

O post de hoje traz bandas e projetos não tão desconhecidos, mas que valem a pena dar uma conferida.

Northern King

País: Finlândia
Estilo: Symphonic Power Metal
Disco recomendado: Reborn (2007)

Northern Kings é um projeto Metal Sinfônico oriundo da ilha mágica, o paraíso do Metal, da Vodka e dos pilotos de Fórmula 1, a Finlândia. O projeto é formado por Marco Hietala (Nightwish, Tarot), Tony Kakko (Sonata Arctica), Jarkko Ahola (Teräsbetoni, ex-Dreamtale) e Juha-Pekka Leppäluoto (Charon), 4 renomados vocalista da cena finlandesa. O quarteto foi formado em 2007, e já lançou dois álbuns, "Reborn" (2007) e "Rethroned" (2008), ambos receberam boas críticas e o primeiro alcançou até disco de ouro na Finlândia, por vender 15 mil cópias. Os caras fazem releituras metálicas das mais diversas músicas de vários estilos. Então, essa diversidade no repertório, aliada a competência dos 4 vocalistas são os maiores diferenciais da banda. O projeto tem quase a mesma proposta do ESP (Eric Singer Project): membros altamente capacitados fazem covers de músicas que os inspiraram de alguma forma ou que apenas fizeram sucesso nos anos 80. A diferença é que aqui não existem covers de Power Metal, na verdade os covers de rock não são muito comuns nos CDs, pois a maioria das músicas tocadas são de artistas de música pop, como Duran Duran, Tina Turner e Phil Collins. Vale ressaltar que as músicas são reelaboradas de tal maneira que as melodias originais fiquem perfeitas sendo tocadas no mais puro Power Metal.

Demons & Wizards

País: EUA
Estilo: Power/Heavy Metal
Disco Recomendado: Demons & Wizards (2000)

Gosta de Blind Guardian? E de Iced Earth? Sim?!? Então eis uma coisa que vai deixar você, que é fã das duas banda feliz da vida, um mega projeto paralelo do vocalista do Blind Guardian ,Hansi Kürsch e do guitarrista do Iced Earth, Jon Schaffer. O Demons & Wizards nasceu por volta do ano de 1997, quando o Blind Guardian lançou o álbum Tales From The Twiling World e saiu em turnê com a banda Iced Earth. Nessa turnê nasceu uma grande amizade entre Hansi (responsável pelas letras) e Jon (responsável pelas melodias) que anos depois viriam a formar essa super banda de Power Metal. A ideia principal do grupo é unir o som e caracteristicas das duas bandas: A melodias sombrias e pesadas do Iced Earth e as lindas letras , o belo vocal e o tom épico do Blind Guardian. Pois bem, isso deu muito certo, e hoje o Demons & Wizards é considerado um dos melhores projetos paralelos do mundo e sempre fazendo um Metal de extrema qualidade. A banda nos brinda Power Metal da melhor qualidade, feito por duas das figuras mais importantes do Heavy Metal dos anos 90. Como é de praxe, as letras de Hansi, que falam de temas obscuros, são muito bem trabalhadas e as melodias de Jon dispensam comentários com cada acorde e cada batida em seu devido lugar.

Racer X

País: EUA
Estilo: Heavy Metal/Shred
Disco recomendado: Street Lethal (1986)

Racer X é a banda que revelou o cara que pra mim é o guitarrista mais foda ever, Paul Gilbert. A banda começou quando Paul foi para Hollywood estudar no GIT (Guitar Institute of Technology), lá ele conheceu o baixista Juan Alderete e o baterista Harry Gschoesser que também estudavam lá. Depois de algum tempo Jeff Martin, que cantava no Surgical Steel, entrou na banda e foi aí que o Racer X nasceu. Desde então já lançaram 9 álbuns, sendo 5 de estúdio e 4 ao vivo. O som mostra uma banda muito entrosada, fazia um Heavy Metal muito técnico mas não deixava o peso e a temática de lado. A banda é como se fosse uma mistura de Mercyful Fate com Judas Priest, fazendo um som realmente Old School bem na época onde o Glam Metal dominava os EUA. Destaque absoluto para Paul Gilbert, que mostra a que veio, já dando uma mostra do que veríamos no Mr. Big. O cara simplesmente arrasa nas 6 cordas, se mostra muito versátil e dá um show nos riffs e principalmente nos solos, sempre muito velozes, com feeling e muita técnica. Uma coisa interessante do grupo, é que Scott Travis, futuro baterista do Judas Priest, entrou na banda e até hoje, divide seu tempo entre o Judas e o Racer X.

Desert - Star of Delusive Hopes [2011]


País:
Israel
Estilo: Power Metal
Nota: 5

Mais uma banda de Israel aqui pro blog. Já havia postado Arafel e agora descobri esse grupo aqui. Desert é uma banda de Power Metal formado em 2002, na cidade de Beersheba. Bom, devo confessar que depois de ouvir Arafel, esperava mais de uma banda de Israel, mas Desert não correspondeu as minhas expectativas. "Star of Delusive Hopes", o primeiro full-lenght do grupo, foi lançado dia 2 de Janeiro desse ano, pela Sleaszy Rider. Aqui o grupo toca um Power Metal bem pesado, com algumas influências de AOR, fazendo um som bem parecido com os finlandeses do Altaria no primeiro disco, mas sem toda aquela qualidade técnica.

Bom, o grupo foi formado em Israel, mas apenas o baterista Zohar Telor é nativo do país, o resto da banda é formado por imigrantes da União Soviética e, é realmente notável a pegada mais "Russa" no som da banda, principalmente pelos vocais, cantados de forma mais grave. O problema é que mesmo sendo um clichê do gênero, Power Metal sem aqueles vocais mais agudos não é legal, pois vocais graves soam chatos e não combinam mesmo. Fica enfadonho ouvir as músicas da banda por causa disso e, seria bem pior, se o vocalista não compensasse isso colocando uns guturais nas passagens mais sombrias, pois isso sim ficou bem encaixado. Outro ponto negativo é que as músicas são muito parecidas. Todas seguem a mesma estrutura, tem os membros timbres, refrões parecidos e tudo mais. Criatividade pra explorar composições foi algo que a banda não mostrou, mesmo.

Mas não vou ficar só cagando os caras, por que eles também acertam. Em certas partes, os clichês do Power, que eu tanto adoro, aparecem e são tocados de forma correta. Os refrões mais épicos e em coro, os solos - que mesmo não esbanjando virtuose, são bem encaixados e compostos -, alguns riffs cavalgados e os pedais duplos fazem o álbum ser "menos chato", mas não chegam a animar. As atmosferas formadas por teclados e alguns coros também são bem compostas, dando todo aquele clima "desértico" que é característico de bandas dessas regiões. A produção também foi bem feita, deixou o som limpo e valorizou tudo na hora certo.

Definitivamente, esse não será um dos melhores álbuns do ano e, pra falar a verdade, foi um dos piores do estilo que eu já escutei. O vocal conseguiu ser mais chato do que o do Mean Streak e fodeu um álbum que já não foi bem concebido.

Alexei Raymar - Vocals
Max Shafranski - Guitar
Sergei Nemichenister-Guitar
Vadim Shulman - Bass, Vocals
Oleg Aryutkin - Keyboards
Zohar Telor - Drums

1. The Unsubdued 04:56
2. Massada Will Never Fall 04:40
3. Letter Of Marque 05:33
4. Victim Of The Light 05:32
5. Release Me 04:16
6. Soul Of A Wanderer 05:36
7. Whispers 04:24
8. Lament For Soldier's Glory (Order 227) 04:36
9. Star Of Delusive Hopes 04:33

sábado, 12 de março de 2011

Recomendações brasileiras (Krusader)


Banda:
Krusader
Origem: São Paulo
Estilo: Power/Symphonic Metal
Ano da formação: 1989
Idioma das letras: Inglês

Krusader é uma das jóias que o Metal brasileiro revelou. O grupo paulistano foi formado em 1989, sendo uma banda de Heavy Metal com influências sinfônicas, mas hoje em dia, seu som evoluiu de tal forma que podemos dizer que seja uma banda sinfônica com influência Heavy Metal (risos).

Mesmo sendo antiga, a banda debutou apenas em 2009, com o fantástico "Angus". Pessoas, o grupo toca um Heavy Metal/Power Metal Melódico na linha de bandas como Helloween e Kamelot, só que mais pesado e limpo. O Krusader conta com vocais masculinos e femininos, coros eruditos e ainda orquestras reais, um prato cheio para apreciadores do estilo.

"Angus" é uma obra conceitual, uma autêntica Ópera Rock, cujas letras se baseiam na obra de mesmo nome que narra a estória do clã guerreiro MacLachlan, criada pelo autor Orlando Paes Filho. O álbum conta com participações do que especiais, como Andreas Kisser, André Mattos, Edu Falaschi, Luis Mariutti, do coral Madry Vocumn, da orquestra Sothes Brazilian Musicians, o próprio Orlando Paes Filho nos teclados em "Battle Memories", entre outros...

Super-hiper-ultra-mega-recomendado.

Line Up:
Kamila Martin - Vocals
Rick Ricci - Vocals
Paulo Soares - Guitar
Raphael Reis - Bass, Violin
André Pelegrini - Drums
Fábio Thesta - Keyboards

Membros passados:
Douglas Mastellaro

Discografia:
Angus EP, 2000
Angus Full-length, 2009
The Prince & |The Castle Single, 2009


Angizia - kokon. Ein schaurig-schönes Schachtelstück [2011]

País: Austria
Estilo: Avant Garde Metal
Nota: 8,5

Angizia é uma banda austríaca de avant garde/folk Metal idealizada em 1994 pelo guitarrista Michael Haas. O grupo é extremamente interessante, tanto pode ser classificado como "Circus Metal", já que suas músicas são quase peças teatrais, visto as interpretações, a riqueza de detalhes e porque o grupo se passa por uma 'trupe' da idade média, se apresentando em praças públicas, recitando poemas e épicas histórias trágicas.

Em 2011, a banda chega ao seu ao seu sexto full-lenght, "kokon. Ein schaurig-schönes Schachtelstück", lançado dia 11 de fevereiro de forma independente. Aqui, o grupo nos brinda com uma mistura única de vários e vários elementos de diversos estilos, sendo o Folk, o mais predominante. Na verdade, o som da banda não tem praticamente nada de Rock e muito menos de Metal, visto que é mais acústico, calmo e interpretativo. É, meus caros, se vocês esperam algo pesado e dançante, esqueçam, pois o álbum é algo para ouvir e apreciar, um grande musical das regiões mais orientais da Europa. São 16 faixas que contam histórias de uma forma totalmente atmosférica e envolvente. Que mesmo não sendo animadas como um verdadeiro Folk Metal, prendem o ouvinte de uma forma inexplicável. Talvez pelas combinações de vozes líricas com vocais agressivos, talvez pelas linhas de piados, violinos e violas ou pela levada mais sombria e góticas das canções.

Algumas bandas de Avant Garde, com a ambição de fazer um som único e original, mesclam muitos elementos e abordam de ilimitada sua liberdade artística, criando quantidades absurdas de estruturas músicas, timbres e letras. Algo que no final da audição, mostra um trabalho muito complexo, mas totalmente sem sentido ou propósito. Algo que seria melhor descrito como sendo "abstrato". Em "kokon. Ein schaurig-schönes Schachtelstück", o Angizia felizmente não se perde nesse extremismo, faz sim, algo inovador, mas segue uma linha durante todo o CD, que é de fato bem diversificado, mas não sem nexo.

Já adianto que o instrumental não é muito calcado em peso, guitarras e linhas de baixo. Temos uma bateria dando condução, mas só. É algo pra ouvir, imaginar e interpretar. O som é meio complicado de se escutar, e a maioria não vai passar da 4ª faixa, mas, se você chegar ao final da audição, perceberá a grandiosidade dessa obra.

Irene Denner - Vocals
Rainer Guggenberger - Vocals
Michael Haas (Engelke) - Vocals
Emmerich Haimer - Guitars
Jochen Stock - Guitars, Bass
Marion Entwich - Piano
Moritz Neuner - Drums

1. borstig. schaurig. flackernd. 01:25
2. Spindelgroll 02:28
3. Ein Quäntchen Gift 07:38
4. Graues Meer 01:45
5. Es ist Leidenschaft. 06:31
6. Nichts an mir weckt Begehr 01:48
7. Ich 05:09
8. Die Bratsche klingt nach klammer Luft. 01:09
9. Leise Feuer brennt in Brunst 00:42
10. Sack und Asche 07:41
11. Aus Traum und Tanz. Ein Walzer. 05:16
12. Maß für Maß 05:11
13. Der Verfall 01:23
14. Flammen flüstern 01:34
15. Neigung zum Nichts 05:28
16. Bühne, still 01:59

sexta-feira, 11 de março de 2011

tuíter?

Nosso querido blog está començando a crescer e achei que já estava na hora de um twitter para postarmos as novidades, já que eu estava tomando um monte de unfollow por ficar mandando links dos posts.

Pois bem... Siga-nos!
@ocaralhoa4

Divulgue, dê RT nos twits e ajude o Caralho a 4 a crescer e a dominar o mundo (risos)


/\ thanks, Leo o/

quinta-feira, 10 de março de 2011

Artas - Riotology [2011]


País:
Austria
Estilo: Thrash/Death Metal
Nota: 9

Artas é um grupo austríaco de Death/Thrash Metal formado em 2006. Apesar de novo, agora em 2011 o grupo chega a seu segundo disco, o espetacular "Riotology", lançado dia 28 de Janeiro pela Napalm Records.

Esses caras fizeram 16 canções que conseguem mesclar o que mais tem de violento e brutal no Death e no Thrash, e ainda conseguem colocar algumas pitadas de Metalcore, com seu tom mais apocalíptico (principalmente nos vocais). Pura devastação sonora, meus amigos. O instrumental é matador. Guitarras muito distorcidas e pesadas, técnicas mais sem extrapolar, com riffs típicos de Death Metal. A cozinha é extremamente pesada e veloz, muito agressiva e a bateria é bem calcada nos Blast Beats.

O vocal é um caso a parte, visto sua versatilidade. Mesmo sendo dois vocalistas, Obimahan e Hannes (que também toca guitarra), eles conseguem encaixar e fazer variações de vocais limpos e soturnos, além de guturais e drives bem agressivos. Mas, pra mim, a melhor performance vocal se dá com a voz mais rasgada e gritada, influência vinda do Metalcore, que ressalta, e muito, o clima apocalíptico das músicas.

A produção é correta, ressalta tudo quando tem que ser. As composições não variam muito, e nem devem mesmo, já que a banda segue uma linha matadora, e fazer muitas variações, ia comprometer o resultado final do trabalho. Já que bandas de Death e Thrash são criadas para trazer devastação sonora ao mundo, mas, quando alguém consegue juntar os dois estilos, e toca-los de uma forma mais moderna, deixando de lado toda aquela crueza, temos algo de proporções inimagináveis.

Hannes - Vocals, Guitar
Obimahan - Vocals
Sid - Guitar
Radek - Bass
Chris - Drums

1. A Journey begins... 00:59
2. Fortress of No Hope 05:48
3. The Day the Books Will Burn Again 04:08
4. The Suffering of John Doe 05:49
5. Rassenhass 05:29
6. O5 02:35
7. No Pasaran 05:05
8. The Grin Behind the Mirror 03:44
9. Gipfelstürmer 04:32
10. Le Saboteur 04:35
11. Mediafada 04:46
12. O5 01:36
13. Ashes of Failure 05:29
14. Between Poets And Murderers 05:55
15. A Martyr´s Dawn 05:10
16. ...Surrounded by Darkness We Are Able to See the Stars 02:00

quarta-feira, 9 de março de 2011

Ives Gullé - Husar [2011]


País: Chile
Estilo: Power Metal
Nota: 9,5

O Metal Latino continua ganhando força e Ives Gullé é mais uma prova disso. O grupo é um projeto oriundo do Chile, formado em 2008 pelo próprio Ivez Gullé e conta com inúmeros nomes de respeito da cena chilena tocando um Power Metal regado a sinfonias e cantando uma epopeia. Ou seja, imaginem um SoulSpell ou um Avantasia do Chile que vocês vão der uma ideia do poder da banda. E também não pensem merda antes de ouvir o som dos caras, pois não deve em nada para as duas outras bandas. Ao contrário, soa ainda mais tocante, por motivos explicados logo abaixo.

Bom, os mais revoltadinhos aqui no Brasil acham que a América Latina é cheia de paíes precários, com política escrota e música pior ainda. Não tiro a razão deles, mas com o Chile é diferente... Dentro do contexto maior da América Latina, é o melhor em termos de IDH, qualidade de vida, estabilidade política, liberdade econômica e índices comparativamente baixos de pobreza. Eu falo isso pois o projeto do qual esse post se trata, fala justamente sobre o Chile e faz música para o próprio país. É incrível o sentimento patriota que se ouve em "Husar", o primeiro lançamento do projeto. Ives escreveu letras em espanhol, que falam sobre a guerra pela libertação do seu país que estava sob domínio da Espanha. Fala sobre os ideais de uma nação e sobre o espírito patriota do povo chileno. Por isso eu disse que é mais tocante e até mais envolvente do que qualquer álbum de projetos do mesmo estilo espalhados pelo mundo.

Já que o projeto conta com vários nomes de peso da cena metálica chilena, o instrumental é de babar. É um Power Metal bem melódico e muito técnico, cheio de sinfonias e teclados, além guitarras e cozinha velozes. As letras cantadas em espanhol combinam bem com a vertente que o grupo decidiu seguir. Mesmo com 10 vocalistas, as linhas vocais são sempre bem executadas, as vezes em solo e outras com todos cantando de uma só vez. Isso dá um tom ainda mais épico ao som, além de compor atmosferas totalmente envolventes. Em contraste com toda a pomposidade dos vocais e da atmosfera, as guitarras e a cozinha soam mais secas, mas ficou tudo bem dosado, dando luz a um típico Power Metal Melódico do final dos anos 90.

Esse, sem dúvida, será um dos mais grandiosos lançamentos do ano. O trabalho é incrível e te prende desde a primeira nota até a última da poderosa trilogia "La Muerte: Part I: Vida o Muerte - Part II: Juicio, Sentencia - Part III: Camino a Til Til", com seus 14 minutos de devastação. Sem mais, um puta trabalho. Ouçam sem medo algum, pois é incrível.

1. Retirada 03:25
2. Condena 05:57
3. Ejercito Libertador 04:05
4. Humillación 04:57
5. Opresión 07:43
6. Logia 04:13
7. Héroe 06:03
8. Guerra 06:14
9. Por Mi Patria 03:33
10. Libertad 04:45
11. Lamentos 05:23
12. La Muerte: Part I: Vida o Muerte - Part II: Juicio, Sentencia - Part III: Camino a Til Til 14:01

Ives Gullé - Vocals (Concerto, Angeluz, Human Factor (Chl), Grial, Garden Bitch)
Nicolás Arce - Guitar (Battlerage, Lost Highway)
Fran Muñoz - Drums (Dorso, Bloden-Wedd, Valkiria (Chl), Fastidio!, Darkemist)
Pascal Coulon - Keyboards (Steelrage)
Cristián Banda - Acoustic Guitar
Rodrigo Galáz - Vocals (Angeluz)
Ricardo Susarte - Vocals (Polimetro, Metropolis (Chl))
Victor Escobar - Vocals (Alto Voltaje, Los Marginados, Ruido Blanco, Simulacro, Proyecto)
Jaime Contreras - Vocals (Steelrage)
Jaime Salva - Vocals (Valkiria (Chl), Lost Highway)
Mariano Osorio - Vocals
América Soto - Vocals (Steelrage, Polimetro, Desterrados, Sol y Medianoche, Sol y América, Húsar)
Rodrigo Varela - Vocals
Rodrigo Humberto "Pera" Cuadra Burgoa - Vocals (Squad (Chl), Dorso)

The following are guests musicians:
Guitar:
Mauricio Quiroz
Alejandro Silva (Alejandro Silva Power Cuarteto)
Claudio Cordero (Alejandro Silva Power Cuarteto, Matraz, Hidalgo, Fahrenheit)
Gonzalo Sanhueza
Gabriel Hidalgo (Alexis Birds Of Prey, Six Magics, Dethroner (Chl), Witchblade (Chl))

Bass:
Juan Francisco "Kato" Cueto (Dorso, Pentagram (Chl), Nimrod, Criminal)
Camilo Sepúlveda

Keyboards:
Nicolás Quinteros (Hidalgo, Delta)
Hugo Bistolfi (Alianza (Arg), Rata Blanca)